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porquê chenop

Tentei perceber junto dos meus pais o motivo de dizerem quando se deslocam às instalações da EDP, que vão à “CHENOP.”

Hoje foi dia de pesquisa.

Cena simples: a empresa que fornecia electricidade nos distritos de Braga, Bragança, Vila Real e Viseu criada em 1943 por escritura pública, chamava-se Companhia Hidroeléctrica do Norte de Portugal, ou seja CHENOP.

Em 1976, e juntamente com outras empresas do sector eléctrico, é nacionalizada passando a integrar a EDP.


Alguns hábitos são complicados de mudar.

torcer

Ontem para a Liga das Nações jogou a Suécia x Portugal e na minha família de quatro, dois torciam por Portugal, uma pela Suécia.

Eu permanecia a ruminar da razão de torcerem – coisas!

os segredos de “o imortal nicholas flamel”

A saga “Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel” de Michael Scott foi quase toda publicada pela Edições Gailivro.

  1. O Alquimista – Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel
  2. O Mágico – Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel
  3. A Feiticeira – Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel
  4. O Necromante – Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel
  5. O Bruxo – Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel
  6. The Enchantress: The Secrets of the Immortal Nicholas Flamel (não publicado)

Apesar de ter parado a leitura destas aventuras continuo a tentar comprar todos os livros editados em Portugal.

Apenas me falta “O Alquimista” porque o ofereci/vendi ao meu cunhado.

a rainha ginga de josé eduardo agualusa

O novo romance de José Eduardo Agualusa, A Rainha Ginga, conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a Rainha Ginga (1583-1663), cujo título real em quimbundo, “Ngola”, deu origem ao nome português para aquela região de África.
É a história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda personagens maravilhosos e esquecidos da nossa história – tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje.  

Quetzal Editores

A Rainha Ginga é o ponte de partida e o ponto de chegada de todas histórias narradas por Francisco José da Santa Cruz, um padre Pernambucano. Ginga deslumbra com a sua postura e nesse seu andar contagia pessoas fascinantes que se cruzam e entrecruzam entre Portugal-Brasil-Angola.

Nos dias antigos, acrescentou, os africanos olhavam para o mar e o que viam era o fim. O mar era um parede, não uma estrada. Agora, os africanos olham para o mar e veem um trilho aberto aos portugueses, mas interdito para eles. No futuro, assegurou-me, aquele será um mar africano. O caminho a partir do qual os africanos inventarão o mundo

página 16

A Rainha Ginga é muito mais do que o coração desta obra é todo um universo:

O Paraíso deixara de ser para mim algo abstrato e remoto. O Inferno também. O Paraíso era ela e o ar que ela respirava, e o Inferno a ausência dela. A toda a volta só havia demónios.

página 68

Outro fantástico e muito sólido livro de José Eduardo Agualusa. A Rainha Ginga oferece uma leitura fácil e muito agradável.

o periférico de william gibson

Grande aposta da Saída de Emergência. Autor de culto, numa obra memorável.

A história é um verdadeiro puzzle que força o leitor a juntar as peças. Com uns primeiros capítulos a obrigar a uma segunda leitura (confusos), depois de perceber a mecânica e tomar uns apontamentos paralelos foi sempre a abrir.

O Perifério é um livro complexo: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se” [1]


[1] O primeiro anúncio da Coca-Cola em Portugal, mais de 40 anos após o seu lançamento nos EUA, foi criado pelo poeta Fernando Pessoa, mas acabou por ficar apenas no papel por razões políticas.


Tradução de Luís Santos

coisas de futebol e de portugal

Primeiro: não me empolgam as conquistas de futebol da equipa portuguesa. Fico mais entusiasmado com o Campeonato Mundial de Corrida de Caracóis.

Segundo: vivo com alegria num país em que todos os políticos e agentes são mais que gente séria e idónea. Talvez seja o motivo para não me impressionar com os feitos futebolísticos. Só a seriedade solidária é um feito.

As pessoas sérias têm duas características:

  1. Todos dizem de si mesmo e dos outros “é pessoa séria”
  2. apesar de sofrerem todos eles de “falta de memória

Será, possivelmente, a falta de memória que os faz ser pessoas sérias? A amnésia selectiva é actualmente a doença profissional galopante entre esta gente.

Apesar de todos se sentirem ser gente séria acredito cada vez menos nesta gente e mais no Pai Natal.


_update: 15h13
Agora que visito um dos meus blogs de referência encontro isto.

festas e comemorações

Quando terminei a quarta classe a recompensa foi ter terminado a quarta classe.
Quando terminei o 6º ano (o ciclo) a recompensa foi um gelado Corneto.
Quando terminei… não houve nada.

Actualmente existe a festa de finalistas da pré-escola, do 1º ciclo, do 2º ciclo, do 3º ciclo, do secundário, viagens de finalistas, até do 2º ciclo. Já não chegavam, também, as festas de aniversário, de casamento, baptizado, comunhão, descobri, também, festas de divórcio. Para quando em Portugal as festas de funeral?

A vida é tão miserável que tenha que ser compensada com futilidades? As crianças, adolescentes, adultos, velhos precisam de comemorar qualquer feito por irrelevante que seja?

