le scat noir #228

As you might imagine, putting out a monthly journal such as LSN requires many man-hours (that may sound sexist but the alternative sounds like crap), i.e., hours of intense labor, stress, irritation, befuddlement, blood, sweat, and farts.

September’s “Cryptlipo” issue marked our eleventh month as “the only free journal of its kind in America.”
Now, with number 228 heralding a year of digital thrills, LSN becomes “the only journal of its kind in America.”

That still says a lot.

from Black Scat Books

Dig in: http://blackscatbooks.net/le-scat-noir.html

Como sempre, fico orgulhoso por estar representado no LSN.

adormecer ao estilo piloto de testes

Hoje utilizei todas as técnicas conhecidas pela humanidade para adormecer e dormir e outras tantas mais desenvolvidas por mim.

Engoli um comprimido. Apaguei a luz e afaguei a cabeça na almofada de padrão florido – ainda primavera. Fechei os olhos. Iniciei a preparação para o relaxamento. Pensei… pensei que estava debaixo de uma palmeira embutida na areia que traçava uma elegante sombra sobre uma cadeira de praia na qual moi estava refastelado a ler um livro enquanto era embalado pelo som e cheiro da brisa marinha. Já sentia o cérebro a abrir as portas para Morfeu. Ah! a doce sensação de desprendimento invadia o quarto… bem-vinda!

Tudo corria bem. O vento desfraldava as velas com constância. A viagem antevia-se prometedora até pensar o quanto seria divertido se de repente a água do mar congelasse (não impliquem com a impossibilidade científica; estava a preparar um sonho, ou, melhor dizendo, o preâmbulo de um sonho) e todas as pessoas seriam fatiadas pelo gelo: as que estavam a banho, a surfar, a arrancar mexilhões; enfim todas as pessoas envolvidas com o mar de qualquer forma. Sangue, entranhas por todo e qualquer lado, crianças a chorar – desespero total. Resultado, acordei sem estar a dormir. O que se passou com o comprimido para não actuar dentro do tempo regulamentar: dez segundos, o limite para castrar pensamentos parasitas.

Acendi a luz e olhei para dentro do copo para confirmar se continha água. Estava vazio. Confirmei que tinha bebido a água, mas fiquei na dúvida se a acompanhei com o comprimido. Deveria arriscar tomar outro? Assumindo que o meu organismo já tinha absorvido um. Decidi-me pelo não. Não porque tinha receio do que me poderia acontecer com a toma de dois comprimidos, mas sim porque não me apetecia ir à cozinha encher o copo com água. E se afinal o problema não estava na medicação, mas na minha cabeça. O que se passa comigo? foi a segunda questão que coloquei. Sou realmente um máximo a colocar questões.

Duas questões. Zero respostas. Ganhou o inquisidor. Insónia foi a ordem do dia. Encerrada a sessão.

1000 estrelas – rabiscos

Rabisco inspirado no poema “1000 estrelas“.

Nada de especialmente especial.

le fils de l’homme – rose

Outra versão da pintura “Le Fils de l’homme” (1964) de René Magritte – uma das pinturas modernas que mais admiro.
“L’Homme au chapeau melon” (1964) é mais uma pintura que esconde a face de um homem com uma pomba branca que voa da esquerda para a direita. Outra pintura de René Magritte que esconde a cara não de um homem, mas de uma mulher é a “La Grande guerre” (1964).

Ceci n’est pas une pipe, outra pintura de René Magritte, é um clássico do surrealismo.

son of man with bird cage

Outra versão da pintura Son of Man. Desta feita envolvida numa gaiola. Pensei nos pássaros do meu pai.

suleiman the magnificent, versão cebola

Aqui está a minha versão baseada na pintura de Suleiman the Magnificent por Ticiano.

ficas a saber…

Ficas a saber que se porventura te apontar uma arma e disparar contra ti posso falhar.

o pai, eu…

Apresento uma versão de mim directamente das mãos e dos olhos da Margarida.

porta VIII será sempre o reflexo de moi.

son of man – darth

Nada de especial. Uma brincadeira indolor – incolor.

porta VIII sempre na retaguarda da vanguarda.