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wow mounts

A recuperar o tempo perdido(?) tenho conseguido com calma completar alguns achivements que recompensam mounts. Acima de tudo tenho me divertido.

A mount mais agradável é a oferecida pelo achivement Glory of the Siege of Ogrimmar Raider – que utilizo, actualmente, como a minha preferida: Spawn of Galakras

em tom cinzento

Se existem pessoas preocupadas com as cores que transportam coladas ao corpo eu não sou uma delas. Não vejo necessidade de perder tempo a combinar a camisola com as calças, as calças com as sapatilhas, as sapatilhas com a camiseta, a camiseta com o chapéu. Por isso, e desde que descobri que o cinzento combina com o meu branco pálido, estou a trocar as minhas roupas, quando estas atingem o prazo de validade, apenas por indumentária cinzenta.

E, ainda, estou a ir mais longe, sem sair do lugar, ao adquirir peças de roupa iguais. Objectivo? Aumentar a colecção da igualdade.

Ah, que sossego.

saudades

Sinto saudades do tempo em que era um alienado e vivia exilado em sonhos LSD. Pode, até, nem ser saudade este sentimento que me envolve em nevoeiro. Pode ser, apenas, a melancolia da distraída ignorância.

a dance with dragons

Tenho este livro, A Dance with Dragons, para ler desde 2011. Li os primeiros 4 livros de uma assentada com um grande prazer. Depois esperei pacientemente pelo lançamento do quinto volume. Assim que esteve disponível comprei a versão original e comecei de imediato a sua leitura.

A questão é que até ao dia de hoje ainda não finalizei o livro e não estou, também, a visualizar a série – deixei de a ver na temporada 3 (salvo erro).

O motivo que me leva a não pegar no livro e retomar a sua leitura está envolto na penumbra: ou é o peso, mais pesado que um tijolo, ou o número de páginas, são 1152, ou apenas o não ter, realmente, paciência para histórias que se prolongam ad eternum.

São mais pensamentos avulsos ou diários de sanita.

afectos

Tudo corria bem nas instalações da Sociedade de Multi-Serviços Afectos, Lda até a unidade de aquecimento central entrar em colapso total. Os clientes já se queixavam do excesso de frio e nem como a melhor boa vontade as meninas conseguiam elevar o ambiente a uma temperatura agradável. Diversos funcionários em representação das suas empresas se deslocaram às instalações da Afectos, mas eram constantemente distraídos pelas visões das meninas que maldosamente desfilavam em frente de uma multidão de olhos esbugalhados. Eles nunca passavam do hall, e a central de aquecimento estava na cave. O problema persistiu por meses e Mia a chefe da secção já não sabia o que fazer. Felizmente Mata Fi, a Mestre da Afectos, era uma eficiente CEO. Saltou para cima das meninas e resolveu logo ali, assim de rajada o problema. Pode-se dizer que para ela não existem problemas, apenas soluções. Para se perceber a sua mestria basta seguir com atenção um galopante dialogo entre uma autêntica guru da reengenharia empresarial e a sua melhor fornecedora de afectos, Mia.

‘Olá! Boa tarde. Telefono só para informar que o problema já se encontra resolvido.’

‘Eu sei Mia, o espalhafato foi tanto… eu tenho andado em cima do acontecimento. Por exemplo… tem informação, tem informação, já veio e ele, não, não, não. Até que um dia eu disse-lhe: então tanta coisa e ainda não veio nada. E ele pediu. E ele telefonou na minha frente. E sei que pediu e que num lhe mandaram…’

‘Eu sei Dona Fi, mas todas tínhamos medo de ir à cave para descobrir qual o modelo do…’

‘É por isso que a mim anedotas dá-me vontade de rir. E por que, ó Mia tudo… as coisas pode demorar dias, pode demorar tempo, mas tudo vem a dar certo e tudo vem-se a saber, e… e… a… a… eu não entendo quando vejo mesmo assim as coisas na minha cabeça não me cabe determinadas coisas que a minha maneira de ser não é assim. Tá a entender Mia?’

