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01 a 10, as perguntas

01. Qual a origem do seu nome?
— Os meus pais copiaram o meu nome de um saco de plástico.

02. Qual a última vez em que chorou?
— Hoje, após perder uma corrida contra um caracol.

03. Qual é a sua carne favorita?
— Carne morta.

04. Ainda tem as suas amígdalas?
— Sim, num frasco.

05. Acha que é forte?
— Sou forte e pesado. Pesadamente forte.

06. Qual a primeiro coisa que repara nas pessoas?
— A sombra.

07. Futebol ou basebol?
— Xadrez.

08. Cheiro favorito?
— Um livro aberto.

09. Filmes de terror ou filmes com finais felizes?
— Bons filmes.

10. Dia favorito da semana?
— Todos os dias são santos dias.

expressamente 1.0

Muita boa gente, e outra tanta má, utiliza as redes sociais para expressar o amor, a raiva, as injustiça e as traições cometidas e sofridas, porque esse mural virtual é muito superior ao muro das lamentações ou ao Speaker’s Corner. Quando descobri que certas coisas não eram tal como eu imaginava fiquei chocado. Hoje vou, por isso, fazer o mesmo e expressar algumas das minhas desilusões e tristezas no Facebook:

  1. o carteiro nem sempre toca duas vezes; felizmente deixa aviso de encomenda não levantada
  2. chamar o elevador não é dizer, nem gritar “Elevador, Elevador”, mas afinal carregar num botão

E é tudo por agora.

deepwind gorge

Com a vinda do patch 8.3 a 14 de Janeiro a battleground Deepwind Gorge vai sofrer alterações. Uma é a introdução de novos achievements, a outra a remoção do achievement Other People’s Property. Foi por causa disto que durante a semana passada e até ontem andei a fazer Deepwind Gorge atrás de Deepwind Gorge.

Ontem finalmente consegui o achievement e vou avançar para completar Deepwind Gorge Victory, porque, afinal, estou com 90/100 vitórias. A dez de completar todos para obter Master of Deepwind Gorge.

Esta corrida contra o tempo, porque nunca fui muito de pvp, ocorreu também para completar Strand of the Ancients.

Hoje, mais pela noite, vou continuar as minhas batalhas em Deepwind Gorge.

notícias frescas

O harpia do meu vizinho, que mora mesmo ao meu lado, na Rua do Perpétuo Socorro, desde que remodelou a casa com novos revestimentos e adquiriu, até, um novo carrinho acha-se o maior do mundo. O estúpido.

Ontem ele teve a ousadia de me oferecer boleia no seu novo carrinho. Não confiando na sua estabilidade, uma das rodas tinha um comportamento muito periclitante, recusei.

Eu, e não por preguiça, ainda habito a mesma casinha. É pequena; não tem uma coisa a imitar uma clarabóia, como a do meu vizinho, mas tem tudo o que preciso para eu adormecer. E não é afinal isso que interessa? Para quê luxos estéticos. E ao contrário do harpia do meu vizinho que dorme sempre embrulhado em merdas antigas eu adormeço sempre aconchegado por notícias fresquinhas. Hoje sou embalado pelo último número do Jornal de Letras e do Expresso, este é sempre um dos melhores lençóis.

sensações

Não tenho muitos boxers temáticos; mas hoje que vesti os meus boxers Paixão de Cristo sinto-me capaz de coisas altamente pecaminosas.

A cor púrpura é brutal!

hoje é um dia

Hoje é um dia, entre muitos, que sinto uma tristeza pouco saudável. Falta saber se é um tristeza crónica ou uma ressaca disfarçada!?

não adoro que ele entre em mim

Não adoro que ele entre em mim;
não adoro que se passeie em mim;
não adoro que se divirta em mim.
Ele? Ele adora entrar e sair de mim:
sem remorsos, sem moral.
Mas hoje decidi retomar a posse da chave para mim:
matei-o.
E, agora, adoro estar a come-lo pedaço a pedaço para dentro de mim.

o pito

Hoje sonhei com uma gaja, sim, uma gaja, uma garina, inglês falante, mesmo muito boa (tinha de ser, obrigatoriamente boa, senão para quê sonhar). Com ela tive uma conversa, o sacana do ID não deixou avançar para outras ondas, que incidiu sobre os diversos significados da palavra “pito”. Entendi que essa palavra permitia uma suave aproximação às fantásticas nuances da língua portuguesa.

Assim, iniciei uma sonhadora tradução explicando a originalidade da nossa língua que poderá ser um sucesso no intercâmbio cultural/social:

  • “I like pito’s rice.” – referente a um adorável prato da cozinha portuguesa.
  • “This pito makes a lot of noise!” – as galináceas vivas fazem um barulho chato; principalmente as galináceas chamadas de fracas.
  • “I liked to eat your pito.” – referente à vulva (uma coisa sexual!); o único motivo para existir a palavra pito.
  •  “You are a true pito.” – um elogio a uma gaja boa; um piropo clássico.

Penso que pensamentos como estes animam a massa anímica de qualquer povo. Sinto-me feliz por este rasgo de verbosidade.

opiniões

‘Que linda que eu sou!’ afirmou ela com exagerada alegria.
‘Mas que espelho usas para chegares a essa conclusão!’, respondeu o seu amigo.

Logo que acordou sentiu-se verdadeiramente cínico, sem paciência para tudo e mais alguma coisa. Ou ficou neste estado depois da não ingestão do pequeno-almoço: uma questão de pormenor. Também se recordou que está desiludido com as últimas leituras; quando um livro não permite ostracizar durante algum tempo a rotina para que é lido?

Pela manhã, ao olhar para o ondulado da rampa em cimento de saída da garagem fixou aí o seu olhar. A visão ficava sempre desfocada, sentiu o corpo sair de si, uma experiência transcendente semelhante às conseguidas pelos monges de Shaolin; e bastou ter perdido a primeira refeição do dia. O que aconteceria se deixasse de comer durante uma semana?

prioridades

Ando realmente e totalmente alheio. Imerso na minha escrita, leituras, pesquisas, trabalho só hoje soube da morte de Mr. Nimoy. A verdade é que mesmo que soubesse não parava mais de dez segundos a pensar no assunto. Vivo com a dolorosa falta de quem realmente me faz falta e a amar perdidamente quem vive e me faz falta. São prioridades.