Estarei errado?

revista digital minatura #133, dossier vampiros

Retomamos por una segunda vez tan exitoso tema y ha sido un éxito rotundo de colaboración, quizás exponga a mis escritores –e ilustradores- a la maligna jauría pero ellos están perfectamente calificados para este encuentro y cuentan con una gran ventaja: La imaginación.
Como siempre damos las gracias por estar ahí: colaborando o simplemente leyendo estas líneas.
¡Gracias por leernos!

Ricardo Acevedo Esplugas y Carmen Rosa Signes Urrea

Tenho orgulho de ter publicadas duas histórias minhas na Digital miNatura #133.
Este número tem colaborações da:

  • Argentina
  • Bélgica
  • Brasil
  • Colômbia
  • Chile
  • Cuba
  • El Salvador
  • Espanha
  • Estados Unidos
  • França
  • Grão-Bretanha
  • Irlanda
  • Israel
  • México
  • Peru
  • Porto Rico
  • Portugal – com as minhas histórias
  • República Dominicana
  • Uruguai

As histórias são:

    • la tabla de tapas / the tapas plate
  • la familia caron / the caron family

sp-185

thirsty again por rafater

Não posso deixar de agradecer a Sandra Rodrigues e a Sérgio Araújo pelas traduções para espanhol e inglês respectivamente.

hino à gloriosa pátria e seus habitantes!

Entre Outubro de 1986 e Outubro de 1987 escrevi este tresloucado texto. Saiu no Barcelos Popular n.º 259 de 22 de Outubro de 1987.
O texto não faz muito sentido; eu devia estar completamente pedrado.

hino à gloriosa pátria e seus habitantes!

Mas que sei eu passado que são estes anos todos.

rhys hughes, a sort of an interview camouflaged as something else

I could say that this survey, or rather this psychological test to the soul of the writer Rhys Hughes (soul directly located on the left side of his mustache in the months when it is left to grow wildly, in the days when the mustache is roughly trimmed Rhys stays soulless, able to climb cliffs and astonishingly, also, capable to write stories) comes directly from within the mists that surround the coast of Swansea via royal mail, but this is not true – these evil questions come out of a partially fruit gnawed by Zwicky Fingers that fell to my chest when I read one of the bat’s adventures.

So I do not know if these questions are from the past, from the present or from future. I only know that the answers are unreal. Who could answer these temporal questions would be Madame Ligeia or Madame Berenice.

But who is Rhys Hughes? I know it’s a gladiator of words that is seen with some irregularity in Swansea Bay chating with the CEO of Litle Inc about the advantages and disadvantages of hiring goblins for household work.

rhys hughes the gladiator

rhys hughes the gladiator

Let us move to the questions that will surely increase the mystery about the writer who calls himself Rhys Hughes.

1. I already have notice that you like to climb and you publish many photos of your activity on social networks. Are you aware that these photos do not show your best side? What are you gonna do about it?
I don’t care whether a photo shows my ‘best side’ or not. I love the mountains and I love climbing. If I look clumsy doing so, too bad. The lover will always look small when compared to the object of his affections, if the object of his affections is 300 metres high. That’s inevitable. I have only returned to climbing recently after a break of 12 years. As I slowly get better at it, I hope to look better; but even if I don’t that doesn’t matter at all. Beauty and the Beast is the legend, not Beauty and the Beauty. There always must be contrast. So the answer is that I intend to do nothing about it…

2. In these climbs how many stories you find in holes?
Since I returned to climbing as a hobby, I have written many stories about climbers or stories set in the mountains; so I guess I do find them on the rockface or on the summits of cliffs. I am going to make an estimate that 33% of the stories I have written in the past year have been about climbing or featured climbing scenes…

3. I only found two pictures of you in “intellectual” poses, such as scratching the chin, which are curiously in editions of books in Portuguese. It was the butterfly stage? Because now you are in the gladiator stage.
An intellectual pose is just that: a pose. Any kind of pose is a pose. I don’t think an intellectual pose is superior in any way to the gladiator pose, or to any other kind of pose. The greatest intellectual pose of all is the blank screen of a supercomputer. Do we really wish to emulate that? In fact, if I had to pick a pose that is the best objectively: I would say that the pose of the joker, the clown, the jester is the wisest of all. As for the photos taken in Portugal: most of them were arranged by my publisher, who is much more concerned with image than I was. I just did what he told me to do.

4. It is easier for you to write short stories because it’s your preferred style or is it because you are afraid that from one certain point you’re going to forget the name of the characters?
Short stories are faster and yes, they do require less memory and organisation, so maybe they are a more lazy way of writing. I do often forget the names of my characters, as a matter of fact, ut that’s because my characters aren’t real characters; they are just chess pieces to be used to develop the idea of the story. There are only ever two characters in any of my books and stories: the author and the reader…

157022

5. Did you lost at some point in the middle of the road? And then when you find The Tavern?
I am always lost. That’s how I live my life. Permanently lost. Sometimes I get lost; but because I am already lost, when I get lost it means I have found the road. Then I usually wander off the road again and return to being lost. It’s not a bad way to proceed. I only ever find a tavern by pur chance. It’s luck, not design, that guides me on my travels.

6. What else can we expect this year out of your craziness head?
You can expect many things, but mainly I plan on finishing a novel I started writing in 1994. I have been planning to finish this novel for a long time but I really do need to get it done now…