santuário de santa rosália

Descrição de Goethe na sua “Viagem a Itália“.

À luz frouxa de algumas das lamparinas descobri uma bela Virgem.
Estava numa espécie de êxtase, os olhos meio fechados, a cabeça solta e pousada sobre a mão direita adornada de muitos anéis. Não me cansava de olhar para esta imagem, que me parecia ter encantos muito especiais. O manto é de folha dourada que imita muito bem um tecido rico de ouro. A cabeça e as mãos, em mármore branco, são, não direi de estilo elevado, mas trabalhadas de forma tão natural e agradável que pensa-mos que a todo o momento ela vai respirar e mexer-se.
Tem ao lado um anjinho que parece abaná-la com um pé de lírio.

página 310

palácio de palagónia

@ wikipédia

The Villa Palagonia is a patrician villa in Bagheria, 15 km from Palermo, in Sicily, southern Italy. The villa itself, built from 1715 by the architect Tommaso Napoli with the help of Agatino Daidone, is one of the earliest examples of Sicilian Baroque. However, its popularity comes mainly from the statues of monsters with human faces that decorate its garden and its wall, and earned it the nickname of “The Villa of Monsters” (Villa dei Mostri).

This series of grotesques, created from 1749 by Francesco Ferdinando II Gravina, Prince of Palagonia, aroused the curiosity of the travellers of the Grand Tour during the 18th and 19th centuries, for instance Henry Swinburne, Patrick Brydone, John Soane, Goethe, the Count de Borde, the artist Jean-Pierre Houël or Alexandre Dumas, prior to fascinate surrealists like André Breton or contemporary authors such as Giovanni Macchia and Dominique Fernandez, or the painter Renato Guttuso.

Sobre a sua visita a este Palácio Goethe no seu “Viagem a Itália” tem umas opiniões interessantes. Transcrevo algumas considerações:

Durante todo o dia de hoje ocupámo-nos dos absurdos do príncipe de Palagónia (…) e seria uma grande honra querer atribuir-lhe uma centelha que seja de imaginação.
(…)
O aspecto repugnante destes abortos produzidos pelos mais ordinários canteiros é ainda potenciado pelo facto de eles serem feitos dos mais soltos tufos de calcário conquífero;
(…)
Mas, para vos transmitir todos os elementos da loucura do principe de Palagónia, fazemos seguir o seu inventário.
(…)
Imaginem-se agora todas estas figuras produzidas em massa, geradas sem sentido nem razão, agrupadas sem objectivos nem critérios, imaginem-se estas peanhas, estes pedestais e estas disformidades numa sequência sem fim, e poderá ter-se uma ideia da sensação desagradável que se apossa de qualquer um que passa pelo flagelo destes desvarios.
(…)
Seria preciso um caderno, só para descrever a capela. É o cúmulo de toda esta loucura (…)

páginas 314/315/316/317/318

blueberry #24 – mister blueberry de charlier e giraud

Tombstone, 1881. Chegado há uma semana no hotel Dunhill, um misterioso jogador incendeia todas as noites as mesas de póquer e todos os homens abastados da região se acotovelam para o defrontar. Mas esta figura enigmática acaba por suscitar o interesse de muitas outras pessoas, por razões variadas que vão muito para além do mero póquer. Blueberry – pois não é ele senão a intrigante personagem – ganhou alguns cabelos brancos e a sua vida resume-se agora a estas partidas de cartas, que se sucedem umas atrás das outras. Ele que já não quer senão calma e tranquilidade, acaba por se ver colocado no centro das atenções, com a sua mesa de póquer a transformar-se num redemoinho que pode acabar por o engolir…

Bandas Desenhadas

É o primeiro álbum, de 1995, do ciclo Mister Blueberry, no qual Giraud continua a série após o falecimento de Charlier, passando, também a assumir o argumento, apesar de em 2007 ter sido editado o álbum Apaches, que cronologicamente decorre antes de Mister Bluberry.[1]


[1] Tem como ponto de partida flashbacks contidos nos volumes 24 a 28, para formar uma única história linear, e contem, igualmente, algumas novas pranchas. Essas pranchas serão as últimas produzidas por Jean Giraud para a série Blueberry.

Tradução de Paula Caetano

blueberry #05 – a pista dos navajos de charlier e giraud

Blueberry, com a ajuda de MacClure e Crowe, tentar convencer os chefes apaches a porem fim à guerra contra os brancos. Em atenção a Crowe, que em tempos o havia salvado, Cochise aceita encontrar-se com Blueberry. Mas Quanah, entretanto chegado ao acampamento índio e disposto a impedir esse encontro a qualquer preço, anuncia que as armas prometidas pelo governador Armendariz seriam entregues dentro de seis dias. Trata-se nada mais nada menos do que 200 espingardas modernas, que seguramente colocariam os índios em vantagem face aos caras-pálidas. A notícia acaba por chegar ao conhecimento de Blueberry e de MacClure, que decidem impedir a entrega das ramas e defrontar Quanah numa derradeira batalha…

Bandas Desenhadas

A conclusão da história iniciada em Forte Navajo. É o quinto e último álbum do primeiro ciclo da série, denominado Ciclo das Primeiras Guerras Índias.

Tradução de Paula Caetano

ivory cloud serpent

Depois de 6 horas de espera cá a tenho.

Passei o tempo a ler e depois a ver um filme.

bone-white primal raptor

Obtida após farmar 9999 ossos.

heavenly azure could serpent

300 + 1 mount

italo calvino, em cartoon

Um cartoon de Italo Calvino retirado do livro “A Especulação Imobiliária” publicado pela Editorial Teorema.

Cartoon por Matteo Pericoli.

italo calvino

Pequena biografia de Italo Calvino extraída do livro “A Especulação Imobiliária”, publicado pela Editorial Teorema.

rotinas

Sou uma pessoa de rotinas e quando me deito, à hora do costume, gosto de ter pensamentos positivos. Não é que uma destas noites veio-me à memória um poema (?) lido há mais de 30 dias numa casa-de-banho em Coimbra. Foram minutos e minutos de gargalhadas. Ora veja-se:

A cagar fiz um charro
A cagar o acendi
A fumar caguei para ti.