white men guilt… bla bla bla

Estas três palavras “white men guilt” já chateiam. São ditas em tudo o que é contexto, mesmo fora de contexto, a raspar o contexto.

Nunca me senti, não me sinto e nunca me sentirei refém da minha herança. Nunca me senti superior a ninguém. Sou o que sou. Ponto final.

peso pesado por scott snyder e greg capullo

Peso Pesado é a continuação a história iniciada no volume anterior e colocou em cena elementos que nunca imaginaria que funcionariam: um Batman sem Bruce Wayne.

Bloom a nova personagem é realmente espectacular. Os desenhos continuam a ser excelentemente sombrios.

cara – 031

Outra cara assustadora. Ou apenas linda.

a nuvem de smog e a formiga argentina por italo calvino

“A Nuvem de Smog” é um conto continuamente tentado a tornar-se outra coisa qualquer: ensaio sociológico ou diário íntimo. Imagem e ideograma do mundo que temos de enfrentar é o smog, a névoa fumegante e carregada dos detritos químicos das cidades industriais. “A Formiga Argentina”, que o autor quis juntar a “A Nuvem de Smog” por uma afinidade estrutural e moral. Aqui, o “mal de vivre” vem da natureza: as formigas que infestam a Riviera.

Editorial Teorema

Dois excelentes contos que se colam ao leitor e o incomodam pela inquietude que transmitem.

A angústia apenas ataca o jornalista da cidade e o casal do meio rural. As personagens sentem-se incomodados pelo meio em que caíram apenas por que não o aceitam.

Em ambas as histórias o que parece ser uma ameaça à vida das pessoas, o cinzento desolado da poeira ou a invasão das formigas, é percebido como parte integrante da vida das pessoas excepto para aquelas que não se adaptam à nova realidade

the lunar excitation

Apesar de a série The Big Bang Theory ter perdido, no meu ponto de vista, muito da sua piada original, continuo a segui-la por tradição. Ainda vão aparecendo episódios interessantes, não excelentes.

A rever algumas das temporadas anteriores fiquei um pouco desapontado por descobrir que na temporada 3.23 (The Lunar Excitation) se continua na cultura popular a identificar o monstro criado por Victor Frankenstein como de “Frankenstein”.

Não, o monstro não tem nome excepto ser chamado de: “monster”, daemon”, “wretch”, “abortion”, “fiend” and “it”.

E apesar de algumas pessoas consideram aceitável chamar o monstro de Frankenstein eu discordo.

fathom dweller

A nova mount depois de 30 dias de farm.

hati

O hati agora como pet.

a morte do comendador por haruki murakami (a ler)

Terminei a leitura do livro “A Morte do Comendador” (vol. I) por Haruki Murakami e foi uma leitura… uau. Excelente.

Já tenho o volume II d’ “A Morte do Comendador”, mas vou esperar um par de dias para começar a lê-lo. Quero adiar o prazer único que vou sentir.

Entretanto vou ler dois contos do mestre Italo Calvino “A Nuvem de Smog” e “A Formiga Argentina” editados pela Teorema. Vai ser uma leitura e pêras.

os poços em haruki murakami

Se já em “Crónica do Pássaro de Corda” de Haruki Murakami, lido em Maio de 2017, o escritor utiliza um poço como “comburente” da narrativa, no qual Toru Okada desce para pensar. Agora em “A Morte do Comendador” um poço torna-se, também, um dos elementos da história.


Imagem retirada daqui.

contagens

Subi as escadas de mármore castanho. Contei dez degraus até ao primeiro patamar. Virei à esquerda e contei onze degraus. Novo patamar. Parei perante a incoerência da contagem. Desci até ao rés-do-chão para recomeçar a contagem e aí chegado insultei-me por não ter iniciado a contagem ao descer. Desta feita contei onze degraus – aqui estava a explicação. Reiniciei a subida lamentando o erro da primeira contagem e um arrepio desceu pela coluna. Estremeci. A contagem até ao segundo patamar foi de dez degraus. Senti um sufoco. Tonturas. As paredes começaram a abafar-me. Colei-me à parede atordoado. Confuso tentei convencer-me de que a minha obsessão pelo equilíbrio e coerência estava a transformar-se num problema. Desci acelerado os dois patamares. Respirei fundo. Reiniciei a subida. Dez degraus, esquerda, dez degraus. A harmonia desceu sobre mim. Sorridente iniciei a escalada de um novo patamar: contagem dez degraus – tudo certo. Nova viragem à esquerda e onze degraus. Como? Como? Limpei as gotas de suor que escorriam pela testa. Desci os patamares tentando não pensar muito no assunto. Entrei no elevador e carreguei no botão para o segundo andar. A porta fechou-se e a subida iniciou-se suavemente. O elevador parou com um ligeiro solavanco. A porta abriu-se e perante mim exibiu-se em plena claridade o rés-do-chão.