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facets of faraway

Mais histórias, mais diversão, mais momentos bem passados, mais Rhys Hughes.

Excelente.

compêndio de segredos sombrios e factos arrepiantes

“Compêndio de Segredos Sombrios e Factos Arrepiantes” de David Soares não é um romance, nem uma colectânea de contos, nem um novela, nem ficção de tuitos, é um LIVRO, com todas as letras em maiúsculas.

Como primeiro apontamento, não deixa de ser engraçado, quando o meu filho me pediu uma frase que revele a importância de Sócrates, o ateniense, eu ter logo arrojado “Sócrates comporta-se como um ‘moscardo’; espicaça as consciências adormecidas no sono fácil das ideias feitas.” de François Châtelet, frase que adoro e que demonstra a luta contra o dogmatismo, ter encontrado na introdução do “Compêndio de Segredos Sombrios e Factos Arrepiantes” as palavras “são fãs de conhecimento e não receiam procurar a verdade sobre os assuntos, mesmo que isso signifique arruinar concepções enraizadas, mas erradas.

Chegado aqui não sei o que escrever sobre o livro. Tanta coisa para escrever e sem saber como começar. Vou, utilizar, a dica seis de João Barreiros:

Perante o horror de uma página em branco, escrevam nela qualquer coisa para começar. Tipo “O Zezinho era nhónhó”. Esta edificante frase poderá ser utilizada como alavanca inspiradora.

João Barreiros

Aqui está, pois O Zezinho era nhónhó

Ler o “Compêndio de Segredos Sombrios e Factos Arrepiantes” de David Soares é descobrir um livro dos diabos, no bom sentido do termo… claro, fácil de ler, apesar de ter alguns temas nada ligh, e que revela que o autor nos hipnotiza, facilmente, com palavras (deve ser um discípulo sombrio de Mesmer) – sabe contar histórias.

“infecção” por scott sigler

Até que gostei deste livro de Scott Sigler cheio de adrenalina, com uma narração sem pausas. É um livro onde a violência e o horror são excelentemente bem narrados; uma maravilha, talvez não indicado para pessoas sensíveis – talvez?

Combina horror, ficção cientifica.

Uma obra que recomendo para quem gosta de ler boas palavras. Irei comprar o livro Contagious, a sequela de “Infecção” e que presumo não ter sido publicado em Portugal.

philosophie magazine hors-série n.º15 – spécial bande dessinée “la vie a-t-ell uns sens?”

Philosophie Magazine Hors-Série n.º 15 é uma leitura super, mas super divertida, interessante e que permite boas descobertas. Não admira que em França a banda desenhada tenha um status que não tem noutros países.

franquin

idées noires

“A vida tem ela algum sentido?” é analisada, por exemplo, através da banda desenhada e nomeadamente por uma prancha “Idées Noires” de Franquin com o título “Le bon Dieu, les retours de réel et le petit chien de mademoiselle Ramponeau”. Num desastre de autocarro morrem todos os paroquianos excepto o cão da senhora Ramponeau ao que o padre exclama “Irmãos, os desígnios de Deus são insondáveis!”

Os temas tratados na revista são:

  • Tudo isso tem um sentido (não)?
  1. uma banda desenhada, “Le sens de la vi“, original de Lewis Trondheim
  2. Schulz visto por Art Spiegelman
  3. PEANUTS – Les enfants de Charles Schulz por Umberto Eco
  4. PEANUTS -Charlie Brown et le secret de la vie por Julian Baggini
  5. COSINUS – Éternel Cosinus por Pascal Ory
  6. CALVIN ET HOBBES – Calvin et Hobbes – Le monde comme expérimentation por Élie During
  7. CALVIN ET HOBBES -Le cosmos selon Calvin por Martin Winckler
  • Para que servem os heróis?
  1. RANTANPLAN – Éloge de Rantanplan por Boris Cyrulnik
  2. SUPERMAN – Un héros middle class por Didier Pasamonik
  3. SPIDER-MAN ET Mr A. – Spider-Man e Mr A – L´homme que ni doute jamais por Tristan Garcia
  4. LUCKY LUKE – Un western sans cadavre por Paul Clavier
  5. GOSCINNY – Le rire de Goscinny por Frédéric Worms
  6. GOSCINNY – L’alchimie de “La Zizanie por Frédéric Worms
  • Por que tanto ódio?

