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na parede.001

Sempre a mudar a disposição dos “quadros” nas paredes de casa.

Agora neste local tenho:

  1. uma história minha que foi publicada no formato “Poster”
  2. um original de um desenho de Diogo Carvalho – lobisomem
  3. um original de um desenho de Adele Whittle – uma raposa
  4. um calendário de 2006 (sexy) oferta de um amigo
  5. um ex-libris de Lucky Luke oferecido às primeiras 199 compras do álbum Lucky Luke Muda de Sela – o meu é o 34/199

barbaridade

Entrei no apartamento. Sentia-se a atmosfera pesada, como se o local soubesse que ali tinha sido cometido um crime.

Antes de entrar no quatro já se ouvia a azáfama da equipa forense. Apesar de ter visitado muitos cenários de crimes hediondos nunca deixo de ficar chocado com a capacidade humana para a crueldade. O que deparava perante os meus pés era o crime dos crimes. Uma bíblia foi desventrada por um punhal. Deu para perceber que proporcionou luta: diversas páginas estavam rasgadas, ainda coladas ao miolo, outras páginas encontravam-se espalhadas pelo chão – barbaridade.

nilómetro

imagem @ szabolcs gebauer

O nilómetro na ilha Elefantina. Os degraus levam ao Nilo, enquanto as marcas de corte horizontais nas paredes (à esquerda dos degraus) registam as alturas das inundações anteriores.

No Antigo Egito, um nilómetro era um poço de grande largura, provido de uma escada que descia até ao nível do lençol freático para permitir a medição das flutuações do nível da água do rio Nilo. Cada templo tinha um destes instrumentos, destinado a determinar a intensidade da inundação anual e, em consequência, o valor dos impostos devidos neste ano. Os nilómetros podem ser vistos ainda hoje ao longo do Nilo. Os mais famosos encontram-se em Com Ombo, Assuã, na ilha Elefantina e no Cairo.

Wikipédia

em teste

Para evitar percalços no inverno o meu pai gosta de testar o telhado para verificar se alguma telha está partida ou deslocada. Por isso um jacto de água enviado pela mangueira cai sobre o telhado. O caleiro começa a transbordar e é ver a água a escorrer pela parede.

Estranho?! Complicado?

Utilizando uma escada subiu-se ao telhado e o grito dado pelo meu pai ficará para os anais da história: ‘as cuecas da vizinha entupiram o caleiro.”

Mais simples impossível.

lol, camouflage 7.0 – bus 88

This story will be published in Le Scat Noir #217.

I began to write a story about lol but the story forced me to be more than what I wanted.
Sources of inspiration:
– Le Scat Noir #215 by Black Scat Books
– Waiting for Beckett by Jason E. Rolfe
– Waiting for Godot by Samuel Beckett

recordações

  • Há casais que guardam na caixinha das recordações o primeiro dente de leite que caiu do amoroso filho.
  • Há casais que conservam na caixinha das recordações o primeiro caracol loiro, preto, castanho, ruivo do filho desbastado pela tesoura do cabeleireiro.
  • Há pais que colaram na parede o primeiro postal do Dia do Pai criado na pré-escola.
  • Há mães que têm na gaveta dos soutiens e dentro de uma caixinha de cartão, que já teve um relógio gravado com os dizeres “amo-te para todo e sempre” do marido traidor, com publicidade da ourivesaria da esquina, o primeiro pedaço de barro esculpido na pré-escola comemorativo do Dia da Mãe.
  • Há madrinhas que mantêm encerrada na caixa original a vela do baptismo do afilhado.
  • Há ex-noivas, agora viúvas, casadas, divorciadas, amantizadas que mantêm pendurado no guarda-fatos o vestido de noiva.

Eu, o vosso poderoso, BigPole, guarda emoldurado numa linda caixa hermética o primeiro preservativo usado numa verdadeira luta sexual, que encerra dentro o esperma expulso e colados dois pêlos pubianos ruivos da minha amante, actualmente sem rosto.

do vosso coleccionador: BigPole