Artigos

reflexões redondas!

Uma pança redonda e firme é algo espectacular; uma obra de engenharia. Digna de ser pintada por um Rubens.
Uma pança em socalcos, caída é uma coisa disforme. Olhas para ela com desgosto e recordas com saudade quando o teu umbigo sorria no topo de uma montanha.

Uma reflexão directamente da sanita.

tens uma panca

Não és tu lês isto que tens uma panca. Sou eu que a tenho. E não fico ofendido quando esta frase me é atirada. Uma panca é uma mais-valia: sou eu, o que já por isso é muita coisa boa mais uma panca, mais alguma coisa; melhor do que qualquer produto 2 em 1.

Já fico transtornado quando me arrojam ‘tens um parafuso a mais’ ou ‘tens um parafuso a menos’. O aborrecimento surge, sendo ou não um andróide, do facto do meu criador ter sido irresponsável:

  • montou-me com uma peça de fixação a menos – a qualquer momento alguma coisa vai despegar
  • montou-me com uma peça de fixação desnecessária – a qualquer momento alguma coisa vai emperrar

Não admira que ande sempre a colocar as mãos nas cabeças; a constatação necessária de que ainda estão no sítio.

se as vacas voassem

merdadois

merda de ave

“A tua sorte foi as vacas não voarem” – disseram-me.

Hoje logo pela manhã aconteceu-me um verdadeiro ataque aéreo capaz de fazer inveja a qualquer top gun.

Fui bombardeado por um pomba com um míssil balístico de merda líquida. Quando dou por mim não era, apenas, o cabelo que estava sujo, era a roupa, o livro que levava na mão, a carteira. Peguei no lenço para minimizar o problema e um fio de caca aviária descia pela testa.

Já tinham cagado em cima de mim, mas nunca literalmente. Outro animal que odeio. Vou acabar por comprar uma simples LG 21 Panther e andar sempre de chapéu; sinto que o meu zero craniano serviu de mira.

Serve-me de consolo a linda pança que evitou qualquer bombardeamento das partes baixas.

a satisfação

Deitado de costas, braços atrás da cabeça, apoiado por uma almofada, olhava para um lindo pénis, se não for o próprio a pensar isso quem seria, certo?, ali ao alcance da mão, que à menos de 13 segundos tinha ficado mais que saciado, ainda teso, impaciente a bolsar esperma, perpendicular ao umbigo, sabendo que a satisfação de o ver em breve terminaria quando a tumescência falhasse; mas até isso acontecer admirava-o.

Agora, com um riacho de esperma a escorrer pela haste, apostava para que lado ele iria inclinar-se: esquerda? direita? esquerda? em frente? Finalmente, em placidez, lá foi a definhar descaindo para a direita até deixar de ser visto.

A muralha pança continuava a ser um grande obstáculo corporal. Valia-lhe o vidro do guarda fatos que à sua esquerda, ainda, o deixava admirar o membro em perfil.