Artigos

harmonias

Conforme o sol se ia diluindo no mar os corvos que sobrevoavam ruidosamente a Casa da Bruxa iam sendo pintados de laranja, vermelho, violeta – um caleidoscópio de cores. Quando a escuridão pintou a noite de negro fechei os olhos e deitado sobre a areia da praia adormeci embalado pela harmonia sonora das ondas e pelo crocitar fantasmagórico dos corvos.

laura

(…) decalcara-a da última cena de Laura: um homem sozinho numa divisão quase às escuras, e Gene Tierney parada no umbral, não recém-chegada, mas recém-aparecida, como as aparições das histórias de fantasmas, não coberta com um lençol, mas vestindo uma gabardina desabotoada, com o cabelo e os ombros molhados.

Como a Sombra Que Passa de Antonio Muñoz Molina

doutor sono de stephen king

Uma tribo de gente chamada o Nó Verdadeiro viaja à procura de sustento pelas autoestradas da América. Parecem inofensivos e são, sobretudo, velhos. Mas, tal como Dan Torrance bem sabe, e Abra Stone não tarda a descobrir, os membros do Nó Verdadeiro são quase imortais e vivem do «vapor» produzido pelas crianças com o «brilho» quando são lentamente torturadas até à morte. Assombrado pelos residentes do Hotel Overlook, onde passou um ano horrível da sua infância, Dan anda há décadas à deriva, tentando libertar-se do legado de desespero, alcoolismo e violência deixado pelo seu pai. Por fim, instala-se numa cidade de New Hampshire, numa comunidade de Alcoólicos Anónimos que o apoia e num trabalho num lar, onde o «brilho» que lhe resta oferece um derradeiro conforto aos moribundos. Com o auxílio de um gato presciente, torna-se o «Doutor Sono». E depois Dan conhece a evanescente Abra Stone, e é o espetacular dom dela, o brilho mais vivo que ele já viu, que dá novo alento aos fantasmas de Dan e o impulsiona para uma guerra épica entre o bem e o mal para salvar Abra e a sua alma.

Wook

Adorei a leitura da sequela The Shining. Stephen King no seu melhor.

Doutor Sono é uma leitura que assusta e diverte – delirante.


Tradução de Ana Lourenço e Maria João Lourenço

Na esquina uma miniatura da personagem Altaïr Ibn La’ahad da saga Assassin’s Creed.

sunset park de paul auster

Durante os meses sombrios do colapso económico de 2008, quatro jovens ocupam ilegalmente uma casa abandonada em Sunset Park, um bairro perigoso de Brooklyn. 
Bing, o cabecilha, toca bateria e dirige o Hospital das Coisas Escangalhadas, onde conserta relíquias de um passado mais próspero. Ellen, uma artista melancólica, é assaltada por visões eróticas. Alice está a fazer uma tese sobre a forma como a cultura popular encarava o sexo no pós-guerra. Miles vive consumido por uma culpa que o leva a cortar todos os laços familiares. Em comum têm a busca por coerência, beleza e contacto humano.
São quatro vidas que Paul Auster entrelaça em tantas outras para criar uma complexa teia de relações humanas, num romance sobre a América contemporânea e os seus fantasmas.

Wook

Outro livro de Paul Auster que não desaponta. Adorei.


Tradução de José Vieira de Lima

a vida feliz de elena varvello

Isto diz tudo:

Uma história que comprime muitos temas e géneros, da violência sobre as mulheres à doença mental, do romance de formação ao livro de suspense – sobre os fantasmas que se materializam ainda, muitos anos depois, quando tudo já acabou.

Corriere della Sera

… uma leitura estimulante.


a trilogia de nova iorque de paul auster

Cidade de VidroFantasmas e O Quarto Fechado à Chave, constituem os três andamentos de uma sinfonia única, neste que continua a ser, tantos anos depois, o livro mais emblemático do autor. São três fascinantes histórias de mistério, centradas no submundo de Nova Iorque, em que o leitor, tal como os personagens, se torna prisioneiro dos irresistíveis enredos, dos puzzles alucinantes, em que o autor é mestre incontestado. 

Bertrand

Em “A Trilogia de Nova Iorque” nada é acidental. Histórias complexas e vertiginosas.


Tradução de de Alberto Gomes

o fantasma de canterville e outras histórias de oscar wilde

Livro composto por quatro excelentes contos de Oscar Wilde.

  • O Fantasma de Canterville
  • A Esfinge sem Segredo
  • O Crime de Lorde Arthur Savile
  • O Milinonário Modelo

Esta edição da Alêtheia Editores falha pela não indicação do tradutor.

zzzz zzz zzzzz

Há mais de 10 anos que tomava o Zolpidem porque não conseguia adormecer. Os meus fantasmas presenteavam a noite com a sua presença. Sobrevoavam como moscas sob carne putrefacta a minha cabeça; zumbindo – zzzz zzz zzzzz.

Esse zumbido não me deixava adormecer. O Zolpidem resolvia o problema.

De um momento para o outro, sem aviso prévio, sem explicação, pelo menos uma que eu entenda, o zzzz zzz zzzzz silenciou-se, puf!

Decidi no dia seguinte não tomar mais o medicamento. Não tive qualquer problema com o desmame. [1]

E estas últimas três noites têm sido uma delicia. Não me sinto adormecer, nem a sonhar – fantástico!


[1] Desmame – o tratamento deve ser retirado gradualmente. A síndrome de curta duração pode ocorrer quando é interrompida a toma, no qual os sintomas que levaram inicialmente ao tratamento com Zolpidem voltam com maior intensidade. Pode ser acompanhada de outros sintomas como alterações de humor, ansiedade e inquietação.

Infarmed

revista minatura #137

I have a story published in this great magazine and this time, also, a drawing.

fantasma-esqueleto

camadas de vazio

“layers of emptiness” (english version) or “capas de vacío” (spanish version) are the titles.

fantasma e esqueleto

Mais um excelente rabisco para ilustrar um história.