as atribulações de um português no porto
E antes que digam que existe um livro com um nome semelhante ao título desta entrada, eu coloco-o aqui: “Les Tribulations d’un Chinois en Chine” de Jules Verne. Pronto!
Ontem o dia correu muito bem. O almoço do Leituras de BD estava devidamente condimentado; espectacular companhia.
Quanto ao MAB – Festival Internacional de Multimédia, artes e BD, como ia com o pessimismo instalado, até gostei. Teria alguns aspectos negativos a apontar, mas o facto de ter efectuado umas boas compras, conhecido pessoal fantástico, e ter trazido uns valentes rabiscos, evita frases mais tristes. Além do mais tive o prazer de ver em primeira mão a exposição de Zakarella.
Contudo este post não servirá para falar do MAB – Festival Internacional de Multimédia, isso ficará para outro, mas das minhas aventuras malucas, que comprovam muita coisa ou nada.
Os apontamentos:
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- Fui de comboio
- Como tipo precavido que sou, depois de ver o horário do comboio de regresso, marquei como alarme a hora de partida no meu Nokia x6 para não o perder.
- Às 17h45m o alarme disparou. No visor indicava 18h00. Com apenas 15m para chegar ao destino e como não sabia a forma mais rápida de chegar à estação de São Bento pedi indicações à diabólica Virgulina Labareda.
- Recordei-me que tinha deixado na mão do João Mascarenhas o Punk Redux, o novo álbum do Menino Triste. Fiquei mais que doido.
- Pesquei o marcador de livros da Dr. Kartoon, telefonei para a loja de Coimbra, pedi o número de telemóvel do João Miguel Lameiras e pedi-lhe para deixar o álbum com Nuno Amado – agora vou ter mesmo de pagar os portes!
- Perdi-me, temporariamente. Sabia que a rua de referência tinha uma data, mas só me lembrava do 25 de Abril. Como fui capaz de me esquecer de um livro!
- Quando me lembrei do 31 de Janeiro foi sempre abrir – claro que a descer ajuda.
- Chegado à estação de São Bento, pisco os olhos para o relógio de pulso que me indica 18h30m – merda, perdi o comboio.
- Ataco a tabela de horários Porto-Vigo para ver a alternativa e reparo que não existe qualquer comboio às 18h00, mas sim às 18h45m
- Amaldiçoo o Nokia x6 e especialmente o sujeito que gravou o alarme. Depois desta confusão ainda tenho 15m – nada mal!
- Na bilheteira: “Um bilhete para Barcelos”.
- “Não há hoje mais comboios para Barcelos devido à greve”.
- “Greve! Mas está no placard o comboio das 18h45m para Braga”.
- “Não tem ligações para os regionais. A greve é dos regionais a partir das 16h00. Só tem comboio até Nine.”
- Ainda na bilheteira: “A sério?!! Que seja. Um bilhete para Nine.”
- Continuando na bilheteira: “Mas, mas… depois o senhor não tem comboio para Barcelos!”
- “Faço o resto do percurso a pé pela linha. O meu Nokia servirá de lanterna.” Fiquei um pouco melhor com a expressão do homem, apesar de ele ter a obrigação de não revelar qualquer surpresa perante um simples sujeito de chapéu aparentemente amalucado.
Ainda tive tempo de beber um capuccino extraído daquelas máquinas automáticas e comprar uma garrafa de 1,5l antes de entrar para o Comboio. Ufa!!!