tradutor: antónio sabler
António Sabler tradutor do livro “Sul Profundo” por Paul Theroux tem, segundo a minha opinião, uma vinheta personalizada.
Aqui está ela. Confirmação exige-se!

António Sabler tradutor do livro “Sul Profundo” por Paul Theroux tem, segundo a minha opinião, uma vinheta personalizada.
Aqui está ela. Confirmação exige-se!
Para me manter na crista da onda vou tentar listar, porque a vida também se faz de listas, alguns dos livros que me satisfizeram em 2018.
Metade da Vida é o primeiro livro que li de V. S. Naipaul, empurrado pelas leituras de Paul Theroux e foi uma leitura bastante agradável apesar de narrar a vida em tons de não viver da personagem Willie Somerset Chandran; personagem que vive naufragado numa vida infeliz.
Tendo não como referência Porto, mas a cidade onde habito decidi, impulsionado pelo artigo “A viagem de comboio mais longa do mundo começa em Portugal” fornecido pela colega Joana Matos, traçar a minha quase ideal viagem de comboio.
Com partida de Barcelos com destino a Viana do Castelo teria viajado 31,2 km. Aí poderia retomar a viagem com destino a Vigo-Guixar e seriam mais 91,1 km (total de 122,3 km).
Em Vigo teria de me preparar para um viagem de mais de 6 horas até Madrid-Chamartin e para percorrer 610.3 km.
Chegado aqui poderia optar pelo norte de França e ir encontrar Biarritz ou optar pelo sul de França e passear os olhos por Perpignan na Côte Vermeille. Ir a Paris seria uma opção cosmopolita, mas percorrer outros trilhos seria a minha escolha. Assim, teria um curto passeio (7,7 km) de Madrid-Chamartin a Madrid-Puerta de Atocha para apanhar o comboio até Perpignan numa viagem de 807,2 km. Depois de um total de 1.547,50 km teria já cruzado duas fronteiras e estaria em França – voilá!
Em Perpignan continuaria a utilizar as linhas mais perto do mar e passando por Montpellier Saint-Roch, Marseille Saint-Charles cruzaria a Côte d’Azur, a famosa French Riviera (Cannes, Nice), até mergulhar em Génova (Itália) numa viagem de 735,9 km.
Em Itália o que escolher? Descer a bota até Brindisi e apanhar um ferry para Tirana? Ou esquecer Itália? O mais sensato para evitar a utilização ao indispensável de outros meios de transporte seria ir até Veneza. Escolha feita – comboio de Genova Piazza Principe até à estação de Venezia S. Lucia e seriam mais 404,1 km. Veneza local ideal para descansar até avançar para Trieste numa viagem de 153,1 km para, depois, arrancar para Zagreb (Croácia).
Deixei de parte, com tristeza, Istambul porque as suas linhas férreas em Turquia estão a sofrer desde 2004 uma mudança e como tal tem de ser feita uma viagem de autocarro e carro desde Halkali até Istambul. E se depois desejasse continuar até Ancara a solução seria apanhar um autocarro de Istambul até Pendik onde apanharia o comboio. Esta modernização implicou o encerramento da Estação Sirkeci desde Março de 2013. A construção do túnel Marmaray tem sofrido constantes percalços, mas tem, actualmente, a data prevista de conclusão para finais deste ano.
O Expresso do Oriente (Paris-Viena-Budapeste-Bucareste-Istambul) esteve sempre fora de questão porque deixou de existir, passados 126 anos, em 12 de Dezembro de 2009.
Fim de parêntese. Nesta altura já teria passado por Espanha, França, Itália, Eslovénia (estação de Ljubljana) e estaria na Croácia. Teria percorrido até então 3.103,20 km em dois dias.
E seria, aqui, em Zagreb [1] que poderia optar por ir até Moscovo para viajar no ainda funcional Expresso Transiberiano ou escolher uma viagem e uma paisagem menos agreste.
A escolher a primeira opção iria até Moscovo e percorrer ainda um total de 2.354,20 km, passando por Budapeste (Hungria) e Kiev (Ucrânia). Em Moscovo iria, então, por apenas 180,00€ , viajar na linha transiberiana, que continua a ser expandida, a bordo do Expresso Transiberiano (neste caso o Rossiya Trans-Siberian Train), num percurso até à cidade de Vladivostok. O mesmo trajecto feito por Paul Theroux narrado no livro “Comboio-Fantasma para o Oriente”. Seria uma viajem de 7 dias e de 9289,0 km.
Teria no total viajado 14.750,90 km em 10 dias e despendido a quantia de 755,00€.
A segunda opção [1] seria não seguir para Moscovo, mas visitar Baku, no Azerbaijão, localizada nas margens do Mar Cáspio. Baku, cidade que sonho visitar desde que li o livro “Baku, Últimos Dias” por Olivier Rolin e que acho ser uma das mais belas cidades do mundo.
Passaria, ainda, por Budapeste (Hungria) e Kiev (Ucrânia) Teria nesta opção viajado cerca de 4 dias desde Zagreb até Baku e percorrido 4.120 km. Teria viajado apenas 7.233,80 km em 6 dias e gasto a quantia de 983,00€. Viagem mais curta, mas curiosamente mais cara.
1ª imagem retirada da wikipedia: a estação inicial da via férrea Transiberiana em Moscovo.
2ª imagem retirada do site The Real Russia: Rossiya, the Trans-Siberian railway, Russia
Sul Profundo, editado pela Quetzal, é outra obra memorável de Paul Theroux, muito mais “profunda” do que qualquer outro seu livro de viagem.
Um retrato sublime de uma parte dos EUA, muitas vezes convenientemente esquecida.
Aqui se fala de lugares, mas acima de tudo de pessoas – excelente!
Tradução de António Sabler
Estar a terminar a leitura do Velho Expresso da Patagónia de Paul Theroux e sou surpreendido com o livro Ouve a Canção do Vento & Flíper de Haruki Murakami – oferta da minha mais-que-tudo.
O que se pode dizer? WOW!
Depois de ter lido “Comboio-Fantasma Para o Oriente” iniciei hoje a leitura do livro “O Velho Expresso da Patagónia” de Paul Theroux – ainda na página 28 e já estou deslumbrado.
Este Paul Theroux é excelente.
Demorei algum tempo a iniciar a leitura do livro Comboio-Fantasma Para o Oriente de Paul Theroux (edição Quetzal), mas agora estou mais do que viciado – fascinante, mágico.
Para já destaco o capítulo 3 – O Ferry Para Besiktas e o capítulo 6 – Comboio Nocturno para Bacu (como me posso esquecer de Baku – Últimos Dias de Olivier Rolin)
Mais apontamentos se necessário.
são regularmente gastos na produção e manutenção deste blog uns bons pedaços de caldo, suaves e frutadas cervejas.
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porta VIII is my personal site. Grab a beer and sit tight.
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