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happy days por samuel beckett

Não deixa de ser engraçado que a peça de teatro “Happy Days” de Samuel Beckett seja referida diversas vezes no livro “Sobe a Maré Negra” lido esta semana e tenha, igualmente, uma referência no livro “Felizes os Felizes”, o livro que estou actualmente a ler, particularmente no capítulo Philip Chemla.

felizes os felizes de yasmina reza

Na outra noite, no teatro, ouvi esta frase: «A tristeza depois das relações sexuais íntimas, essa é-nos familiar, claro…» Foi no Ah, Os Dias Felizes de Beckett.

Às vezes as minhas leituras são muito circulares.

sobe a maré negra por margaret drabble

Concordo que a história está imbuída de um ligeiro, agradável, humor negro, o que é agradável quando trata da velhice, algo que pode ser angustiante – sentir o aproximar da morte.

O que torna uma história cheia de “bons momentos” são os diálogos, os monólogos não verbais das personagens. A combinação de cenas divertidas com cenas dramáticas oferece ao leitor alegria quanto basta.

A Maré Negra acaba não por ser uma história sobre a negação da morte, mas uma celebração da vida através da amizade, do amor, das relações pessoais, da constante descoberta de que o mundo ainda é um lugar encantador para viver.

no interior: “sobe a maré negra”

Arte no interior do livro “Sobe Maré Negra” por Margaret Drabble editado pela Quetzal.

Adicionada esta imagem (2019.02.20).