    brunetti

    brunetti

  1. MAUS, MASTER RACE, GEND D’HIROSHIMA – Aprés Auschwitz et Hiroshima por Agnés Gayraud
  2. uma prancha de Ivan Brunetti intitulada “Ne vous suicidez pas
  3. BRUNETTI, CLOWES, MATT, TOMINE – Les paumés de BD américaine por Roland Jaccard
  4. SUSPENSTORIES – Les contes noirs de l’oncle Sam por Daniel Adjerad
  5. L’inversion“, uma banda desenhada, por Bill Gaines inserida na colectânea Crime SuspenStories
  • Somos senhores de nossos destinos?
gaston

gaston lagaffe

  1. GEMMA BOVERY – Gemma Bovery, c’est elle por Yvan Leclerc
  2. A day at the Surgery“, banda desenhada por Ian Williams
  3. THOM FERRIER – cases de la vie d’un médecin por Martin Winckler
  4. banda desenhada “Crise Grecque: La Philosophie du Chaos” por Jul
  5. GASTON LAGAFFE – De l’existence à l’essence… et retour por Bruno Latour
  6. GASTON LAGAFFE -Gaston dieu des objets por Serge Tisseron
  7. TEZUKA – Tezuka L’âme du Manga por Agnés Gayraud
  • Deve-se viver ou morrer?
  1. Le sens de la vie“, banda desenhada por Aurélia Aurita
  2. FRANCIS – Francis, ou l’art du saut por Agnés Gayraud
  3. CREPAX, PRATT, MANARA, GIARDINO – Les fils de Louise Brooks por Roland Jaccard
  4. MANARA – Manara féministe? por Sonia Feertchak
  5. ENTRETIEN – Crumb, la subversion par la lucidité por Clément Rosset
  6. FRANQUIN – Le bon Dieu, les retours de réel et le petit chien por Denis Moureau
  • A vida é um sonho?
little_nemo

little nemo

  1. banda desenhada “Enfermés dans l’infini” por Marc-Antoine Mathieu (uma perfeita discussão sobre o nada)
  2. ENTRETIEN – La vie rêvée des cases fantômes (entrevista feita a Benoît Peeters)
  3. LITTLE NEMO – Little Nemo, Les nuis lustrales por Pascal Bruckner

Como dá para ver são imensos os temas e os artigos oferecidos. Uma mais valia a leitura deste número. Depois de “TINTIN au pays des Philosophes” este “Spécial bande dessinée : La Vie a-t-elle un sens” revela que a banda desenhada pode ser lida de muitas e muitas maneiras.

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fifty shades of grey

Sou curioso por natureza e tentei descobrir o motivo de Fifty Shades of Grey de E. L. James ter já em Portugal uma 6ª edição e para isso nada como ler o dito cujo. Comprei, por isso, Fifty Shades of Grey, na sua versão original, que foi lido com muito esforço (dolorosamente com muito esforço), mais ou menos, até à página em que descobri aquilo que sabia já desde o primeiro ruborescer, da primeira mordidela no lábio.

Raramente escrevo opiniões negativas, passo por cima da leitura, mas, desta vez, não posso deixar dizer que é um livro de uma qualidade medíocre, sem surpresas, e repetitivo, repetitivo, repetitivo.

Recomendo, para melhor leitura, qualquer livro da Colecção Sabrina; é que estes ao menos não enganam pela embalagem. Vejam este resumo:

Cuidado Caroline, voce está brincando com fogo. Para um homem rico como Adam Steinbeck, as mulheres não passam de brinquedos. E você está caindo direitinho na armadilha. Além disso é impossível que um homem charmoso como ele não seja casado e com um bando de filhos” – diziam as amigas de Caroline, preocupadas com seu envolvimento cada vez mais íntimo com o poderoso chefão da empresa onde trabalhava. Porém Adam não era casado, mas viúvo e pai de um rapaz da mesma idade de Caroline e que não hesitou um só momento em mostrar seu interesse por ela.

