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os trilhos do acaso de paco roca

Outra novela gráfica que me surpreendeu pelo positiva. Satisfeito por desta vez estar a adquirir a colecção completa.

y: o último homem – vol.1 de brian k. vaughan e pia guerra

Uma praga de origem misteriosa destrói subitamente todos os fetos e mamíferos portadores de um cromossoma Y, todos os machos do mundo – excepto um homem e o seu macaco de estimação. Este “génerocídio” extermina instantaneamente 48% da população do mundo, cerca de 3 mil milhões de homens…
Mas o último homem do mundo, Yorick Brown, ajudado pela misteriosa agente 355, terá agora de enfrentar perigosas extremistas, tentar reencontrar a sua namorada que está do outro lado do planeta, e descobrir porque foi ele o único homem a sobreviver!

Levoir

Y, O Último Homem, escrito por Brian K. Vaughan e desenhado por Pia Guerra foi uma leitura BRUTAL! Esta leitura compensa todas as não leituras.

o passado é um país estrangeiro de ali smith

Era uma vez um homem que, certa noite, durante um jantar social, entre o prato principal e o doce, subiu as escadas e fechou-se num dos quartos da casa. À medida que as horas se transformam em dias, e os dias, em meses, as consequências deste estranho ato repercutem-se para o exterior, afectando os donos da casa, os outros convidados, a vizinhança e todo o país.

Quetzal Editores

Lamentavelmente não me deu pica. Deve ser aquela altura do mês em que se complica qualquer leitura. Coloquei o livro de lado e iniciei novos voos, noutras páginas.

platinum end #1 de tsugumi ohba e takeshi obata

Não posso dizer que gostei muito de Platinum End #1 de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata. Acho que coloquei a fasquia demasiada alta depois de Death Note.

A diferença entre as duas obras é muito bem resumida por Ian Wolf:

the central character [in Death Note] is a teenage boy fed up with life, who is guided by a supernatural force and given great power. Both leads seemingly find themselves on the path to becoming a deity. However, while Light Yagami uses his powers for diabolic ends, killing anyone he suspects of doing anything wrong while being observed by a shinigami, Mirai Kakehashi is guided by an apparently more benevolent force.

via wikipedia

Mas, apesar de não ficar entusiasmado, sendo como sou vou arriscar ler o segundo volume.

polina de bastien vivès

Que obra! Bastien Vivés oferece um álbum de grande qualidade.
Os desenho não são servidos em fogo-de-artifício; a razão por que funcionam tão bem com o texto.

Admirável. Um poema.

4 3 2 1 de paul auster

Entre muitas outras leituras fui lendo calmamente esta obra.

Antes de mais, 4 3 2 1, é um livro pesadão de 872 páginas, mas que se lê bem; muito bem até.
Archie Ferguson, a personagem principal, tem a sua vida desdobrada em quatro caminhos. São, assim, apresentadas quatro vidas de Archie, temperadas com sexo, solidão, amor(es), tristeza, alegria, que divergem umas das outras devido a pequenos acontecimentos e escolhas. Mas logo se percebe que as pequenas escolhas se transformam em grandes mudanças.

Para ajudar na distinção da vida dos quatro Archie os capítulos são numerados da seguinte forma:
Archie I
1.1, 2.1, 3.1, 4.1, 5.1, 6.1, 7.1 – Fica-se a saber que Archie morre num incêndio em Rochester enquanto dormia.
Achie II
1.2, 2.2 – Archie morre com o impacto de um ramo na sua cabeça.
Archie III
1.3, 2.3, 3.3, 4.3, 5.3, 6.3 – Archie morre atropelado em Londres.
Archie IV
1.4, 2.4, 3.4, 4.4, 5.4, 6.4, 7.4 – e aqui tudo fica explicado ou talvez não…

Assim 4 3 2 1 é, naturalmente, a contagem decrescente para a morte de Archibald Isaac Ferguson (Archie Ferguson).
E descobre-se que o livro tem vários livros dentro de si. Não é apenas quatro em um, mas acima de tudo um em quatro.

