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fundação e império de isaac asimov

Obra monumental. Nada de negativo a apontar nesta obra marcante de ficção científica… excepto uma edição pela Saída de Emergência cheia de gralhas.

Isaac Asimov merecia uma edição mais cuidada.

Tradução: Jorge Colaço

fundação e império pela saída de emergência

Se no primeiro volume somos atacados pelas gralhas, neste volume é a numeração das páginas que decidiu fazer das suas.

Depois da página 224 encontramos a página 229… e procuramos… a 225

e a página 225 está junto à página 232…

… e assim sucessivamente – todo fora de ordem.

A leitura em tom de puzzle é, então, assim:

  • página 224 – pausa e procura
  • páginas 225, 226, 227, 228 – pausa e procura
  • páginas 229, 230, 231, 232 – pausa e procura
  • páginas 233, 234, 235, 236 – pausa e procura
  • páginas 237, 238, 239, 240 – pausa e procura
  • páginas 241, 242, 243, 244 – pausa e procura
  • páginas 245, 246, 247, 248 – pausa e procura
  • páginas 249, 250, 251, 252 – pausa e procura
  • páginas 253, 254, 255, 256 – pausa e procura
  • página 257 e seguintes

Estes avanços e recuos foram desesperantes e o ritmo da leitura perdeu-se – zero coesão!

n’ a catedral do mar

Direito da primeira noite (latim: jus primae noctis), também conhecido como direito do senhor ou direito da pernada, refere-se a uma suposta instituição que teria vigorado na Idade Média e que permitiria ao senhor feudal, no âmbito de seus domínios, desvirginar uma noiva na sua noite de núpcias.

São todos os acontecimentos que ocorreram após o senhor de Bernat Estanyol ter desvirginado Francesca Esteve, mulher de Bernat, no dia do casamento, que levam e justificam a fuga de Bernat com o seu filho Arnau para a cidade de Barcelona.

Segundo a obra de Alain Boureau “Le Droit de cuissage. Histoire de la fabrication d’un mythe (XIIIe-XXe siècle)”

From the late Middle Ages to The Marriage of Figaro to Mel Gibson’s Braveheart, the ultimate symbol of feudal barbarism has been the droit de cuissage, or right of a feudal lord to sleep with the bride of a vassal on her wedding night. The droit de cuissage even resurfaced in the debate over the French Penal Code of 1992 as a synonym for sexual harassment.
But, as Alain Boureau elegantly demonstrates in this book, the droit de cuissage is a myth. Under contextual examination, nearly all the supposed evidence for this custom melts away—yet belief in it has survived for seven hundred years. Boureau shows how each era turned the mythical custom to its own ends. For instance, in the late Middle Ages, monarchists raised the specter of the droit de cuissage to rally public opinion against local lords, and partisans of the French Revolution pointed to it as proof of the corruption of the Ancien Régime.
A fascinating case study of the folklore of sexuality, The Lord’s First Night also offers evocative insights into popular (mis)conceptions of the Middle Ages.

University of Chicago Press

Não sei se a utilização deste artificio que causa revolta, repulsa e ódio foi apenas uma forma dramática para levar a história a seguir dado rumo ou tem qualquer fundamento.


Outra questão é a revisão deste livro de Ildefonso Falcones numa edição comemorativa, limitada (nova edição com prólogo do autor):

— É muito jovem — afirmou um terceiro
— Arnau olhava para todos com os olhos esbugalhados.

página 217


— Tu é o bastaix — afirmou (…)

página 245

Foi nesta altura da leitura que decidi registar as últimas gralhas de revisão. Existem mais gralhas antes destas duas, mas irritado deixei-as passar ao lado. Nesta fase entendi apontar.

Lamentavelmente as gralhas continuaram, continuaram e continuaram. Acabei por desistir até chegar à página 500. Chegado aqui tomei nota da respectiva gralha. Existem mais, mas… enfim… que desilusão

Mar também pensou nisso: devia contar o sucedido a Arnau? O ganharia se o o fizesse?

página 500


(…) Nem seque sabia que atrás vidraças estavam a julgar Arnau!

página 652

As gralhas são uma constante nesta edição – muito, mas muito lamentável. São falhas que não podem acontecer.

Ligo menos a imprecisões históricas – afinal é uma obra de ficção – do que às gralhas. Erros como os apontados põe-me piurso.

A editora Suma de Letras não está realmente de parabéns.

gralhas de sonho

página 317

página 393

Há gralhas que me passam pelos olhos e que nem reparo ou que nem ligo. Outras há que me apetecem registar, como estas.

Na segunda imagem o nome correcto é Mizuki Ando e não Andro.

A Rapariga que Inventou um Sonho de Haruki Murakami (pág. 317 e 393)

ainda

Claro que me passam ao lado muitas gralhas e outras apesar de as detectar não as registo por preguiça.

Cena detectada no livro #1 da nova colecção Watchmen.

gralhas e grilhetas

(…) Para começar, que que ele a cubra com musse de chocolate e depois que a lamba.

página 346

Já tinha reparado noutras gralhas, mas esta, assim, quase a chegar ao final do livro “O Coração É o Último a Morrer” de Margaret Atwood, irritou-me – rrrrrrrrrr, que feroz!

in the deathroom by stephen king

Poderia o quê? Isso não interessava a Escobar, que se ele limitou a assentir com uma expressão compreensiva (…)

página 153

Gralhas que me irritam no livro Boleia Arriscada.

fundação pela saída de emergência

Um dos grandes lançamentos editoriais deste ano que se inicia é sem dúvida o primeiro livro da trilogia “Fundação” de Isaac Asimov pela editora Saída de Emergência.

Já o estou a ler e faço desde já um reparo à revisão. Existem gralhas que podiam ter sido evitadas.

— Certamente, deve saber. (…)
Bem, sim, sou matemático.

página 32


— Nem faz parte do Município de Smyrno. Nas faz parte de nenhum município.

página 71


(…) é por isso que as comunicações estão se estão a romper;

página 78

revista amanhecer, 2017

Tenho colaborado com pequenos textos para a revista Amanhecer da Escola Secundária de Barcelos. Este ano um dos textos tinha duas imagens e uma delas foi suprimida – lapso, gralha ou omissão deliberada? Ainda não sei.

A primeira imagem:

like

E a imagem, simples, singela, elegante, que se desvaneceu:

the finger

Estou desiludido. O texto perdeu todo o seu significado.

carbono alterado [edição especial]

Um dos livros que li foi Carbono Alterado de Richard Morgan editado pela Saída de Emergência, numa edição especial de 999 exemplares (ver imagem) e com prefácio exclusivo do autor.

carbono alterado

carbono alterado

Pena, ou não, que o livro tenha uma pequena gralha na capa. A personagem principal chama-se, efectivamente, Takeshi Kovacs e não Takeshi Kivacs.