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los últimos libres de víctor m. valenzuela

No hay duda ninguna, que en los días de hoy, los media son controlados por las corrupciones. Las noticias reflejan sus intereses y están muy lejos de ser un relato fiel de los hechos. Mucho más importante que las noticias emitidas son las no emitidas. Es un mundo desolador, asqueroso, y nunca es demasiado hablar, escribir sobre esto. Añado – no existe duda ninguna que hoy día el mundo está controlado por las corrupciones.

“Los Últimos Libres” por Víctor M. Valenzuela es una compleja historia sobre la libertad de expresión y una denuncia social honesta. Porque es imprescindible denunciar para corregir, ¿verdad?

Aunque sea un libro divertido de leerse, “Los Últimos Libres”, obliga al lector a un debate solitario, o no, sobre la ética social en una altura en la que asistimos cada vez más a una crisis de credibilidad de los gobiernos. Si los gobiernos no cumplen y fallan en proteger el individuo, ¿qué será de la ética y responsabilidad social?

Víctor M. Valenzuela creó un enredo convincente, con personajes humanos decepcionados ante el malestar general de una sociedad sin una verdadera libertad. Lo que me encanta en los personajes creados por Víctor M. Valenzuela es que son inspiradores y capaces de irse a extremos para buscar el bien de los demás.

Por eso “Los Últimos Libres”, es para mí, además de todo, una historia de amor, de amistad, en la cual las personas delante una tragedia se unen en un vínculo cada vez más creciente para solucionarla.

El libro no da respuestas milagrosas. Pero, da esperanza. Y, en el final, el esfuerzo sincero parece contar para alguna cosa… a lo mejor todo.

free lance de diogo carvalho

Diogo Carvalho apresentou em Barcelos o seu último trabalho Free Lance; o argumento, desenho e arte-final são da sua autoria – cores por Nimesh Morarji.

A primeira história, de duas que compõem o livro, foi publicada na antologia Octal #1 (03/2016).

Octal #1

Octal #1

Sobre a edição inglesa:

Free Lance is the creation of writer/penciller/inker Diogo Carvalho and to be honest, is the sort of thing I normally try my hardest to avoid. However, I was pleasantly surprised with the honesty of the writing. The set up is quite simple, where do you go when you need a job doing, but isn’t the type of “for honour” job that appeals to the Knights of the Realm. This gives Carvalho the opportunity to play in a fantasy type of world without the usual constraints. With a Shrek like twist, the book is pretty much what you’d expect, in that’s its pretty easy going with a standard style of art and color.

Free Lance é seriamente uma excelente comédia. É garantido que saudáveis gargalhadas serão arrojadas na leitura deste livro. Cada prancha é louca. Os textos soltam-se rápido e furiosamente humorosos; personagens divertidas (pouco/muito estranhas).

Combinando os textos, com os desenhos e as cores (sublimes!) temos um livro absolutamente irresistível que nos relaxa.

Se gostas de diversão isto é para ti.

obscurum nocturnus por diogo carvalho

Já (re)li esta aventura diversas vezes e na última leitura descobri um pormenor que até então tinha-me passado despercebido. Tiago está a ler, no carro conduzido por David Gois, o Fanalbum “Cabo Connection” de, naturalmente, Diogo Carvalho.

cabo connection

cabo connection

Quanto ao livro…
É implacavelmente agradável.
Sem a necessidade de criar um barulhento e grandioso cenário apocalíptico, mas antes com uma atmosfera calma e subtil Diogo Carvalho tem a chave perfeita para uma história imprevisível, emocionante. Não sendo apenas um livro de horror, é romântico (até), cheio de acção, aventura e com uma sensação de road trip, a verdade é que nos transporta delicadamente ao medo.

Mesmo para quem não gosta de horror aconselho uma boa espreitadela. É fantástico. Para quem adora horror é a cereja no topo do bolo.

É um livro que qualquer zombie que se preze gostaria de ler.

a vida oculta de fernando pessoa por andré morgado e alexandre leoni

Obra sublime, de uma mestria visual e narrativa ímpar (impressionante a combinação dos dois elementos); imaginação em estado puro.

Considerando o impacto que a obra oferece é um livro demasiado curto!, mas apesar disso é uma livro épico. Prova-se que é possível criar uma história grandiosa sem dar informações desnecessárias. Os autores aproveitam a imaginação do leitor e deixam-o pensar a pensar (uma história com partes ocultas). Este livro é sem dúvida uma obra completa, atraente, impactante, intensa, perturbadora.

a vida oculta de fernando pessoa

a vida oculta de fernando pessoa

André Morgado e Alexandre Leoni estão mais do que de parabéns – aceno aos dois criadores.

unger house radicals by chris kelso

Já está comigo a minha cópia do livro Unger House Radicals de Chris Kelso, e com ilustrações de Shane Swank. A edição está a cargo da Crowded Quarantine.

É uma excelente edição. A leitura deve ser sumarenta.

MY REVIEW…

Who says Chris Kelso don’t throw wild parties?

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unger house radicals

First: It’s complicated to describe how good this book is without sounding sociopath.
Second: I don’t do synopses.
Third: Unger House is a character per se; that has memories – “I am always the reluctant accomplice.” – and this is really shocking. See no evil hear no evil, bullshit!

Chris Kelso is an author able to offer without any complex a gripping, disturbing and claustrophobic story. He doesn’t need special effects to make things work. Many can feel that his writing is too cruel, but it is this characteristic that gives us a constant appetite, and thus he does carving in the flesh and bones of the pages.