É uma obra de grande fôlego. Narra, não apenas as vidas dos Archie, mas consegue envolver-se perfeitamente nas convulsões sociais dos EUA: a contracultura, o movimento dos direitos civis, o Black Power, a guerra do Vietname,  e os movimentos pró e contra, a importância do SDS, a ocupação da Universidade Columbia, em Nova York por estudantes,  a revolta em Newark, Nova Jersey, o assassinato de Martin Luther King e a onda de violência que se seguiu.

4 3 2 1 fala de filmes e de livros com uma paixão desmedida, ah! e também de música. Uma maravilha.

É um livro que merece ser lido com calma.

histórias do bairro de gabi beltrán e bartolomé seguí

Histórias do Bairro de Gabi Beltrán e Bartolomé Seguí é uma obra poderosa.

Sem desenhos transcendentes que conseguem, por isso mesmo, cativar o olhar a que não é alheio um texto vivo, sentido, doloroso, perspicaz sobre as dificuldades de viver num bairro, onde a solidão e o vício impera, Histórias do Bairro transforma-se numa obra libertadora – a esperança, mesmo em chama ténue está ali.

Uma excelente surpresa.

uma página que me fez recordar as batatas fritas do meu avô

coisas de setembro, 2017

As leituras de alguns fins-de-semana e não só.

Um pouco de banda desenhada:

  • Estação de Brooklyn – Terminal do Cosmos de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières
  • Os Espectros de Inverloch de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières
  • A Ira de Hypsis de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières
  • A Grande Fronteira de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières
  • As Armas Vivas de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières
  • Os Círculos do Poder de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières
  • Os Livros da Magia de Neil Gaiman
  • Homem-Aranha vol. 4: A Ascensão do Escorpião / Miles Morales
  • Tokyo Ghoul #8 de Sui Ishida
  • K.O.Telavive de Asaf Hanuka
  • Homem-Aranha vol. 5: Entre a Terra e o Céu – que grande desilusão

Um pouco de outras coisas mais:

  • O Mestre de Esgrima de Arturo Pérez-Reverte
  • Gente Independente de Halldór Laxness
  • Ready Player One de Ernest Cline – deliciosa. Trouxe tantas recordações.
  • Auto-retrato do Escritor Enquanto Corredor de Fundo de Haruki Murakami
  • Robopocalipse de Daniel H. Wilson

homem-aranha vol. 5: entre a terra e o céu

Homem-Aranha vol. 5: Entre a Terra e o Céu foi a história mais sem sentido que me recordo de ler. Odiei o argumento. Palavras e mais palavras que se perdem. Não sei se o problema foi meu ou do tempo.

Grande desilusão.

human maps de andrew hook

Cá me encontro na leitura desta admirável obra de Andrew Hook, publicado pela Eibonvale Press.

Through dreamscape wonderment, fetishism, guilt, loss and love, these twenty-one stories map both physical and internal environments. Hook’s familiar themes of identity, memory, and the nature of reality thread multiple genres to form a dense cartographic exploration of the human condition.

informação da editora

O livro é composto pelas seguintes histórias:

  1. Tetsudo Fan
  2. The Perfection of Symmetry
  3. The Human Map
  4. Blue Sky World
  5. Bothersome
  6. Vulvert
  7. Periscope
  8. Monster Girl
  9. Beyond the Island of the Dolls
  10. Rain from a Clear Blue Sky
  11. Cling
  12. Wounder
  13. The Quickening
  14. Flytrap
  15. Black Lung
  16. On the Beach
  17. Old Factory Memories
  18. Dizzy Land
  19. The Opaque District
  20. Things That Are Here Now, Things That Were There Then
  21. Blood For Your Mother
an opinion

It’s the little things that make this book literally “scream” at you: the bizarre, the despair, the obsessive – the love, the pain.

What I like most about the 21 stories of ‘Human Maps’ is that they don’t offer (m)any answers or conclusions; quite haunting.

A curse for the mind – oh, yeah!

P.S. and this opinion does not say too much either: I’m dysfunctionally cold…

[hr]
Andrew hook é um cartógrafo da mente, das emoções, dos medos, dos desejos, das loucuras, dos sonhos…