‘Não diga isso Dona Fi eu não sou uma anedota. Sou boa nos afectos. Eu um dia ganhei coragem… sabe, mas a luz da cave estava fundida e não tínhamos lanternas…’

‘Pois, pois, pois, pois…’

‘Podíamos ter tirado as pilhas dos vibradores, mas sem lanternas, o que se fazia, não é?’

previsão de tempestade

Ouvi assim de raspão que estava previsto a partir das 02h00 da manhã de hoje um temporal em Portugal e que deviam ser tomadas medidas de segurança extras.

Posso confirmar esta previsão. Na minha cama perto das 03h15 começou um violento tufão com uma garina, mas não me importei de estar dentro daquele quente turbilhão que me foi oferecido a preço de ouro. A única coisa que ficou em pé depois da tempestade foi o meu coiso ofegante.

Com um banho quente relaxei e dormi com um anjo. Vivam as previsões!


o vosso meteorológico BigPole

joão amaral, a entrevista a quatro visões

João Amaral foi a minha grande descoberta no panorama da banda desenhada portuguesa nos finais da década de 90 através da revista Selecções BD. Fiquei fascinado pelos seus desenhos hiper-realistas e pelo facto de não existirem na prancha vinhetas estanques. As imagens corriam livres – uma delícia.

O autor continua a surpreender com uma capacidade ímpar para digerir novos estilos. É o caso do seu Fred e, mais recentemente do álbum “Cinzas da Revolta” no qual explora sem dificuldade um estilo diferente.

cinzas_da_revolta

cinzas da revolta: textos de miguel peres, desenhos de jhion (joão amaral)

Pelo que tenho em rascunho, indico os seus trabalhos por ordem cronológica:

  • A Voz dos Deuses (1994)
  • Quid Novi in Imperium? – Que Há de Novo no Império? (1999-2000)
  • O Fim da Linha (2000-2001)
  • Missão Quase Impossível (2003)
  • O Menino Jesus fez-se homem (2004) – ilustrações
  • A História de Manteigas no Coração da Estrela (2006)
  • Bernardo Santareno-Fragmentos de uma Vida Breve (2006)
  • Príncipe Valente no século XXI (2007)
  • A Espada Desaparecida (2008) – ilustrações
  • História de Fornos de Algodres (2008)
  • O Gui, a Nô… e os Outros (2006-2008)
  • Ok Corral (2008)
  • Fred & Companhia (2010-)
  • Cinzas da Revolta (2012)

Acho que não me escapou nada. Se existir algum lapso, corrijam-me sff.

Mas João Amaral, depois de desenhar bem e contar histórias com mestria, ainda se dá ao luxo de criar easter eggs nas suas pranchas. Neste desenho que faz parte do álbum “Bernardo Santareno-Fragmentos de uma Vida Breve” podemos descobrir com algum esforço um João Amaral, como ele bem diz e muito bem, “numa aparição hitchcockiana no meio da multidão“.

santareno

bernardo santareno – fragmentos de uma vida breve

E agora sem mais delongas a entrevista.

1. afinal quem é João Carlos Saraiva Amaral aka Joca aka Jhion? qual o sentido de tantos nomes? é por uma questão de estilo? ou para criar confusão no leitor?
Assim, até parece que somos muitos, não é verdade? A questão dos nomes é fácil de explicar. Em relação ao Jhion, pensei que estava na altura de arranjar um pseudónimo, uma vez que este álbum, As Cinzas da Revolta, em termos gráficos, muito pouco ou nada tem a ver com os meus trabalhos anteriores. Ora, eu já tinha usado este pseudónimo uma vez que concorri juntamente com o Jorge Magalhães, com uma banda desenhada a Moura (o OK Corral). Aí, éramos obrigados a usar pseudónimo e eu, na altura, inventei este que penso ter uma sonoridade parecida com João e já o usei noutras coisas que fiz e que apareceram no blogue. Agora, pela razão que já disse, pensei que fazia todo o sentido utilizá-lo e gosto por ser um nome curto. Além, de que, se procurares na net João Amaral é um nome terrivelmente comum (risos). Quanto ao Joca é uma junção dos meus vários nomes e utilizo-o para as coisas humorísticas que, de vez em quando, vou fazendo.

