Artigos

de (1999)

Este mundo é, às vezes, difícil de aguentar. Muitas “crianças grandes” abusando de tudo e de todos. Morte e doença em quantidades industriais. Muitas desilusões amorosas(!). E as pessoas fazem o que podem para seguir em frente. A religião acaba por ser mais saudável do que o “ecstasy”.
Odeio é quando as pessoas ficam fanáticas. Odeio mesmo.
Mas de uma forma geral, a religião ajuda as pessoas a sobreviver, e a maior parte das pessoas religiosas são inofensivas. Elas precisam dela.
Eu também preciso da religião, mas não existe uma que seja indicada para mim. Provavelmente irei iniciar a minha própria religião quando estiver para aí virado.

Não sei de onde traduzi isto, apenas que é de 1999.

from somewhere (1999)

A world of immortality is inherently inconceivable, if not downright unpleasant to think about. Sustaining life (or postponing death, depending on your point of view) is what makes life worth living. Eating, sleeping, working, playing, procreating… this is all the process of sustaining our lives; of avoiding death. Having a life without death would be like having a bicycle without pedals. It just wouldn’t go anywhere or do anything. There would be no reason for it.

what to do?

Ten things to do before we die:

  1. live
  2. live
  3. live
  4. live
  5. live
  6. live
  7. live
  8. live
  9. live
  10. live

4 3 2 1 de paul auster

Entre muitas outras leituras fui lendo calmamente esta obra.

Antes de mais, 4 3 2 1, é um livro pesadão de 872 páginas, mas que se lê bem; muito bem até.
Archie Ferguson, a personagem principal, tem a sua vida desdobrada em quatro caminhos. São, assim, apresentadas quatro vidas de Archie, temperadas com sexo, solidão, amor(es), tristeza, alegria, que divergem umas das outras devido a pequenos acontecimentos e escolhas. Mas logo se percebe que as pequenas escolhas se transformam em grandes mudanças.

Para ajudar na distinção da vida dos quatro Archie os capítulos são numerados da seguinte forma:
Archie I
1.1, 2.1, 3.1, 4.1, 5.1, 6.1, 7.1 – Fica-se a saber que Archie morre num incêndio em Rochester enquanto dormia.
Achie II
1.2, 2.2 – Archie morre com o impacto de um ramo na sua cabeça.
Archie III
1.3, 2.3, 3.3, 4.3, 5.3, 6.3 – Archie morre atropelado em Londres.
Archie IV
1.4, 2.4, 3.4, 4.4, 5.4, 6.4, 7.4 – e aqui tudo fica explicado ou talvez não…

Assim 4 3 2 1 é, naturalmente, a contagem decrescente para a morte de Archibald Isaac Ferguson (Archie Ferguson).
E descobre-se que o livro tem vários livros dentro de si. Não é apenas quatro em um, mas acima de tudo um em quatro.

É uma obra de grande fôlego. Narra, não apenas as vidas dos Archie, mas consegue envolver-se perfeitamente nas convulsões sociais dos EUA: a contracultura, o movimento dos direitos civis, o Black Power, a guerra do Vietname,  e os movimentos pró e contra, a importância do SDS, a ocupação da Universidade Columbia, em Nova York por estudantes,  a revolta em Newark, Nova Jersey, o assassinato de Martin Luther King e a onda de violência que se seguiu.

4 3 2 1 fala de filmes e de livros com uma paixão desmedida, ah! e também de música. Uma maravilha.

É um livro que merece ser lido com calma.

o que fazer depois de morrer?

“O que fazer depois de morrer?” foi a pergunta soluçada por um jovem na esplanada do Café da Praça. Gostava de o ter sossegado dizendo que que já existem provas de que o Facebook funciona depois da nossa morte – imortalidade virtual.

1000 estrelas – rabiscos

Rabisco inspirado no poema “1000 estrelas“.

Nada de especialmente especial.

o hussardo de arturo pérez-reverte

O primeiro romance de Arturo Pérez-Reverte, agora numa edição revista pelo autor.

Andaluzia, 1808. Numa terra assolada pelo horror da guerra, Frederic Glüntz, jovem oficial do regimento de cavalaria de Napoleão, prepara-se para a sua primeira incursão num campo de batalha. Na iminência do combate contra um exército aguerrido armado até aos dentes e disposto a morrer pela sua terra, os ensinamentos recebidos por Glüntz na escola militar parecem distantes. Rapidamente, uma realidade carregada de terror e sangue acabará por se impor, conduzindo o jovem hussardo a uma reflexão sobre a morte e o sentido da vida. Para trás ficam os seus ideais românticos de glória e heroísmo, derrotados face à crueldade da guerra.

Edições Asa

Adorei. Nenhum livro de Arturo Pérez-Reverte me tem desiludido. Acho, que ele escreve o que gosto de ler – só pode.

O Assédio e O Pintor de Batalhas estão no meu top.

not yet

Desde que descobri as histórias com 10 palavras que me divirto a “tentar” criar histórias. Hoje ao ver um esqueleto estas dez palavras saltaram para o papel.

‘Está escuro aqui. Estou morto?’
‘Ainda não,’ cochichou a Morte.

out at night in the day

A minha mãe nunca me deixou sair para a rua à noite, assim eu saía à noite de dia.
É por isso que eu não entendo certas coisas:
# como pode alguém transformar um suicídio em ameaça?
# como pode a polícia me proibir de ir para casa de carro, mas deixar-me passar a pé?