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they have six lips

BigPole always knew why women talk a lot: they have six lips; but he still has not discovered why they have multiple orgasms. He continues digging into the issue.

2º mandamento

Dos 10 mandamentos há um que nunca me foi bem explicado na altura em que ia agrilhoado à catequese:
2º Mandamento – Não usar o nome de Deus em vão.

Hoje a propósito de não sei o quê irei falar por que sim sobre esse mandamento do vosso senhor; exemplificando com questões enviadas por email.

P: No cume máximo do desejo sexual explodi meu Deus! que bom! ai! pará! – violei o 2º mandamento?
R: Claro que não. “crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e conquistai-a” foi a primeira ordem do vosso Deus. Está, como tal, a informar Deus o quanto é bom a tarefa de multiplicação. Pecado será parar a meio.

do vosso teológico: BigPole

black scat review #16: the obsession issue

Neste número – Black Scat Review #16: The Obsession Issue – da sempre espectacular Black Scat Books a história “the devil inside me” tem como personagem BigPole. BigPole foi inspirado no meu amigo Hugo Cardoso a quem a história é dedicada. BigPole é um gajo para todo o serviço, amigo do amigo. A “frase cortem-me os pulsos” tem nele o perfeito espelho – ou talvez não.

O livro pode ser comprado aqui.

que qualidade se pode exigir à batata?

É mais que sabido que a ingestão não moderada de álcool acarreta graves consequências, nomeadamente ao nível da performance sexual. Não existe margem para dúvida que o consumo de álcool diminui a coordenação motora, afectando as aptidões perceptivas e cognitivas, e, pois claro, a capacidade de pressão.

São cada vez mais os casos, vulgarmente baptizados, por “falha em acertar no buraco”, tecnicamente designados como o síndroma da perseguida: o pénis persegue a entrada da vulva, tal mosca a bater ad eternum num vidro, mas nunca acerta e fica de fora bambaleando-se até perder potência e a jovem a paciência.

Aqui o vosso BigPole tem a felicidade de se movimentar pelos meandros da sexualidade nocturna e diurna sem problemas. Reconheço que sou um bom cliente das profissionais da mais antiga profissão do mundo, só me falta ter um cartão de fidelidade para acumular pontos, e igualmente um bom conselheiro. Foi, portanto, na sequência de uma conversa pós-sexo, que, a como que presidente da Organização de Regulação Geral da Actividade Sexual Mesmo Óptima (O.R.G.A.S.M.O.), me confidenciou o facto de que o “oh… oh… sim… mais.. uh… vai.. vai.. ahh… ahhhhh… ai… ai… ui… ui… sí cariño… vai… fundo… isso… me gusta… mais! mais! mais! ok!” e todo um possível caleidoscópio de gemidos está com os dias contados. O cliente é cada vez mais bêbedo, porco e sem o mínimo de postura cívica para utilizar os serviços de qualquer rameira que se orgulhe de dizer de peito ao léu sou uma puta; até as profissionais de nível zero, que não obtiveram aprovação em pelo menos três UFCD (Unidades Fomentadoras de Cenas Doidas), e que pululam e copulam à bermas das estradas se queixam que nem de quatro o buraco é aconchegado com elegância – estão cada vez mais insatisfeitas e apenas esperam a altura para dispararem “agora chega! acabou o tempo!”

As profissionais do sexo querem, como nos antigamente, não apenas dar prazer, mas sentirem diversão no trabalho que têm entre mãos, seios, coxas, enfim, não preciso de fazer um desenho – é o que elas chamam de 2 em 1. Se recebem uma compensação monetária para darem gozo, qual o motivo para não obterem igualmente um saudável e respeitável orgasmo? É pedir muito a um cliente? Não pode ser o cliente um bom amante?

Aconselhei, como quem não quer a coisa, apesar de já estar com os dedos enfiados nela, que “vocês deviam estipular um mínimo de condições de acesso aos vossos serviços.”