a_voz_dos-_deuses

2. qual é a sensação de ter um filho, Fred, mais velho do que tu? afinal já tem mais de 100 tiras publicadas e li em qualquer lado que uma tira é um ano de vida?
Bem, por essa ordem de ideias, o puto está mesmo velhote. E, vendo bem as coisas, já percebo porque é que, por exemplo, o Quino é eterno. É, provavelmente à conta dos bons milhares de tiras que fez. Pois, não sei… O que sei é que o Fred foi um desafio que fiz a mim próprio há já alguns anos, no sentido de fazer qualquer coisa de diferente num formato que até então não tinha utilizado: a tira. Isto já foi nos idos anos 90. Mas a coisa, na altura, ficou-se apenas por uma ou duas tiras. Há cerca de dois anos, e depois de ter publicado no blogue alguns postais que fiz utilizando a personagem, tive boas reações e acabei por voltar outra vez ao desafio, sem saber muito bem o que é que se iria passar e de lá para cá já lá vão mais de cem tiras…

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bernardo santareno

3. como consegues desenhar mulheres lindas, elegantes e sensuais? não perdes a concentração?
Não, pelo contrário. As mulheres lindas levam-me muito mais tempo e exigem-me o dobro da concentração, pois são mais difíceis de desenhar (risos). E lembro-me de, quando era miúdo desenhar mulheres que metiam medo ao susto, por mais bonitas que eu quisesse que ficassem. Por isso, para chegar a uma figura feminina aceitável, tive que trabalhar muito. Os homens são muito mais fáceis. Qualquer carantonha ou corpito servem. Eu penso, e isso é uma opinião pessoal, que às desenhadoras é muito mais fácil desenhar mulheres, enquanto que a nós homens se passa exactamente o mesmo em relação às figuras masculinas. Claro que, depois, com a técnica isso se vai diluindo…

4. adoras o género western, para quando uma banda desenhada com cowgirls ao melhor estilo do rancho das coelhinhas?
É capaz de ser uma boa ideia. Eu, uma vez até pensei em fazer precisamente um western em que a protagonista e a vilã fossem mulheres. Mas até ver, ainda está em águas de bacalhau. Pode ser que um dia me dedique a isso, até porque isso era uma bd que reunia duas coisas de que eu gosto muito: o western e desenhar meninas.

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o que se passa na cabeça das mulheres?

5. cinzas da revolta é o teu ultimo trabalho assinado com o nome Jhion, no próximo trabalho também vais criar outro pseudónimo?
Não, para já, chega de pseudónimos, até, porque se continuar assim, qualquer dia e, como tu dizes, o pessoal fica confuso, sem saber muito bem quem é quem (risos).

5. e agora uma pergunta mais séria e pessoal: és uma pessoa circunspecta de sorriso fácil por que usas óculos? ou serve para assustar potenciais chatos? ou até és uma pessoa relaxada que usa óculos?
Ah, isso é que é uma pergunta séria? Bem, uso óculos por culpa das muitas horas que passo ao computador e, provavelmente, por culpa do PDI. Ainda consegui viver trinta e tal anos sem óculos, mas agora, nada feito. Agora, não serei, com toda a certeza, uma pessoa mais ou menos simpática ou relaxada por causa disso. Os óculos, como as canetas. os lápis ou o computador são apenas uma ferramenta, no caso para ver o que estou a fazer um pouco melhor e não, não se destinam a afastar potenciais chatos.

