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nilómetro

imagem @ szabolcs gebauer

O nilómetro na ilha Elefantina. Os degraus levam ao Nilo, enquanto as marcas de corte horizontais nas paredes (à esquerda dos degraus) registam as alturas das inundações anteriores.

No Antigo Egito, um nilómetro era um poço de grande largura, provido de uma escada que descia até ao nível do lençol freático para permitir a medição das flutuações do nível da água do rio Nilo. Cada templo tinha um destes instrumentos, destinado a determinar a intensidade da inundação anual e, em consequência, o valor dos impostos devidos neste ano. Os nilómetros podem ser vistos ainda hoje ao longo do Nilo. Os mais famosos encontram-se em Com Ombo, Assuã, na ilha Elefantina e no Cairo.

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os poços em haruki murakami

Se já em “Crónica do Pássaro de Corda” de Haruki Murakami, lido em Maio de 2017, o escritor utiliza um poço como “comburente” da narrativa, no qual Toru Okada desce para pensar. Agora em “A Morte do Comendador” um poço torna-se, também, um dos elementos da história.


Imagem retirada daqui.

um problema químico…

Para mim ter uma relação sexual é tão normal como roer a unha do dedo grande do meu pé esquerdo ou, numa imagem mais inocente, como pescar moncos dentro do nariz. Entendo, que pessoal, que só “faça o amor” a cada 29 de Fevereiro se sinta revoltado com a minha desenvoltura – temos pena!

Contudo, hoje, não falarei de sexo, mas de química, para perceberam que BigPole é um poço de sabedoria e para abafar, igualmente, os críticos mentecaptos.
Irão concluir, não apenas que a química está presente em muitos actos da nossa vida, mesmo naqueles que pensamos que não, mas também que eu subjugo não apenas o sexo como a química. Um pouco de arrogância nunca me fez qualquer mal.
Acho que será a primeira vez que vai ser tratado, de forma consensual porque quimicamente, o resultado de uma actividade realizada por qualquer ser humano desde sempre. Tentarei usar uma linguagem simples, singela. Aqui vai…

Ontem, ou se preferirem hoje de madrugada, eram cerca das 03h15m, num ambiente de néon proveniente da minha sanita, quando estava a descer uma calça Denim Fit Loose e uma cueca boxer Hom, com um adorável desenho de fantasia e, cuja textura ultra-leve aconchega na perfeição o meu orgão genital, para alapar as nádegas numa Kohler com assento aquecido, pensava no tempo que se perde a evacuar; daí que tenha sempre à mão algumas revistas para folhear.

Depois de terminar o meu serviço, já com o regueiro limpo e não uso papel higiénico, mas sim as opções de uma sanita 4-1 que tem, também, função de bidé e como tal recebo no sítio adequado um jacto de água oscilante a uma temperatura suave e um fluxo de ar quente para secagem, tudo ajustável por comando, ah! e tem controlo de odor, puxei o autoclismo, atirei a roupa para o cesto de roupa suja, e nu preparava-me para um rápido banho de imersão ao som de uma relaxante música ambiente, quando reparei que ficou a boiar no fundo da sanita um resto, razoavelmente redondo, de fezes. Assustei-me. Enojei-me ver aquela coisa a enfrentar-me do fundo da minha Numi. Decidido a acabar com isso usei a função flush-full. O impossível aconteceu e o naco de fezes ganhou ao turbilhão aquático e lá permaneceu a boiar plácido. Assustado duplamente fiquei. Aquilo não se misturava.

Humm….. estaria perante um problema de polaridade? Duplo hummm… hummm…
Vejamos: bebi umas boas cervejas, acompanhadas por um petisco capaz de fazer corar o colesterol. E como sabemos que a água é uma substância polar e as gorduras apolares estaria perante um pedaço de fezes hidrofóbico? Grande questão química percebem? Novo flush-full, o mesmo resultado. Conclui que tinha de anular de alguma forma a polaridade das fezes e como tal atirei para dentro da sanita uns guardanapos que fui buscar à cozinha. Desta vez experimentei um eco-full e pumba o poio desapareceu nos meandros do esgoto. Milagre químico.

Conclusões a tirar? Primeiro que foi mais fácil afundar o Titanic; segundo que tenho de cortar nas gorduras.


o vosso químico BigPole