Soube, mais tarde, numa outra discussão com a púbis morena da minha presidente, que foram definidas algumas orientações para os clientes, a saber:

  • O cliente não pode estar com uma taxa de álcool acima de 0,65 gramas por litro de sangue. Deixam de existir falsas partidas.
  • O lema “cada um é cada um” só é aceitável a partir do tamanho médio de 12cm a 17cm de pénis erecto como foi definido pelo The Kinsey Institute for Research in Sex, Gender, and Reproduction. Nada de brinquedos de 7cm, excepto se vierem acompanhados de um bom vibrador gelatinoso e por um livro de banda desenhada para o cliente se entreter enquanto espera.
  • Acabaram os sabores vintage. O pénis deve ter um mínimo de limpeza. Tal como um vinho não deve saber a podre, o falo não deve revelar que esteve a marinar por uma semana no cu de um porco. Se tal não acontecer a profissional utilizará um toalhete com PH neutro para a limpeza – despesa a acrescer à tarifa base e sem desconto de tempo; pode até, em último recurso, recusar prestar o serviço, mesmo que o cliente lhe ofereça uma caixa de preservativos com sabor a bolo de batata. Como sabem estes preservativos estão in e qualquer amante que se queira vir deve andar com uma embalagem de 6 na carteira.

Foram tomadas mais decisões, mas eu já não estava com atenção nas palavras, mas no corpo de quem as lia. E, pela primeira vez, a presidente pediu-me para colocar um batata – não me apanhou desprevenido. Claro que eu, o vosso estimado BigPole, não se limitou a usar o batata e aproveitou para amaciar a amante com um ondulante poema:
Beijo-te
Ai…sim!
Tremes
Arrepiada
Transpiras
Apaixonada!

Que noite! Saiu-me foi cara.

o vosso legislador BigPole

perguntas e mais perguntas

Exemplo de como responder com perguntas ou irritar exponencialmente uma pessoa.
Esta conversa aconteceu hoje de manhã entre a minha modesta pessoa e um palerma metido à burro.

— Estás chateado comigo Big?
— Fizeste ou disseste alguma coisa que me faça estar chateado contigo?
— Que eu saiba não.
— Então por que haveria de estar chateado contigo?
— Por nada. Foda-se que tu às vezes és parvo. Só complicas. Raios te partam.
— Já reparas-te que agora é que tenho motivos para estar aborrecido contigo?
— Vai mas é à merda.
— À merda vou, mas espera e… (atirei-lhe um murro directo aos dentes).

A dita pessoa caiu – bati com os pés no chão a marcar território – e fugiu cambaleante (o gajo é doido, deve ter pensado). E eu? Eu ganhei o dia. Reputação a 100%!

Mais uma lição

do vosso bom falante BigPole

o bananas

Tenho um amigo que adora bananas. Fico atarantado como é que ele consegue comer bananas em qualquer lugar, a qualquer altura; e que quantidade. A acrescentar a isto diga-se que ele não mastiga a banana, mas como que a sorve – suavemente. Um espanto. É assustador, mas não deixa de ser um espanto. Soube ontem que juntou os trapos com alguém do sexo masculino. Já devia desconfiar que o seu gosto inusitado por bananas era a ponta do icebergue de uma homossexualidade latente. Agora começou, também, a comer banana de carne – enfim! Não estou em estado choque, apenas me sinto seriamente chocado.

Desisti de comer bananas por uma questão profiláctica, principalmente por que as comia em casa cortadas às rodelas, uma latente castração, segundo o que recordo ter lido numa revista Gina dos anos 80, estas memórias subliminares de merda mais tarde ou mais cedo vêm à tona; nos restaurantes as bananas eram mastigadas depois de sofrerem o flagelo do fogo. Existirá alguma mensagem escondida na imagem do fogo? Também alastrei a dieta aos pêssegos, os carecas e os cabeludos.

De fruta como apenas cerejas, morangos e lichias que são muita eróticas. Legumes apenas couves, feijão frade devido a possíveis acusações de racismo; este é branco e preto.

É uma boa altura para mudar alguns hábitos alimentares. Sou a favor da mudança.


o vosso temerário BigPole

previsão de tempestade

Ouvi assim de raspão que estava previsto a partir das 02h00 da manhã de hoje um temporal em Portugal e que deviam ser tomadas medidas de segurança extras.

