escrevo
Escrevo
em avulso,
por grosso.
Assim e assado!
Escrevo palavras
açucaradas,
azedas,
insossas,
mas nunca salgadas.
O sal é sagrado.
Beatifica-me o corpo
e o espaço.
Escrevo palavras
planas,
convexas,
côncavas,
mas nunca espelhadas.
O espelho é cópia.
Reflecte-me o real
e o virtual.
Sombras de beatas.
Escrevo um sim.
Escrevo um não,
mas nunca um talvez.
Se não estou tramado
com a indefinição.