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at the white heat?

DARE you see a soul at the white heat?
Then crouch within the door.
Red is the fire’s common tint;
But when the vivid ore

Has sated flame’s conditions,
Its quivering substance plays
Without a color but the light
Of unanointed blaze.

Least village boasts its blacksmith,
Whose anvil’s even din
Stands symbol for the finer forge
That soundless tugs within,

Refining these impatient ores
With hammer and with blaze,
Until the designated light
Repudiate the forge.

Emily Dickinson, Complete Poems (1924) [Part One: Life – XXXIII]

A partir da leitura do livro Como a Sombra Que Passa de Antonio Muñoz Molina.

Sentamo-nos a escrever, dia após dia, querendo que se reavive o fogo da invenção, que a alma chegue ao calor branco, como diz Emily Dickinson.

Antonio Muñoz Molina

murderland

Murderland shakes your head. Blows your senses. You won’t be indifferent. And that alone is already grade 10. This is what I want from a book, one that puts my testicles in ice and delivers me electric shocks! Okay, I may be exaggerating, but I can not do a normal review from an unusual book; and “unusual” here is a really good thing.

“Wake Paulo Brito ” and bam, a slap directly from the pages given by Jeremy , and why? I was reading Murderland.

Imagine that you are blindfolded, and it is offered to you, at the style from 9 1/2 weeks, different flavors in words. Can you imagine? Can you hold that picture in your head? Murderland is simply orgasmic reading, that can offer you at the turning of a page something sweet, or bitter, or spicy, or ( … ) that’s right – there’s a time  you do not know how to define what is being served. Stupendous, right?

It is a very well written book. The words come at a perfect pace and are so melodious. Yes, there aren’t any doubts that words have sounds and Garrett Cook is an excellent maestro. Sometimes I get the idea of not knowing what the writer wants to convey. I see chaos and then, a few lines ahead that chaos appears so orderly, so perfect – scary!

Garrett Cook cooked a book 10/10, with well-developed characters, with a story full of stories, with twists and turns and the ending of the book is so brutal; I thought I was attending a fireworks festival – sublime.

I just wanted to write a good review, one that does justice to the book. I’m afraid I could not. I am the one to blame. Garrett Cook had nothing to do with this fault of mine.

o bananas

Tenho um amigo que adora bananas. Fico atarantado como é que ele consegue comer bananas em qualquer lugar, a qualquer altura; e que quantidade. A acrescentar a isto diga-se que ele não mastiga a banana, mas como que a sorve – suavemente. Um espanto. É assustador, mas não deixa de ser um espanto. Soube ontem que juntou os trapos com alguém do sexo masculino. Já devia desconfiar que o seu gosto inusitado por bananas era a ponta do icebergue de uma homossexualidade latente. Agora começou, também, a comer banana de carne – enfim! Não estou em estado choque, apenas me sinto seriamente chocado.

Desisti de comer bananas por uma questão profiláctica, principalmente por que as comia em casa cortadas às rodelas, uma latente castração, segundo o que recordo ter lido numa revista Gina dos anos 80, estas memórias subliminares de merda mais tarde ou mais cedo vêm à tona; nos restaurantes as bananas eram mastigadas depois de sofrerem o flagelo do fogo. Existirá alguma mensagem escondida na imagem do fogo? Também alastrei a dieta aos pêssegos, os carecas e os cabeludos.

De fruta como apenas cerejas, morangos e lichias que são muita eróticas. Legumes apenas couves, feijão frade devido a possíveis acusações de racismo; este é branco e preto.

É uma boa altura para mudar alguns hábitos alimentares. Sou a favor da mudança.


o vosso temerário BigPole

fifty shades of grey

Sou curioso por natureza e tentei descobrir o motivo de Fifty Shades of Grey de E. L. James ter já em Portugal uma 6ª edição e para isso nada como ler o dito cujo. Comprei, por isso, Fifty Shades of Grey, na sua versão original, que foi lido com muito esforço (dolorosamente com muito esforço), mais ou menos, até à página em que descobri aquilo que sabia já desde o primeiro ruborescer, da primeira mordidela no lábio.

Raramente escrevo opiniões negativas, passo por cima da leitura, mas, desta vez, não posso deixar dizer que é um livro de uma qualidade medíocre, sem surpresas, e repetitivo, repetitivo, repetitivo.

Recomendo, para melhor leitura, qualquer livro da Colecção Sabrina; é que estes ao menos não enganam pela embalagem. Vejam este resumo:

Cuidado Caroline, voce está brincando com fogo. Para um homem rico como Adam Steinbeck, as mulheres não passam de brinquedos. E você está caindo direitinho na armadilha. Além disso é impossível que um homem charmoso como ele não seja casado e com um bando de filhos” – diziam as amigas de Caroline, preocupadas com seu envolvimento cada vez mais íntimo com o poderoso chefão da empresa onde trabalhava. Porém Adam não era casado, mas viúvo e pai de um rapaz da mesma idade de Caroline e que não hesitou um só momento em mostrar seu interesse por ela.

Passaporte para o amor, Anne Mather
 

pai gordo, careca, bola de pêlo

O titulo do artigo não tem nada a ver com o seu conteúdo, mas como são as três novas formas, carinhosas, com que a minha filha me identifica, registo isso para me recordar mais tarde.

Actualmente a pilha de livros continua mais alta do que nunca, e com livros acima das quinhentas páginas.

Hoje iniciei a leitura do quinto livro da saga, de George R. R. Martin, “As Crónicas de Gelo e Fogo”, “A Dance with Dragons” (“A Dança dos Dragões”) e nele já temos as personagens Tyrion Lannister e Daenerys Targaryen.