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outras leituras mais

Ora vejamos…

  • Tokyo Ghoul, volume II de Sui Ishida – o segundo volume não desaponta. A introdução de novos elementos e personagens estimulam o desejo de continuar a ler as aventuras de Ken Kaneki.
  • Catwoman: O Grande Golpe de Selina de Darwyn Cooke – o 4º volume da colecção “No coração das Trevas DC” é uma leitura perfeita. Um policial noir bem escrito e desenhado. O melhor até agora da colecção.
  • Colecção Vampiro de Bolso (nova colecção) – comprei até ao número 9 os novos livros desta série porque adoro ler policiais. (ponto final) Uns livros são reedições, outros pelo que me é dado a conhecer, são novos lançamentos – mas todos ao abrigo do triste AO90. Estava até hoje a ler o Mistério dos Fósforos Queimados quando parei, removi o marcador, fechei o livro e decidi arrumar até nova ordem a leitura. Ficam assim de lado:
    • O Mistério dos Fósforos Queimados de Ellery Queen
    • A Liga dos Homens Assustados de Rex Stout
    • A Morte da Canária de S. S. Van Dine
    • O Grande Mistério de Bow de Israel Zangwill

… e talvez definitivamente ou não – ando por demais obsessivo; conflituoso comigo mesmo.

Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível. Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.

Cesário Verde

antónio gedeão, poesias completas

Em 1956 António Gedeão publica no livro Movimento Perpétuo o seu poema mais conhecido: “Pedra filosofal“.

Em 1967, no livro Linhas de Força está incluído o poema intitulado “Poema da morte aparente” que Jorge de Sena no Post Scriptum de 1968, à edição do livro António Gedeão – Poesias Completas [1956-1967] considera ser um “dos melhores poemas do volume” (pág. XLVI).

Nos tempos em que acontecia o que está acontecendo agora,
e os homens pasmavam de isso ainda acontecer no tempo deles,

parecia-lhes a vida podre e reles
e suspiravam por viver agora.

A suspirar e a protestar morreram.
E agora, quando se abrem as covas,
encontram-se às vezes os dentes com que rangeram,
tão brancos como se as dentaduras fossem novas.

Ontem, na sequência de uma conversa, iniciei um passeio por estes poemas lidos pela primeira vez em 1985.

InformaçõesAntónio Gedeão – Poesias Completas [1956-1967]
Editora: Livraria Sá da Costa Editora. Lisboa
8.ª edição acrescida com 4 Poemas da Gaveta
Prefácio: “A poesia de António Gedeão: esboço de análise objectiva” por Jorge de Sena
9.ª edição: 1983

porta viii

Finalmente encontrei o dito poema no qual utilizei apenas as letras do nome Paulo Brito. É orbital loop (chegou a ser o endereço do blog).

A pilot trail.
A orbital loop… oop!
Abrupt fail.
Air burial.
Poor ritual.

– – –

Au! Au! Au!
Top loup?
Ou brut?

não adoro que ele entre em mim

Não adoro que ele entre em mim;
não adoro que se passeie em mim;
não adoro que se divirta em mim.
Ele? Ele adora entrar e sair de mim:
sem remorsos, sem moral.
Mas hoje decidi retomar a posse da chave para mim:
matei-o.
E, agora, adoro estar a come-lo pedaço a pedaço para dentro de mim.

diving

I wear clothes
made with fog rags
stitched with moonlight lines
and I dive into dream waves.

1000 estrelas

O meu poema “1000 estrelas” irá ver a luz do dia – vai ser publicado.

call for submissions for poeticdiversity: the litzine of los angeles

Enviei um poema para possível publicação no Poeticdiversity: The Litzine of Los Angeles, número Novembro de 2016.

Espero que o mesmo seja do agrado da editora Marie Lecrivain.

dissertação escusada sobre a solidão das árvores

É com enorme satisfação que me encontro com um novo livro de José Ilídio Torres nas mãos. Já leio a sua poesia desde os 17, ainda aluno na Escola Secundária de Barcelos, mas é com 18 anos, em Coimbra, que mergulho de cabeça na sua escrita. Como pessoa pouco me surpreende, como poeta… ufa… as letras são outras. Ele escreve aquilo que eu adoro ler. Claro que não escreve para mim, não ouso pensar isso, um pouco talvez, mas sinto que ao ler as suas palavras ele pensou em mim porque fala do que eu sinto, do que me vai na alma, como um espelho que reflecte o meu real ou… o que imagino ser real, ou talvez nem isso.

José Ilídio Torres teve a ousadia de em 1987/1988(?) fazer uma fogueira com centenas de poemas. Foi um dia de alegria para Coimbra que viu a poesia livre, como deve ser toda a poesia, a esvoaçar em forma de cinza. Acho que esse dia, e nos seguintes, na Real República dos Pyn-Guyns só se falava da loucura do poeta de Barcelos. Insultei-o e principalmente à vizinha do lado. A culpa na vida de um poeta é sempre da vizinha que se esfrega a nós e se ela não existe inventa-se uma – haja poeta! Desse tempo, ainda tenho comigo, uma folha A4 com um poema escrito por um jovem de 20 anos.

Hoje temos um poeta, alguns anos mais velho, mas capaz de agrafar a qualquer folha A4 uma poesia jovem, fresca, cruel… sim, até visceral (mas sempre a pulsar, porque José Ilídio Torres manipula com mestria as letras de A a Z e desta forma a sua poesia celebra-se a si mesmo.)

Dissertação escusada sobre a solidão das árvores, o seu novo livro, vem embrulhado de “isto e aquilo“, de tudo e de nada. O poeta atreve-se a afirmar que trata o poema por tu. Não me importo que o poema seja um seu “velho amigo“, desde que eu seja um seu velho leitor. Ontem tinha apenas uma folha, hoje tenho imensas; ainda o posso insultar, mas apenas para que escreva mais e mais.

Respondo por ti se não te importas:” – obrigado José Ilídio Torres.

o silêncio

Um poema publicado no Barcelos Popular em 1988.

o silêncio

o silêncio

beau présent: elizabeth hollingworth

The sixteenth (03.09.2014) is a Beau Présent that I made for Elizabeth Hollingworth.

A girl,
a tango – latino night!
I gaze to a gaol!
I belong to her – an oblation.

I allow all:
to be beaten
to be eaten
to be a bait
to wait…

And waiting I hear
the hell.
I breathe the boiling air.
Breathing the lethal eternal
I hibernate.

In a rainbow lagoon
I battle an orange whale
to negotiate a birth.

We both agree:
the hell and I.

Hanging to the blowing
I grow…
higher
and
higher

‘Hello, again,
belle Elizabeth!’

An angel
with a brilliant bronze hair.
A heroine
in an elegant green bolero.

I not hate her when
I reborn
again
and
again… and again…
to bathing in her blaze halo.

To be together… a lethal reboot,
a genial waltz.