Se já em “Crónica do Pássaro de Corda” de Haruki Murakami, lido em Maio de 2017, o escritor utiliza um poço como “comburente” da narrativa, no qual Toru Okada desce para pensar. Agora em “A Morte do Comendador” um poço torna-se, também, um dos elementos da história.
Estou a ler o primeiro volume d’ “A Morte do Comendador” de Haruki Murakami no qual se fala da pintura japonesa nihonga, daí que tenha surgido a curiosidade de saber o que é.
frutas por kobayashi kokei (1910)
Nihonga são pinturas que foram feitas em conformidade com as convenções artísticas, técnicas e materiais tradicionais japoneses. Apesar de baseado em tradições de mais de mil anos de idade, o termo foi cunhado no período Meiji do Japão Imperial, para distinguir tais obras das pinturas de estilo ocidental, ou Yōga. Nihonga normalmente é executado em washi (papel Japonês) ou eginu (seda), com o uso de pincéis. As pinturas podem ser monocromáticas ou policromáticas. Se monocromático, normalmente sumi (tinta chinesa) feita a partir de fuligem misturada com cola de espinha de peixe ou de couro do animal é usada. Se policrômica, os pigmentos são derivados a partir de ingredientes naturais: minerais, conchas, corais, e até mesmo pedras semi-preciosascomo a malaquita, a azurite e o cinábrio. As matérias-primas são trituradas em pó de 16 gradações,de textura fina para granulosa. Uma cola solução, chamada nikawa, é usada como um ligante para estes pigmentos em pó. Em ambos os casos, água é usada; daí nihonga é, na verdade, um meio à base de água . Gofun ( pó de carbonato de cálcio que é feita a partir de conchas curadas de ostras, amêijoas ou vieira) é um importante material utilizado na nihonga. Diferentes tipos de gofun são utilizados como base para pintura, e como uma camada de tinta superior branca e fina. Inicialmente, nihonga foram produzidos para pergaminhos suspensos (kakemono), pergaminhos de mão (emakimono), portas de correr (fusuma) ou biombos (byōbu). No entanto, a maioria agora é produzida em papel esticados em painéis de madeira, adequado para o enquadramento. Pinturas Nihonga não precisam ser colocados sob vidro.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/livros-2.jpg720960porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2018-05-24 15:50:522021-01-27 16:35:38lidos e para ler
Estar a terminar a leitura do Velho Expresso da Patagónia de Paul Theroux e sou surpreendido com o livro Ouve a Canção do Vento & Flíper de Haruki Murakami – oferta da minha mais-que-tudo.
O que se pode dizer? WOW!
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/20180424_193331.jpg822800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2018-04-26 12:11:462021-01-26 15:44:20ouve a canção do vento & flíper de haruki murakami
Tokyo Ghoul, volume VI de Sui Ishida – ainda não desaponta. Super-Homem & Apocalipse: Caçador e Presa – 7.º volume da colecção “No coração das Trevas DC” nada de especial. Hulk: Destruição Total – 41.º volume Colecção Oficial de Graphic Novels Marvel foi uma leitura bué de divertida.
upDATE_2017.04.26 Dança, Dança, Dança de Haruki Murakami – tendo como narrador o protagonista de Em Busca do Carneiro Selvagem, este livro pretende elucidar algumas pontas soltas, e é outro livro maravilhoso do escritor japonês.
upDATE_2017.05.07 Crónica do Pássaro de Corda de Haruki Murakami – adorei. Sublime.
upDATE_2017.05.13 Um Dia de Cólera de Arturo Pérez-Reverte – bom, como sempre. Joker: O Asilo do Joker – 8º volume da colecção “No coração das Trevas DC” Mal Eterno 1 – 9.º volume da colecção “No coração das Trevas DC” Mal Eterno 2 – 10.º volume da colecção “No coração das Trevas DC”
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/02/17951789.jpg600800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2017-04-24 16:15:402020-11-27 15:11:51mais leituras de 2017
“Songs for the Lost” was one of the best books I have read recently. And of course for this to have any value I will put the names of some books I read at least this year:
Getting Started… I finished reading the book “Songs for the Lost” by Alexander Zelenyj, edited by Eibonvale Press, and the first conclusion I reach is that I really haven’t finished reading the book. Sounds absurd, I know. This is said because it’s a book whose words stay in memory and make me think, suddenly of some lines, of some sentences; like that melody that in the morning, for no apparent reason, does not come out of the head and is constantly being hummed.
Alexander Zelenyj is a master weaver holding me in a labyrinthine web of words – when I notice I am stuck (suspended) such as a puppet, inanimate, until the puppeteer gives me life.
Alexander Zelenyj has a complex and visionary writing and here, of course, I’m not saying anything that has not already been said about him. What I can say, as a reader, and not as a literary critic, that I am not of course, is how the book touched me for its beauty, for its insanity, for its soul, for its melancholy.
The words of “Songs for the Lost” are not innocent and paraphrasing Nathaniel Hawthorne (1804-1864):“Words – so innocent and powerless As They are the standing in a dictionary, how potent for good and evil They Become in the hands of one who knows how to combine Them.” – from “Defrocking the Devil: Theology of Fear” by Thomas J Boynton.
Yes, Alexander Zelenyj is not a prolific writer, but when he writes – writes dazzling stories. Alexander Zelenyj is a writer that makes you sweat, shake your head and makes you think “what next?” at the turn of every the page. This book is really a thunderstorms of words.
To Alexander Zelenyj I just need to throw a sentence of Boris Pasternak: “Immensely grateful, touched, proud, astonished, abashed.”
Thank you.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2014/12/10376411_7.jpg600800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2014-12-15 21:30:322021-01-14 12:10:01songs for the lost by alexander zelenyj
Demorei tanto tempo a pegar num livro de Haruki Murakami que até me envergonho… quase, de o dizer. Não posso, para já, afirmar de olhos fechados que ele é realmente excelente (um fenómeno), como ouço dizer, mas se os outros seus livros tiverem, nem que seja, uma sombra da qualidade de Kafka à Beira-Mar, é um escritor que vou continuar a ler e que será para mim também excelente.
Kafka à Beira-Mar é um livro muito complexo, pleno de peculiaridades, de encruzilhadas. Uma das melhores leituras do ano.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/03/106495811.jpg1067800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2014-10-12 21:36:272021-01-14 11:41:30kafka à beira-mar de haruki murakami