Posso confirmar esta previsão. Na minha cama perto das 03h15 começou um violento tufão com uma garina, mas não me importei de estar dentro daquele quente turbilhão que me foi oferecido a preço de ouro. A única coisa que ficou em pé depois da tempestade foi o meu coiso ofegante.

Com um banho quente relaxei e dormi com um anjo. Vivam as previsões!


o vosso meteorológico BigPole

um problema químico…

Para mim ter uma relação sexual é tão normal como roer a unha do dedo grande do meu pé esquerdo ou, numa imagem mais inocente, como pescar moncos dentro do nariz. Entendo, que pessoal, que só “faça o amor” a cada 29 de Fevereiro se sinta revoltado com a minha desenvoltura – temos pena!

Contudo, hoje, não falarei de sexo, mas de química, para perceberam que BigPole é um poço de sabedoria e para abafar, igualmente, os críticos mentecaptos.
Irão concluir, não apenas que a química está presente em muitos actos da nossa vida, mesmo naqueles que pensamos que não, mas também que eu subjugo não apenas o sexo como a química. Um pouco de arrogância nunca me fez qualquer mal.
Acho que será a primeira vez que vai ser tratado, de forma consensual porque quimicamente, o resultado de uma actividade realizada por qualquer ser humano desde sempre. Tentarei usar uma linguagem simples, singela. Aqui vai…

Ontem, ou se preferirem hoje de madrugada, eram cerca das 03h15m, num ambiente de néon proveniente da minha sanita, quando estava a descer uma calça Denim Fit Loose e uma cueca boxer Hom, com um adorável desenho de fantasia e, cuja textura ultra-leve aconchega na perfeição o meu orgão genital, para alapar as nádegas numa Kohler com assento aquecido, pensava no tempo que se perde a evacuar; daí que tenha sempre à mão algumas revistas para folhear.

Depois de terminar o meu serviço, já com o regueiro limpo e não uso papel higiénico, mas sim as opções de uma sanita 4-1 que tem, também, função de bidé e como tal recebo no sítio adequado um jacto de água oscilante a uma temperatura suave e um fluxo de ar quente para secagem, tudo ajustável por comando, ah! e tem controlo de odor, puxei o autoclismo, atirei a roupa para o cesto de roupa suja, e nu preparava-me para um rápido banho de imersão ao som de uma relaxante música ambiente, quando reparei que ficou a boiar no fundo da sanita um resto, razoavelmente redondo, de fezes. Assustei-me. Enojei-me ver aquela coisa a enfrentar-me do fundo da minha Numi. Decidido a acabar com isso usei a função flush-full. O impossível aconteceu e o naco de fezes ganhou ao turbilhão aquático e lá permaneceu a boiar plácido. Assustado duplamente fiquei. Aquilo não se misturava.

Humm….. estaria perante um problema de polaridade? Duplo hummm… hummm…
Vejamos: bebi umas boas cervejas, acompanhadas por um petisco capaz de fazer corar o colesterol. E como sabemos que a água é uma substância polar e as gorduras apolares estaria perante um pedaço de fezes hidrofóbico? Grande questão química percebem? Novo flush-full, o mesmo resultado. Conclui que tinha de anular de alguma forma a polaridade das fezes e como tal atirei para dentro da sanita uns guardanapos que fui buscar à cozinha. Desta vez experimentei um eco-full e pumba o poio desapareceu nos meandros do esgoto. Milagre químico.

Conclusões a tirar? Primeiro que foi mais fácil afundar o Titanic; segundo que tenho de cortar nas gorduras.


o vosso químico BigPole

será que se…

Se tivesse sido merda de pomba a cair na cabeça de Newton e não uma maça ele teria descoberto a lei da gravidade?


do vosso bom falante BigPole

o raio dos maios

A minha apavorante vizinha do décimo quarto andar não se cansa de depositar surpresas encostadas à porta blindada de entrada para o meu apartamento. São donuts, pães árabes, pães ázimos, pães franceses, pães integrais, decorados ora com uma vela, um palito colorido, um stick luminoso, pêssegos paraguaios, marmelos, mas também deixa artigos não comestíveis, como um fálico candeeiro lâmpada de lava vermelha, um broche em prata e outras coisas de que já não tenho memória. Não sei o que se passa naquela cabeça. Não consigo compreender, e tenho dois dedos de testa, o que ela quer conseguir com aquelas oferendas.

