Artigos

naquele tempo de josé mattoso

Este é o novo livro de não-ficção que estou a ler calmamente.

José Mattoso escreve sem floreados – apaixonadamente. Estou a adorar ler os seus ensaios. Uma forma elegante de terminar o dia.

o mundo até ontem de jared diamond

Muitos de nós nem sequer questionam aquilo que a sociedade moderna nos proporciona, desde as viagens de avião e os telemóveis até à obesidade. Contudo, ao longo de quase seis milhões de anos de existência, a sociedade humana não conheceu todas essas coisas. Embora pareça existir um abismo a separar-nos dos nossos antepassados primitivos, podemos ter uma ideia de como era o nosso anterior estilo de vida observando as sociedades tradicionais que ainda existem ou que existiram até há pouco tempo. Sociedades como a das terras altas da Nova Guiné recordam-nos de que foi apenas ontem, na escala temporal da evolução, que tudo mudou. O Mundo até ontem desenha um espantoso retrato em primeira mão da vida humana nas últimas dezenas de milhares de anos e analisa o significado que as diferenças entre o passado e o nosso presente têm para as nossas vidas. Provocante, esclarecedor e divertido, este é o livro mais imperdível de Jared Diamond.

Temas e Debates

Outra leitura – admirável.

ceuta 1415, seiscentos anos depois de luís miguel duarte

Continuo a adorar ler cada vez mais não ficção.
Ceuta 1415, Seiscentos Anos Depois de Luís Miguel Duarte é um livro muito bem estruturado. Fácil de ler. Divertido. O autor escreve com muita alegria sobre um tema “sério” da nossa história.

A história quando bem narrada é outra coisa.

Adorei.

armas, germes e aço de jared diamond

A leitura do livro Armas, Germes e Aço por Jared Diamond foi uma das leituras mais divertidas, mais interessantes, mais desafiadores dos últimos tempos.

Conseguiu suplantar sem dificuldade muitos livros de ficção.

E não deixa de ser interessante que hoje surja a notícia na revista Nature em 21.07.2015 um artigo intitulado “Genetic evidence for two founding populations of the Americas” da responsabilidade de Pontus Skoglund, Swapan Mallick, Maria Cátira Bortolini, Niru Chennagiri, Tábita Hünemeier, Maria Luiza Petzl-Erler

Genetic studies have consistently indicated a single common origin of Native American groups from Central and South America. However, some morphological studies have suggested a more complex picture, whereby the northeast Asian affinities of present-day Native Americans contrast with a distinctive morphology seen in some of the earliest American skeletons, which share traits with present-day Australasians (indigenous groups in Australia, Melanesia, and island Southeast Asia). Here we analyse genome-wide data to show that some Amazonian Native Americans descend partly from a Native American founding population that carried ancestry more closely related to indigenous Australians, New Guineans and Andaman Islanders than to any present-day Eurasians or Native Americans. This signature is not present to the same extent, or at all, in present-day Northern and Central Americans or in a ~12,600-year-old Clovis-associated genome, suggesting a more diverse set of founding populations of the Americas than previously accepted.

Nature