— Verdes?
— Sim. Eu pensava… Pelo menos não podia pensar que não fossem verdes… E que não tivesses sido salva por mim do fogo!
— Do fogo?
— Sim. Porque te admiras? Do fogo. E nunca foste enfermeira.
— Enfermeira?
Encostados a um grade, viam quase sem ver Florença lá em baixo.
— Porque perguntas? Não posso gostar de ti, Rosabianca! Pensei que tinhas os cabelos verdes e que te salvava do fogo… Mas nada disso sucedeu.
Rosabianca apertou-lhe o braço com força.
— Giovanni! Se queres, pinto de verde os cabelos, subo para um quarto andar e deito-lhe fogo. Salvas-me?
— E fico ferido? Serás a minha enfermeira?
— Sim, se quiseres serei a tua enfermeira.
— Está bem, Rosabianca. Sobe lá para o telhado que eu vou deitar fogo à casa.
A Cidade das Flores de Augusto Abelaira (página 159)
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