amor & castigo
(…) é melhor ser amado que temido, ou o inverso[1]? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas[2].
(…) Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro que se torna temido[3], pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os serem maus, se quebra quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona[4].directamente das páginas 89 e 90
Nicolau Maquiavel, O Príncipe // tradução: Fernanda Pinto Rodrigues (texto) e de M. Antonieta Mendonça (comentários de Napoleão Bonaparte) // editor: Europa-América, Mem Martins, 1994
outras observações: livro com anotações de Napoleão Bonaparte
[1] Isso não constitui um problema para mim.
[2] Não preciso de mais que uma delas.
[3] Estão é enganados.
[4] É preciso que o castigo seja imediato.
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