O meu sincero agradecimento a João Amaral por ter a paciência e amabilidade para responder às minhas perguntas malucas.
Aproveitam para comprar o maravilhoso álbum Cinzas da Revolta e informo que alguns dos seus trabalhos anteriores ainda podem ser comprados em livrarias online.
João Amaral é um autor que merece ser lido, porque apresenta trabalhos com qualidade, e acarinhado porque, apesar das dificuldades que existem em lançar novas bandas desenhadas em Portugal, não desiste.[1] a fotografia foi rapinada do site Tex Willer Blog
[2] por indicação de João Amaral, informo que a menina que aparece ao seu lado no desenho de “Bernardo Santareno-Fragmentos de uma Vida Breve” é a sua mulher.
Todas as imagens são propriedade de João Amaral e são utilizadas apenas para fins informativos no contexto do post joão amaral, a entrevista a quatro visões

um problema químico…

Para mim ter uma relação sexual é tão normal como roer a unha do dedo grande do meu pé esquerdo ou, numa imagem mais inocente, como pescar moncos dentro do nariz. Entendo, que pessoal, que só “faça o amor” a cada 29 de Fevereiro se sinta revoltado com a minha desenvoltura – temos pena!

Contudo, hoje, não falarei de sexo, mas de química, para perceberam que BigPole é um poço de sabedoria e para abafar, igualmente, os críticos mentecaptos.
Irão concluir, não apenas que a química está presente em muitos actos da nossa vida, mesmo naqueles que pensamos que não, mas também que eu subjugo não apenas o sexo como a química. Um pouco de arrogância nunca me fez qualquer mal.
Acho que será a primeira vez que vai ser tratado, de forma consensual porque quimicamente, o resultado de uma actividade realizada por qualquer ser humano desde sempre. Tentarei usar uma linguagem simples, singela. Aqui vai…

Ontem, ou se preferirem hoje de madrugada, eram cerca das 03h15m, num ambiente de néon proveniente da minha sanita, quando estava a descer uma calça Denim Fit Loose e uma cueca boxer Hom, com um adorável desenho de fantasia e, cuja textura ultra-leve aconchega na perfeição o meu orgão genital, para alapar as nádegas numa Kohler com assento aquecido, pensava no tempo que se perde a evacuar; daí que tenha sempre à mão algumas revistas para folhear.

Depois de terminar o meu serviço, já com o regueiro limpo e não uso papel higiénico, mas sim as opções de uma sanita 4-1 que tem, também, função de bidé e como tal recebo no sítio adequado um jacto de água oscilante a uma temperatura suave e um fluxo de ar quente para secagem, tudo ajustável por comando, ah! e tem controlo de odor, puxei o autoclismo, atirei a roupa para o cesto de roupa suja, e nu preparava-me para um rápido banho de imersão ao som de uma relaxante música ambiente, quando reparei que ficou a boiar no fundo da sanita um resto, razoavelmente redondo, de fezes. Assustei-me. Enojei-me ver aquela coisa a enfrentar-me do fundo da minha Numi. Decidido a acabar com isso usei a função flush-full. O impossível aconteceu e o naco de fezes ganhou ao turbilhão aquático e lá permaneceu a boiar plácido. Assustado duplamente fiquei. Aquilo não se misturava.

Humm….. estaria perante um problema de polaridade? Duplo hummm… hummm…
Vejamos: bebi umas boas cervejas, acompanhadas por um petisco capaz de fazer corar o colesterol. E como sabemos que a água é uma substância polar e as gorduras apolares estaria perante um pedaço de fezes hidrofóbico? Grande questão química percebem? Novo flush-full, o mesmo resultado. Conclui que tinha de anular de alguma forma a polaridade das fezes e como tal atirei para dentro da sanita uns guardanapos que fui buscar à cozinha. Desta vez experimentei um eco-full e pumba o poio desapareceu nos meandros do esgoto. Milagre químico.

Conclusões a tirar? Primeiro que foi mais fácil afundar o Titanic; segundo que tenho de cortar nas gorduras.


o vosso químico BigPole

mab i, a exposição zakarella

Foi a exposição que mais desejei ver desde que duas pessoas que estimo virtualmente, agora mais na vida real, trouxeram para a luz do dia um excelente pedaço da nossa história bedéfila.

Tem sido um trabalho meritório, presumo que cheio de contratempos, mas suculento.

Aqui ficam algumas imagens da exposição Zakarella.

zakarella por d. zarzanga (andreia rechena)

zakarella por catarina guerreiro

zakarella por osvaldo medina

zakarella por luís maiorgas