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A plataforma Tumblr com o objectivo de limpar conteúdo adulto, racista, etc… iniciou uma purga à velocidade da escuridão.

Eu que sou um tipo para o sossegado também vi uma série de posts vítimas desta limpeza – censura a 110%. Os exemplos vão desde moi a fazer uma tatuagem, até ao rabisco da cabeça de um pirata, passando pela imagem de um cachorro-quente. Exemplos para toda a família.

Curiosamente esta imagem não viola as regras da comunidade. Fantástico!

coisas boas

Existem uns malucos, seguramente puritanos, que odeiam banda-desenhada. Para descobrirem o que é realmente bom deviam ser castigados com a leitura de Torpedo 1936.

Torpedo 1936 é algo verdadeiramente poderoso. Esta semana sai o último volume da colecção integral, realmente integral sem censuras – as duas histórias que têm sido censuradas (“Toccata y fuga” e “Lolita” constam desta maravilhosa edição da Levoir.

O volume seis oferece as histórias a cores do Torpedo 1972 ainda com o argumento de Enrique Sánchez Abulí, mas com arte de Eduardo Risso que substituiu Jordi Bernet.

dead end

No dia 30.abril lá fui ver a peça de teatro “Dead End” sobre um texto da dramaturga Letizia Russo (nascida em Roma em 1980) interpretada por alunos do 12º B.

“Dead End” conta a(s) historia(s) de oito jovens que vivem como uma seita sobre o poder de Sirius, que aos olhos deles é um Deus. Os diálogos abordam não apenas as questões da adolescência, mas da humanidade no seu sentido mais lato. A adoração de Sirius dia após dia, numa colina claustrofóbica, e a viagem de Kris e Ken foram bem conseguidos no apertado espaço do auditório da biblioteca municipal – a escolha do espaço potenciou o ambiente.
O facto de o elenco ser quase exclusivamente composto por mulheres criou uma atmosfera mais onírica aos quadros.

Saliento a confiança em palco, nisso podem me apontar o dedo, mas dah!!, de Sara Brito no papel de Sirius e de Sara Rodrigues como Kent, mas de uma forma global estão todos de parabéns.

Os diálogos são muitas das vezes chocantes, cruéis; uma cena muito ousada foi interpretada. Fico contente, admirado até, por não ter havido censura.

“Dead End” é brutalmente rude (adorável) e seria interessante ver a peça na sua totalidade. Uma experiência a repetir.

update [04.05.2012]
elenco completo
Sirius – Sara Brito
Spyrus – Mariana Vieira
kent – Sara Rodrigues
Kris – João Miranda
Reiko – Cláudia González
Nimar – Alberto Vilas Boas
Laura – Inês Sousa
Audrey – Cátia Fernandes
Doris – Ana Pereira
Kim – Joana Serre
Elf – José Lopes