Under House Radicals is able to maintain the thrill equation until the last moment and beyond. It’s not an easy book, to be certain! Unger House Radicals doesn’t have morality concerns… perhaps, or maybe not, because it feels really scary.
In Chris kelso’s book we dont’ have a bang, bang lay down you are dead (make-believe, no!); we do have suffering, chills; yes dude, and now it’s too late… too late: numbness is the feeling for the win.

One of those books that crucifies the mind: insane, bizarre and so fucking crazy! Yes, I’m addicted to Chris Kelso books.

o ano do delúvio por margaret atwood

– Tens a certeza de que estás melhor? – perguntou.
– Estou ótima neste momento – respondeu Pilar. – E o momento é a única altura em que podemos estar ótimos.

página 195, 1ª edição, 2011, Bertrand Editora

Maravilhoso! Assustador!

sinopse

O Sol já brilha no céu, dando ao cinzento do mar o seu tom avermelhado. Os abutres secam as asas ao vento. Cheira a queimado. O dilúvio seco, uma praga criada em laboratório pelo homem, exterminou a humanidade. Mas duas mulheres sobreviveram: Ren, uma dançarina de varão, e Toby, que do alto do seu jardim no terraço observa e escuta. Está aí mais alguém? Um livro visionário, profético, de dimensões bíblicas, que põe a nu o mais ridículo e o mais sublime do ser humano, a nossa capacidade para a destruição e para a esperança.

Bertrand Editora

horoscrapes

I just finished reading Horoscrapes by Doug Skinner, published by Black Scat Books. So I am wondering…
2016=2+0+1+6=9

gato morto

a cat

… and a cat has nine lives, just saying.

colecção admiráveis mundos da ficção científica

O jornal Público lançou, conjuntamente com a Saída de Emergência, uma colecção de vários livros de ficção científica. Os livros tiveram um preço muito simpático e como tal decidi adquirir a colecção para reler uns e descobrir outros tantos.

  • Duna – parte 1 – Frank Herbert
  • Duna – parte 2 – Frank Herbert
  • As Primeiras Quinze Vidas de Harry August – Claire North
  • Forças do Mercado – Richard Morgan
  • O Prestígio – Christopher Priest
  • À Boleia Pela Galáxia – Douglas Adams

Reli Duna e continuo a não gostar por aí além da história. Não me atrai, falta-lhe alguma coisa. Demorei, mais de uma semana a terminar a sua leitura. Agora, entre outras leituras, estou a ler a sua continuação e pode ser que mude de ideias.
As Primeiras Quinze Vidas de Harry August é simplesmente genial. Apesar de ter a edição em inglês da obra decide ler a edição portuguesa e não fiquei nada desiludido. Uma história assombrosa. Impressionante. Um conceito de viagens no tempo original.
Forças do Mercado é uma leitura cheia de adrenalina e compulsiva. Richard Morgan não me tem desiludido.
O Prestígio foi primeiro visto e depois lido (hoje) e revela ser um must. Excelente história.
À Boleia Pela Galáxia é pura diversão e nonsense à fartura. Relido sem sobressaltos.

bewildering beasties by derek pell

Bewildering Beasties by Derek Pell is a book more than fun.
Discovering so many mythological creatures, but more than real, it was a dream come true.

Derek Pell never let me down!

dissertação escusada sobre a solidão das árvores

É com enorme satisfação que me encontro com um novo livro de José Ilídio Torres nas mãos. Já leio a sua poesia desde os 17, ainda aluno na Escola Secundária de Barcelos, mas é com 18 anos, em Coimbra, que mergulho de cabeça na sua escrita. Como pessoa pouco me surpreende, como poeta… ufa… as letras são outras. Ele escreve aquilo que eu adoro ler. Claro que não escreve para mim, não ouso pensar isso, um pouco talvez, mas sinto que ao ler as suas palavras ele pensou em mim porque fala do que eu sinto, do que me vai na alma, como um espelho que reflecte o meu real ou… o que imagino ser real, ou talvez nem isso.

José Ilídio Torres teve a ousadia de em 1987/1988(?) fazer uma fogueira com centenas de poemas. Foi um dia de alegria para Coimbra que viu a poesia livre, como deve ser toda a poesia, a esvoaçar em forma de cinza. Acho que esse dia, e nos seguintes, na Real República dos Pyn-Guyns só se falava da loucura do poeta de Barcelos. Insultei-o e principalmente à vizinha do lado. A culpa na vida de um poeta é sempre da vizinha que se esfrega a nós e se ela não existe inventa-se uma – haja poeta! Desse tempo, ainda tenho comigo, uma folha A4 com um poema escrito por um jovem de 20 anos.

Hoje temos um poeta, alguns anos mais velho, mas capaz de agrafar a qualquer folha A4 uma poesia jovem, fresca, cruel… sim, até visceral (mas sempre a pulsar, porque José Ilídio Torres manipula com mestria as letras de A a Z e desta forma a sua poesia celebra-se a si mesmo.)

Dissertação escusada sobre a solidão das árvores, o seu novo livro, vem embrulhado de “isto e aquilo“, de tudo e de nada. O poeta atreve-se a afirmar que trata o poema por tu. Não me importo que o poema seja um seu “velho amigo“, desde que eu seja um seu velho leitor. Ontem tinha apenas uma folha, hoje tenho imensas; ainda o posso insultar, mas apenas para que escreva mais e mais.

Respondo por ti se não te importas:” – obrigado José Ilídio Torres.