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blade runner 2049

Adorei.

Denis Villeneuve oferece um filme que contra todas as possibilidades é sem dificuldade uma continuação lógica do Blade Runner de 1982 – surpreendente!

Numa brilhante história de procura Ryan Gosling destaca-se no papel de “K”, num filme em que todo o elenco marca presença.

Visualmente o filme é fantástico e o ritmo narrativo está adequado. As quase três horas de filme não são exageradas.

Fiquei rendido.

a maldição de hill house de shirley jackson

O livro “A Maldição de Hill House” de Shirley Jackson foi a minha leitura do passado fim-de-semana. Leitura viciante. Excelente thriller.

Brilhante história de terror psicológico.


O livro já foi adaptado duas vezes ao cinema. Uma em 1963, outra em 1999 com o título português “A Mansão”, aqui numa versão mais de horror. Esta versão acabou sendo parodiada no filme Scary Movie 2.

spider-man: into the spider-verse

O melhor filme do Homem-Aranha até à data. Adorei.

a diferença entre o filme e o livro

catedral de são basílio

As ilustrações que acompanham esta entrada foram criadas pela agência de publicidade Saatchi & Saatchi Russia em 2013 para o Shchusev State Museum of Architecture e estão inseradas na campanha “Descobre a História Completa”. 
Utilizando três edifícios simbólicos de Moscovo a Catedral de São Basílio, o Teatro Bolshoi e o edifico principal da Universidade Lomonosov, as imagens demonstram que por trás do exterior que todos conhecemos esconde-se uma história e muito mais a ser descoberto.

teatro bolshoi
universidade lomonosov

A primeira imagem tem sido utilizada para exemplificar a diferença entre o livro e o filme. O filme é tudo aquilo que está acima da água, o livro tudo o que está escondido.

A imagem que serviu de inspiração à minha pesquisa.

the girl with all the gifts por m.r. carey

Terminei a leitura ontem deste livro que trouxe novas possibilidades para um tema já tão esmiuçado: zombies, mas aqui chamados de “hungries”.

alerta de spoiler

Os humanos são transformados em “hungries” devido ao fungus Ophiocordyceps unilateralis apenas encontrado até então nas florestas tropicas da Tailândia e do Brasil. Os “hungries” vêm com naturalidade os outros humanos como comida. Estes “hungries” são irracionais e agem pela necessidade básica de sobrevivência. Existem outros “hungries” de segunda geração, híbridos, crianças possivelmente geradas de pais já infeccionados, que apesar de atacarem os humanos, são racionais, capazes de aprendizagem. Um destes “hungries” é Melanie. Uma rapariga que encontramos num centro de detenção/laboratório onde se procura uma cura. Aqui ela cria uma relação especial com a professora/psicóloga Helen Justineau. Relação que é o motor chave da história.

Entre percalços a base é invadida e apenas conseguem fugir, Melanie, Helen Justineau, o Sargento Parks, o soldado Kieran Gallagher e a cientista Caroline Caldwell. 

Entre outros percalços e mais percalços ficamos a descobrir que existem mais “hungries” híbridos que vivem em comunidade e que os “hungries” irracionais acabam, na última fase da vida, por estacionarem juntos. O fungo acaba por consumir o resto do corpo do hospedeiro e transformar-se numa “árvore” cujos frutos a abrirem-se libertarão o fungo por via área. O que significará o fim para os humanos ainda não contaminados. Isto acaba por acontecer por iniciativa de Melanie. Incendiadas os frutos abrem-se e o fungo espalha-se pelo mundo como chuva.

Melanie é a nova Pandora que abriu a caixa dos pesadelos.

A novidade da obra está nos zombies racionais e na extinção do homo sapiens sapiens.

A esperança de uma “nova humanidade” reside nos “hungries” híbridos e na sua capacidade de aprendizagem. Isto irá acontecer porque Helen Justineau ficou a salvo num perfeitamente hermético laboratório móvel (parte dos percalços) e vai continuar a ensinar – a esperança existe! Transmissão de conhecimentos.


Vi o filme. Existem algumas variantes na forma de contar a história, mas compreende-se isso. Fraco filme, comparado com o livro.


Em resumo. História lida, como costume dizer, sem sobressaltos e mais por culpa da vinda do autor a Portugal. Fiquei curioso. Culpado!

