Artigos

fundação e império de isaac asimov

Obra monumental. Nada de negativo a apontar nesta obra marcante de ficção científica… excepto uma edição pela Saída de Emergência cheia de gralhas.

Isaac Asimov merecia uma edição mais cuidada.

Tradução: Jorge Colaço

com esta chuva de annemarie schwarzenbach

Contos de viagens. Textos curtos, quase sempre cruéis que espelham uma palete forte de emoções: solidão, inquietude, paixão, desespero, conformismo.

Com uma linguagem sem luxos a autora cria cenários febris, personagens exóticas – impossível não gostar desta escrita estimulante.

Tradução de Ana Falcão Bastos

o colecionador de erva de francisco josé viegas

Esta leitura, ao contrário das outras histórias de Jaime Ramos, tem muito pouco de Jaime Ramos. Não deixa, contudo, de ser um livro brilhante e mesmerizante.

Com uma narrativa sensual e poética viajamos por vidas, memórias, tragédias; 20% de investigação, 80% de reflexões – 100% de qualidade.

os herdeiros da terra de ildefonso falcones

Considero este livro superior ao primeiro (A Catedral do Mar). Ambos movimentam-se na mesma época e podem ser lidos isoladamente apesar de algumas linhas os ligarem. Não o aconselho, contudo, pois neste, o autor tem uma escrita mais elegante – é fascinante assistir a esta evolução.

Com uma história, violenta e cruel, na qual a maldade e a bondade são servidas em molho béchamel, Ildefonso Falcones oferece uma romance cativante, poderoso.

Sem grandes gralhas a apontar e que me irritaram na leitura d’ A Catedral do Mar este livro proporcionou uma excelente leitura.

Tradução de Paulo Ramos e Gonçalo Neves

a catedral do mar de ildefonso falcones

A história é épica. “A Catedral do Mar” de Ildefonso Falcones tem todos os ingredientes clássicos para envolver o leitor: tragédia, revolta, esperança, vingança, superação, paixão, traixão.

Barcelona e a Catedral Santa Maria do Mar são duas personagens que testemunham as desventuras de Arnau. Personagens fortes, bem delineadas, e uma narração bem cadenciada oferecem uma história emotiva.

Não desgostei.

Tradução de José Vala Roberto e de João Quina Edições

o expresso do amanhã (os sobreviventes) de lob e rochette

Pouco à dizer sobre esta obra – louca!

Tradução de Pedro Cleto

rei dos espinhos de mark lawrence

História muito mais delicada do que a primeira parte da trilogia. Foi mais um dança de trás para a frente ou da frente para trás. Não surpreendeu, não direi que foi mais do mesmo, mas sim que teve menos do mais que apreciei no Príncipe dos Espinhos.

Ou era “Quatro Anos Antes” ou “Dia do Casamento” e tudo para que nas últimas 5 páginas Jorg arrase tudo e todos ao pior estilo Tocha Humana.

Esperemos que o terceiro e último livro da trilogia não seja como o último Matrix.

Tradução de Renato Carreira

a caravana de morris & goscinny

Histórias que valem sempre a pena reler – sorrisos garantidos.

Tradução de Paula Caetano

histórias de loucura normal de charles bukowski

Charles Bukowski oferece contos sacanas, misóginos, bestas e bestiais, nenhum deixa o leitor indiferente. Histórias sobre bêbedos, bebedeiras; histórias avassaladoras normais, doentias e geniais.

Adorável.

Tradução de Vasco Gato

o homem que escrevia azulejos de álvaro laborinho lúcio

A Cidade e a Montanha vigiam-se mutuamente, num jogo de espelhos e de contrários, numa geometria de centros e periferias, num enredo de poderes e de ocultações, onde muitas são as maneiras de viver a clandestinidade e muitas são as clandestinidades: escondidas, distantes; umas, vividas; outras, à vista de todos. Dois homens, Marcel e Norberto, atravessam, juntos, todo o tempo de uma vida. Escolheram, para viver, a ficção, e é nela que são clandestinos. Com eles vêm encontrar-se João Francisco e Otília. Ele, violinista e professor de música, ela, a sua jovem neta, ambos na busca incessante do sublime, também eles recusados pela realidade. Um homem que escrevia azulejos – que reencontrou a utopia e gostava da sátira – reparou neles e pintou-os com palavras.

Quetzal Editores

Gostei do que li. Um livro que convida à reflexão de “nós e dos outros” e do conhecimento como instrumento de, digamos… redenção.