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rever paris de schuiten e peeters

Este álbum de Schuiten e Peeters está fora do universo “Cidades Obscuras”, mas a história enigmática, os desenhos está sempre presentes. Álbum visionário, surrealista – mestria sempre presente.

Fantástico. Autores que não sabem desapontar.

Tradução: João Miguel Lameiras

fundação e império pela saída de emergência

Se no primeiro volume somos atacados pelas gralhas, neste volume é a numeração das páginas que decidiu fazer das suas.

Depois da página 224 encontramos a página 229… e procuramos… a 225

e a página 225 está junto à página 232…

… e assim sucessivamente – todo fora de ordem.

A leitura em tom de puzzle é, então, assim:

  • página 224 – pausa e procura
  • páginas 225, 226, 227, 228 – pausa e procura
  • páginas 229, 230, 231, 232 – pausa e procura
  • páginas 233, 234, 235, 236 – pausa e procura
  • páginas 237, 238, 239, 240 – pausa e procura
  • páginas 241, 242, 243, 244 – pausa e procura
  • páginas 245, 246, 247, 248 – pausa e procura
  • páginas 249, 250, 251, 252 – pausa e procura
  • páginas 253, 254, 255, 256 – pausa e procura
  • página 257 e seguintes

Estes avanços e recuos foram desesperantes e o ritmo da leitura perdeu-se – zero coesão!

o periférico de william gibson

Grande aposta da Saída de Emergência. Autor de culto, numa obra memorável.

A história é um verdadeiro puzzle que força o leitor a juntar as peças. Com uns primeiros capítulos a obrigar a uma segunda leitura (confusos), depois de perceber a mecânica e tomar uns apontamentos paralelos foi sempre a abrir.

O Perifério é um livro complexo: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se” [1]


[1] O primeiro anúncio da Coca-Cola em Portugal, mais de 40 anos após o seu lançamento nos EUA, foi criado pelo poeta Fernando Pessoa, mas acabou por ficar apenas no papel por razões políticas.


Tradução de Luís Santos