Passaporte para o amor, Anne Mather
 

turma da mônica jovem, internacional

Duas revistas que me vieram ter à mão da Turma da Mônica Jovem: uma em inglês, outra em espanhol.

the sticky situations of zwicky fingers

I just read The Sticky Situations of Zwicky Fingers by Rhys Hughes and I do not even know what to say.

Rhys Hughes continues to amaze me with his ability to tell stories that are always new, delirious, absurd, fantastic, sick, beautiful: use the word you want to define.

One thing is guaranteed: each story is a magical moment.

What goes on inside Rhys Hughes brains for such creativity, I wonder? Or rather, I do not even want to know. What I want is more stories.

The book can be purchased here (just folow the link).

o pequeno deus cego

Já li muitas críticas sobre a obra “O Pequeno Deus Cego”, história de David Soares, desenhos de Pedro Serpa, umas más, outras menos más, outras sem sentido, umas boas, outras muito boas, mas grande parte das críticas negativas têm uma coisa em comum: o leitor sentiu-se chocado. Fico feliz por isso.

Se o livro que lemos não nos acorda com um murro no crânio, para quê lê-lo? Para que nos faça felizes, como escreves? Por Deus. Sê-lo-íamos da mesma maneira se não tivéssemos livro nenhum, e, se fosse necessário, poderíamos escrever os livros de que precisamos para sermos felizes. Muito pelo contrário, necessitamos de livros que sobre nós exerçam uma acção idêntica à de uma desgraça que muito nos tenha afligido, tal como a morte de alguém que amássemos mais do que nós mesmos, como se fôssemos proscritos, condenados a viver nas florestas, afastados de todos os nossos semelhantes, como num suicídio – um livro deve ser o machado que quebre o mar congelado em nós. É assim que eu penso.

Frank Kafka, Carta a Pollak, 27 de Janeiro de 1904

 

Gosto de ler livros que me fazem passear na praia, sentir a areia a fugir por entre os dedos, mas adoro acima de tudo livros que me fazem reflectir, pensar, questionar.

David Soares consegue em cada história esse objectivo e neste “O Pequeno Deus Cego” ainda tenho os excelentes desenhos de Pedro Serpa. “O Pequeno Deus Cego” é um refrescante dry martini, temperado aqui e ali com uma azeitona verde, com a descoberta de novos sabores a cada sorvedela – fantástico.

“O Pequeno Deus Cego” pode ser lido sentado, deitado, de bruços; não obstante, qualquer que seja a posição, permite várias leituras e revela que David Soares explora a natureza humana com uma mestria acutilante. Ninguém fica indiferente a “O Pequeno Deus Cego” pelo argumento e pelo trabalho visual de Pedro Serpa (desenhador a seguir com muita atenção).

o braço esquerdo de deus

O Braço Esquerdo de Deus, livro editado pela Porto Editora, do escritor Paul Hoffman, primeiro de uma trilogia, convenceu-me. Adorei como que o universo paralelo em que os seguidores de uma religião continuam a combater os infiéis de forma poderosa e com sucesso. Pode ser um livro de alguma forma perturbador – viciante, violento, apaixonante.

Não é quanto a mim um verdadeiro livro de fantasia, mas enfim, é a minha opinião. Poderia dizer mais, mas não digo. Estou de férias.

O titulo do livro é-nos explicado mesmo no fim do fim. Iniciei a leitura do segundo livro. Obrigado mãe pela oferta.

lanfeust mag

Detesto não ter tido oportunidade de arrumar atempadamente o meu adorável material de banda desenhada. Agora que tenho espaço verifico que me desapareceram muitas revistas das minhas colecções.

No caso concreto revistas Lanfeust Mag; não sei do número um, quatro e do sexto ao décimo primeiro.

/sad