nação crioula de josé eduardo agualusa

Nação Crioula conta a história de um amor secreto: a misteriosa ligação entre o aventureiro português Carlos Fradique Mendes – cuja correspondência Eça de Queiroz recolheu – e Ana Olímpia Vaz de Caminha, que, embora tenha nascido escrava, foi uma das pessoas mais ricas e poderosas de Angola. Nos finais do século XIX, em Luanda, Lisboa, Paris e Rio de Janeiro, misturam-se personalidades históricas do movimento abolicionista, escravos e escravocratas, lutadores de capoeira, pistoleiros a soldo, demiurgos, numa luta mortal por um mundo novo.

Quetzal Editores

Outro livro de grande qualidade – José Eduardo Agualusa no seu melhor.

Fradique Mendes é uma personagem tão real como as melhores invenções.

no interior: “nação crioula”

Vinheta existente no interior do livro Nação Crioula de José Eduardo Agualusa – uma pena para escrever e tinteiro.

Vinheta criada por Rui Rodrigues.

crepioca, primeira versão

Aqui e agora se apresenta a primeira crepioca da minha autoria. Duas colheres de tapioca, um ovo e recheio de queijo mozarela.

igreja de maria della minerva

@ wikipédia

A Igreja de Santa Maria sobre Minerva, também conhecida como Templo de Minerva, é uma igreja católica da cidade de Assis, na Itália. O templo original foi erguido no século I a.C. a mando de Gneus Cesius e Titus Cesius Priscus, que também deram sua contribuição para o projeto. Com o banimento do Paganismo o templo de Minerva foi abandonado.

Algumas palavras de Goethe sobre este templo no livro Viagem a Itália:

Chegámos finalmente à cidade velha propriamente dita, e eis que diante dos meus olhos se ergue a mais apreciável das obras, o primeiro monumento inteiro da antiguidade que eu via. Um templo modesto, à medida de uma cidadezinha como esta, e no entanto tão perfeito, de tão bela traça, que em qualquer lugar brilharia.

página 167

a sociedade dos sonhadores involuntários de josé eduardo agualusa

O jornalista angolano Daniel Benchimol sonha com pessoas que não conhece. Moira Fernandes, artista plástica moçambicana, radicada em Cape Town, encena e fotografa os próprios sonhos. Hélio de Castro, neurocientista brasileiro, filma-os. Hossi Kaley, hoteleiro, antigo guerrilheiro, com um passado obscuro e violento, tem com os sonhos uma relação ainda mais estranha e misteriosa. Os sonhos juntam estas quatro personagens num país dominado por um regime totalitário à beira da completa desagregação.

Wook

Realmente fantástico. José Eduardo Agualusa nunca deixa de surpreender.

Com uma narrativa poética e comovente, viajando entre o passado e o presente da vida das personagens o autor apresenta um mundo cruel e caótico. O sonho será o mecanismo que permitirá transformar esse mundo em queda, num mundo mais equilibrado; enfim erguer uma Angola mais sensata.

O sonho é libertador?!

a torre garisenda

torre garisenda (à esquerda) | torre dos asinelli (à direita)

A torre inclinada é uma vista detestável, e no entanto é muito provável que se tenham esmerado por construí-la assim. Encontro a seguinte explicação para este disparate: nos tempos da grande instabilidade urbana todo o grande edifício era uma fortaleza, na qual as famílias poderosas erguiam uma torre. Com o tempo, isto transformou-se numa questão de capricho e prestígio, cada uma queria mostrar a melhor torre, e quando as torres direitas começaram a ficar cada vez mais corriqueiras, alguém mandou construir uma inclinada.

página 153

A opinião de Goethe sobre a Torre Garisenda extraída do seu livro “Viagem a Itália“.

elusive quickhoof

Uma das mounts mais divertidas do jogo até à data.

a família de dario diante de alexandre

Este quadro de Paolo Veronese, actualmente na The National Gallery foi visto por Goethe na sua Viagem a Itália. Na altura da sua visita a pintura estava localizada em Veneza no palácio Pisani Moretta.

(…) aqui se mostra a sua grande arte, que não possui uma marca geral que se comunique a toda a pintura, mas gere uma magnífica harmonia, pela engenhosa distribuição e luz e cor e pela alternância igualmente inteligente na aplicação da cor local;
(…)
A gradação na sequência da mãe até às filhas, passando pela esposa, é muito autêntica e conseguida; a princesa mais nova, ajoelhada no fim da fila, é uma mocinha muito bonita, com uma expressão ajuizada, mas ao mesmo tempo muito senhora do seu nariz e obstinada.

página 131

time for bed

O aviso que o meu Iphone dá para mim ir para a cama dormir.

blueberry #02 – tempestade no oeste de charlier e giraud

Os Apaches reuniram todas as suas tribos para decidirem se vão ou não entrar em guerra com os caras-pálidas, e entretanto montaram um cerco a Forte Navajo, onde vários chefes apaches se encontram aprisionados. A angústia é grande no interior do Forte, que assim se encontra isolado do resto do mundo. Após uma traição do tenente Crowe tudo parece irremediavelmente perdido e Blueberry decide partir para Tucson em busca de reforços e de medicamentos para salvar o coronel Dickson, entre a vida e a morte. Conseguirá ele sobreviver a esta travessia do deserto? E se sim, conseguirá ele regressar a tempo? Os Apaches uniram-se entretanto a traficantes de armas mexicanos e parecem ter-se apoderado de toda a região…

Este álbum, continuação da história iniciada em Forte Navajo, continua a fazer-se valer.

Tradução de Paula Caetano