Já lhe disse com a menor simpatia que tenho que deve mudar de atitude, que é uma exagerada, que o que faz não tem qualquer sentido, que se deseja ter sexo comigo isso nunca vai acontecer, não porque seja feia (também não é bonita, até tem um corpo de pedir por mais), apenas odeio saber que tenho uma amante no prédio onde habito obcecadamente possessiva.

– A sua sorte é eu ainda ser boa pessoa e isto ser saboroso – respondi-lhe, na sexta-feira passada, após dar uma última trincadela na oblação, um donut caramelizado. Viro-lhe as costas e subo em passo de corrida pelo elevador até ao meu reduto.

Passados que foram dois dias do último donut olho para o espanto dos espantos; completamente apalermado fiquei a encarar um pito amarelo, de laço vermelho ao pescoço, num cesto de vime repleto de ovos de chocolate. Pego no cartão preso à asa e leio “Big, ofereço-lhe esse inocente pito como prova do meu apreço. A sua vizinha 14C“. Aquela prenda tinha a mensagem mais clara de todas. Senti que tinha de terminar com os abusos. As dádivas atingiram outro patamar pela ausência de subtileza; de inocente não tinha nada e o pito, ou mais correctamente o frango, da oferecida, que deve ser tudo menos cândido, foi-me oferecido em vermelho.

Mal sabia que o pior estava para vir. Hoje, 30 de Abril, lá descobri refastelado no chão um cesto de verga castanho com imensas maias ou maios, enfim ramos de giestas amarelas. Fiquei assustado. Odeio rituais, até os pagãos. Iniciei um laborioso processo mental, só como eu sou capaz, e concluí que o ritual tem como objectivo último impedir a entrada do Burro, do Maio ou do Carrapato nas casas; afastar as entidades maléficas, os demónios. Chegado a esta ilação uma paz interior colou-se ao corpo. Finalmente a 14C ia deixar-me em paz. Coloco os maios e desvio a vizinha carrapata da minha porta – pensei. Grande burra acabou de dar um tiro no pé; deu, mas foi, um tiro nos dois pés e caiu de frente. O susto já era uma miragem e comecei a gargalhar todo satisfeito quando o tiimmm do elevador antecipando a abertura das portas interrompeu a quarta risada e vi lá dentro a 14C vestida de branco, coroada com flores, descalça, diáfana, a exalar fertilidade. As portas fecharam-se e o elevador desceu. Se eu fosse o Reed Richards os queixos tinham-me caído literalmente ao chão.

Que se fodessem os maios, que não eram precisos. O diabo já estava dentro de casa, dentro de mim. E o demónio em mim entrou em parafuso. Tresloucado desci, imagine-se, pelas escadas, abalroei a porta do 14C para a encontrar sentada, sensual, num trono de flores. Lancei-me a ela de arpão em riste, rasguei-lhe a parca cobertura; de costas para mim e com as mãos apoiadas nos braços da poltrona florida enfiei numa líquida vulva um sequioso pénis com tanta facilidade que quase perdi o equilíbrio não me tivesse agarrado a dois seios tesos, ausentes de artificialismos. Com a coluna a arquear a cada investida minha senti que estava a gostar da viagem de tobogã; e quando comecei a despejar 117 milhões de demónios, contagem do meu último espermograma, ri-me em deliciosos sobressaltos da imagem mental que me surgiu, assim do nada: um pito amarelo, de laço vermelho a afogar-se num taça cheia de manteiga.

Abandonei-a sufocada por suspiros, sabendo que os meus demónios irão morrer pacificamente em suave agonia em 24 horas – maios para quê.

Finalmente exorcizei-a.

o vosso exorcista: BigPole