Pintura: Pandora por Nicolas Régnier (via wikipedia)

o inverno em lisboa de antonio muñoz molina

Rick: Go ahead and shoot. You’ll be doing me a favor.

de Casablanca

Antonio Muñoz Molina oferece com uma prosa elegante e musical, o jazz sempre presente, uma história que nos hipnotiza a cada página. 
O Inverno em Lisboa é uma história de sombras escuras e obscuras que se desenrola como uma intrincada, mas elegante partida de xadrez.

Fechou os olhos, beijou-lhe os cantos dos lábios, as faces, o início do cabelo, numa escuridão mais desejada que a música e mais doce que o esquecimento.

página 205

Autor que adorei descobrir.


edição Ponto de Fuga

4 3 2 1 de paul auster

Entre muitas outras leituras fui lendo calmamente esta obra.

Antes de mais, 4 3 2 1, é um livro pesadão de 872 páginas, mas que se lê bem; muito bem até.
Archie Ferguson, a personagem principal, tem a sua vida desdobrada em quatro caminhos. São, assim, apresentadas quatro vidas de Archie, temperadas com sexo, solidão, amor(es), tristeza, alegria, que divergem umas das outras devido a pequenos acontecimentos e escolhas. Mas logo se percebe que as pequenas escolhas se transformam em grandes mudanças.

Para ajudar na distinção da vida dos quatro Archie os capítulos são numerados da seguinte forma:
Archie I
1.1, 2.1, 3.1, 4.1, 5.1, 6.1, 7.1 – Fica-se a saber que Archie morre num incêndio em Rochester enquanto dormia.
Achie II
1.2, 2.2 – Archie morre com o impacto de um ramo na sua cabeça.
Archie III
1.3, 2.3, 3.3, 4.3, 5.3, 6.3 – Archie morre atropelado em Londres.
Archie IV
1.4, 2.4, 3.4, 4.4, 5.4, 6.4, 7.4 – e aqui tudo fica explicado ou talvez não…

Assim 4 3 2 1 é, naturalmente, a contagem decrescente para a morte de Archibald Isaac Ferguson (Archie Ferguson).
E descobre-se que o livro tem vários livros dentro de si. Não é apenas quatro em um, mas acima de tudo um em quatro.

É uma obra de grande fôlego. Narra, não apenas as vidas dos Archie, mas consegue envolver-se perfeitamente nas convulsões sociais dos EUA: a contracultura, o movimento dos direitos civis, o Black Power, a guerra do Vietname,  e os movimentos pró e contra, a importância do SDS, a ocupação da Universidade Columbia, em Nova York por estudantes,  a revolta em Newark, Nova Jersey, o assassinato de Martin Luther King e a onda de violência que se seguiu.

4 3 2 1 fala de filmes e de livros com uma paixão desmedida, ah! e também de música. Uma maravilha.

É um livro que merece ser lido com calma.

com as mãos nos bolsos

Isto está de mal a pior de tal forma que ontem me senti aborrecido. Eu aborrecido é uma novidade. Sem vontade para ler, escrever já não o faço há meses, para ver um filme e/ou uma série. Sem vontade para tudo e para nada.
E quando este sentimento nauseabundo se hospeda em mim leva-me a formatar alguns comportamentos, atitudes. Limpar o disco mental. Começar do zero. Desaparecer do contacto real e virtual. Assim, terminei a conta no Flickr que tinha desde 2006 ou 1996?? Não acedo ao Facebook e ao Twitter desde o início do mês e removi essas contas do telemóvel.
Tenho na mesa-de-cabeceira uma pilha de livros que fui, ontem, colocando de parte – zero vontade, total aborrecimento. A partir de certo momento parei de procurar. Stop obsessão.

Sei que o apetite irá despertar a qualquer momento e aí estarei numa curva ascendente – voraz!

Hoje chegou uma nova remessa de livros. Novidades para breve ou talvez não.

orange is the new black, season 1

Tinha grandes expectativas nesta série, mas o primeiro episódio não me cativou.

Mais uma arrumada; mais duas para ver.

justified, season 2

Esta segunda temporada consegue ser melhor do que a primeira em todos os aspectos.

As histórias e as actuações estão excelentes.