Uma banda desenhada realmente brutal, visceral, nos textos, nos desenhos e nas cores.
Sete Para a Eternidade de Rick Remender, Jerome Opeña & James Harren (que desenha os #7-8 de Sete para a Eternidade e aqui os desenhos perdem quando a mim um pouco de fôlego) tornou-se numa leitura tensa, estranha, memorável.
A ideia, até pode não ser nova, mas a execução é brilhante.
G Floy para quando o segundo volume?
Tradução de Filipe Faria
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-07-08 16:25:452020-07-08 16:25:46sete para a eternidade, vol 1 de remender e opeña
No futuro próximo, depois de Nova Iorque ser assolada por uma tempestade, principiam acontecimentos estranhos, como por exemplo, um jardineiro descobrir que os seus pés já não tocam no chão, ou uma bebé identificar a corrupção com a sua mera presença. Sem o saberem, todos eles são descendentes dos seres fantásticos, caprichosos e lúbricos conhecidos como jinn, que vivem num mundo separado do nosso por um véu. Há séculos, Dunia, uma princesa dos jinn, apaixonou-se por um ser mortal, um homem racional. Juntos, tiveram um número espantoso de filhos, que se espalharam ao longo de gerações pelo mundo humano e não têm consciência dos seus poderes fantásticos.
Quando a linha entre os mundos se quebra a grande escala, os filhos de Dunia e outros desempenharão um papel numa guerra épica entre a luz e as trevas ao longo de mil e uma noites — ou seja, dois anos, oito meses e vinte e oito noites. Uma época de enorme perturbação, na qual as crenças são postas em questão, as palavras funcionam como veneno, o silêncio é uma doença e um ruído pode conter uma maldição oculta.
Wook
O primeiro livro que li de Salman Rushdie foi uma leitura memorável. Realmente surpreendente e brilhante – fantástico.
Tradução de Ana Saldanha
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-07-01 08:39:362020-07-02 08:00:20dois anos, oito meses e vinte e oito noites de salman rushdie
Recriação de A Tempestade de Shakespeare Felix está no seu auge como diretor artístico do festival de Teatro de Makeshiweg. As suas produções geram espanto e perplexidade. Está agora a encenar uma Tempestade ímpar: não só irá incrementar a sua reputação, como sarar as suas feridas emocionais. Pelo menos, era esse o plano. Em vez disso, e na sequência de uma indescritível traição, Felix está a viver numa barraca nos fundos da civilização, atormentado pelas memórias da adorada filha que perdeu, Miranda. E a alimentar o desejo de vingança.
Wook
O primeiro livro desta escritora que gostei realmente de ler. Fascinante.
Tradução de Ana Falcão Bastos
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-06-22 15:50:592020-06-22 15:51:00semente de bruxa de margaret atwood
Em mais uma aventura de Jaime Ramos, Francisco José Viegas não desaponta, mas, também, não deslumbra.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-06-16 12:09:252020-06-22 16:00:56um crime capital de francisco josé viegas
Ao longo de quatro anos, Jorg cresce no seio de batalhas sangrentas, amadurece em guerras impiedosas, torna-se um guerreiro cruel e vai ganhando o respeito dos seus irmãos até que se torna o seu líder. Agora, um reencontro vai levá-lo de volta ao castelo onde cresceu e ao pai que abandonou. O que vai encontrar não é o mesmo sítio idílico de que se lembra, mas o príncipe que agora retorna também não é mais a inocente criança de outrora, é o Príncipe dos Espinhos. Com apenas 9 anos, numa emboscada planeada pelo inimigo para erradicar a descendência real, o príncipe Jorg Ancrath é atirado para dentro de um espinheiro, onde fica preso, com espinhos cravados na sua carne, a ver, impotente, a mãe e o irmão mais novo a serem brutalmente assassinados. De alma destruída, sedento de sangue e de vingança, Jorg foge da sua vida luxuosa e junta-se a um bando de criminosos e mercenários, a quem passa a chamar de irmãos. Na sua mente há apenas um pensamento, matar o Conde de Renar, o responsável pelas mortes da mãe e do irmão, pelas suas cicatrizes e pela sua alma vazia.
Topseller
Depois de um planeta terra devastado por uma, aparente guerra nuclear, as pistas estão lá, surge milénios depois um mundo de fantasia dilacerado pela guerra. E é neste novo mundo medievo que a personagem Jorg Ancrath percorre o seu caminho de vingança.
Temos uma história bem cadenciada, violenta, até mais violenta do que a A Lâmina, na qual a crueldade é o prato do dia.
A personagem Jorg é amoral, e está bem acompanhado pelos seus “irmãos”, e apesar de ser cruel, maldita desejamos que vença. O mal tem de compensar… às vezes.
Gostei. Foi mais do que catita.
Tradução de Renato Carreira
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-06-15 08:04:542020-06-15 08:04:55príncipe dos espinhos de mark lawrence
Depois de iniciar uma investigação sobre a morte de um homem desconhecido encontrado num apartamento dos arredores do Porto, Jaime Ramos é levado a percorrer caminhos que o transportam entre Portugal, o Brasil e a memória de Angola. Nesse triângulo vivem personagens solitárias que desaparecem sem deixar rasto e cujas biografias tenta reconstruir a partir do nada, socorrendo-se apenas da sua imaginação. Esse percurso transportará o leitor da Beirute do século XIX até ao coração da Amazónia e à Manaus contemporânea, do Porto a São Paulo, de Luanda ao Rio de Janeiro e ao Amapá, da guerra de Angola e da Guiné aos apartamentos vazios onde são recolhidos cadáveres, memórias e silêncios. Este cruzamento de geografias e de tipos humanos provoca alucinações no próprio narrador, que ora escreve em português de Portugal, ora em português do Brasil, e no investigador Jaime Ramos, que é obrigado a inventar histórias de perdição para que o seu mundo tenha algum sentido.
Terminei, ontem, a minha segunda leitura de Francisco José Viegas e do seu Inspector Jaime Ramos e não fiquei nada desiludido.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-06-08 14:04:072020-06-08 14:04:08longe de manaus de francisco josé viegas
Filho de Deus é a história de Lester Ballard, um solitário homem rural que foi afastado das suas terras. Psicologicamente desequilibrado, mas dotado de uma imaginação fértil, cruel e pervertida, deambula pelos montanhosos domínios do Tennessee.
Wook
Filho de Deus de Cormac McCarthy é uma obra espantosamente bela, delirante e perturbadora, mas bela.
Cormac McCarthy consegue magistralmente prender o leitor com uma escrita brilhante e violenta – fantástico.
Tradução de Paulo Faria
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-06-04 11:22:342020-06-04 11:25:42filho de deus de cormac mccarthy
Os anos 1940. Anos de guerra e de esforço de guerra nos estaleiros navais de Brooklyn. No mesmo espaço geográfico, os sindicatos e as lutas pela supremacia das várias máfias: italiana, irlandesa, outras. Anna Kerrigan é a figura central do romance. Trabalha nos estaleiros (como centenas de outras raparigas) e deseja ardentemente ser a primeira mulher mergulhadora. Isto num tempo em que a vida das mulheres era ainda muito circunscrita. Mas Anna quer sobretudo saber o que aconteceu ao pai, que desaparecera anos antes, sem deixar rasto.
Edições Asa
Brilhante. Adorei. Tem tudo o que adoro num livro e ainda por cima tem o mar, também, como personagem.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-05-26 15:54:212020-05-26 16:04:10a praia de manhattan de jennifer egan
Jules Moreau tem onze anos quando os pais morrem num acidente de carro. Nessa noite, a sua infância termina. Segue-se a ida para um colégio interno, juntamente com os dois irmãos mais velhos. Pouco a pouco, os laços que os unem quebram-se. Jules isola-se, alimentando-se das suas memórias; Marty refugia-se ferozmente nos estudos; e Liz procura todas as formas de evasão possíveis para preencher o vazio.
O único consolo do protagonista advém dos momentos que passa na companhia de uma menina ruiva chamada Alva. As duas crianças lêem, ouvem música, partilham o silêncio das tardes no colégio. E nunca falam sobre si mesmas.
Quinze anos mais tarde, os irmãos afastaram-se irremediavelmente uns dos outros. Jules, que continua a reviver o passado interrompido, apenas encontra alento no sonho de se tornar escritor e na ânsia de reencontrar Alva. E quando, por uma vez, tudo parece subitamente possível, uma força invisível – talvez o destino – volta a intervir.
O fim da história de Jules está ainda por acontecer.
Edições Asa
Excelente livro. Depois do rotundo falhanço do “The Last Emperox” (que nem serviu como aperitivo) nada como sentir uma escrita profunda, perturbadora e bela na ousadia como trata as relações humanas.
Aqui o autor fala do amor, da amizade, das perdas, da solidão, do silêncio, dos encontros e reencontros com uma delicadeza que transcende as páginas e toca no coração do leitor. Recomenda-se sem ressalvas.
Tradução de Paulo Rêgo
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-05-20 09:06:242020-05-20 12:16:56o fim da solidão de benedict wells