Após a conclusão d’ Os Sobreviventes, o primeiro volume da série Expresso do Amanhã, surgiu naturalmente uma continuação da história, desta feita, em dois volumes com o argumentista Benjamim Legrand a substituir Jacques Lob e a conseguir manter a qualidade da primeira história. Os desenhos da responsabilidade de Jean-Marc Rochette.
Neste volume estão, assim, reunidos os álbuns – Os Exploradores (1999) e A Travessia (2000).
O universo Transperceneige é actualmente composto por:
L’Arpenteur (1999), textos de Benjamin Legrand e desenhos Jean-Marc Rochette / O Explorador
La Traversée (2000), textos de Benjamin Legrand e desenhos Jean-Marc Rochette / A Travessia
Terminus (2015), textos de Olivier Bocquet e desenhos Jean-Marc Rochette
Extinctions Acte I, (2019), textos de Matz, desenhos de Jean-Marc Rochette e cores por José Villarrubia
Extinctions Acte II (2020), textos de Matz, desenhos de Jean-Marc Rochette e cores por José Villarrubia
Os álbuns Os Exploradores e A Travessia oferecem histórias absolutamente fantásticas que me deixam estupefacto.
História ambiciosa, visualmente deslumbrante – vigorosa!
Será que teremos direito aos restantes álbuns?
Tradução: Pedro Cleto
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2020/11/IMG_0361.jpg600800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-11-10 10:13:292020-11-10 10:16:30o expresso do amanhã ii – o explorador e a travessia
Desde que se recorda o cheiro das fezes incomoda-o. Foi tentando reduzir os odores nauseabundos experimentando mudanças alimentares. Apenas frutas, aqui apenas laranjas, maças, bananas, etc… e depois combinações de várias frutas; apenas insectos, combinações de insectos, insectos com frutas, com carne, com peixe, marisco, vegetais; apenas lacticínios, águas, vinhos, licores. Imaginem todas as variantes possíveis e imaginárias de comida e de qualquer coisa remotamente comestível. Nada resultou, os dejectos mudavam a consistência, mas o odor continuava a ser asqueroso.
Até que a solução lhe surgiu tão cristalina como o gelo. Desde que eliminou os receptores no nariz responsáveis pelo olfacto nunca mais teve problemas. Agora o mundo tem o cheiro ideal.
Uma equipa de cientistas da Universidade de Oxford demonstrou que existem afinidades moleculares que vão muito para além da fórmula H2O no gelo existente nos Pólos Sul e Norte. As suas conclusões explicam, não apenas que o degelo actual é um mito e que este não tem nada a ver com a teoria do “Aquecimento Global”.
A equipa cortou ao meio um pedaço de gelo extraído de um glaciar no Polo Sul e fez o mesmo com um pedaço de gelo extraído de um glaciar do Polo Norte. Colocaram cada pedaço num copo de água gelado. Os quatros copos de gelo com os quatro pedaços estavam separados entre si por um espaço de 30cm. Por muito que os pedaços se mexessem nunca conseguiam juntar-se aos outros. Os cientistas diminuíram a distância para 15cm, para 5cm e para 0cm; o resultado era sempre o mesmo. Os pedaços de gelo batiam como moscas contra o vidro dos copos, mas não se associavam. Porquê? A equipa concluiu facilmente que desunido o gelo perde força.
Na fase seguinte posicionaram num recipiente um pedaço de gelo do Sul e outro do Norte e agora, sim, estes terminaram por se encontrar e nunca mais se separaram. Repetiram a experiência com os dois pedaços de gelo remanescente e o resultado obtido foi o mesmo. O gelo tem regras de atracção muito próprias.
Na última experiência dispuseram num recipiente ainda maior os quatro pedaços de gelo e eles acabaram por se unir sem nunca mais se distanciarem. O gelo tem tendências gregárias, concluiu a equipa.
Ficaram sempre colados até que derreteram. No recipiente já não existia gelo, mas apenas água. O gelo tem tendências suicidas, foi a segunda conclusão.
Com estas experiências a equipa concluiu que o gelo das calotas polares tem imbuído a nível molecular o desejo de migrar, de se encontrar com o seu distante outro, de se unir ao outro, e faz-lo de forma intencional e com carácter periódico. O fenómeno “degelo” não é pois mais do que um mito e nada tem a ver com a teoria do “Aquecimento Global”.
Não ocorrem “degelos“, mas migrações de gelo. Nestas migrações algum gelo acaba por se perder e em última instância faz-se uno com o seu EU mais íntimo: H2O (a comunhão perfeita!)
Como combater as migrações de gelo será agora a luta desta fantástica equipa de cientistas.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-03-02 11:58:362020-03-04 16:53:09tem o gelo tendências suicidas?
I usually read accompanied by the sound of good music. I almost always choose between a touch of jazz by the master Chet Baker or I lazily listen to the Stabat Mater of Dvořák. After all they are the CDs that are almost stapled to my old CD player. These musical choices did not work with Blue Sparkles by Sissy Pantelis. So, I read the book without sound and then in the second passage through the final lap – kaaapooooom, I chose Wrath of the Lich King (OST) for a new reading – magic!
… odd thoughts …
In the two spreads in which the prince ventures with his mother the rags of the fog create an atmosphere of perfect melancholy – secrecy.
The prince’s mount, “a bird” has brought memories of World of Warcraft. How can I ever forget the gryphons of the Alliance!
After the talk with Feather-Horn we have three spreads with so many, but so many details – delicious – that they alone raise the bar of what can be expected. Is the step bigger than the leg? No, it was not.
Throughout the book one can discover immense references to works of fantasy, just throw the cards and be very careful with the queen of hearts.
We have Firework Dancers, Pixies and even an owl piper. Ah! And Swan Knights… So much visual detail that each spread should be read-seen-seen-read repeatedly (loop-on mode) so that nothing gets lost – okay?
I do not know how the collaboration between the artist and the writer was; maybe healthily sick? Watch the first panel of the story; in the anguish of the mushrooms; how much they suffer from the fiddly music of the frogs – brilliant!
Individualized balloons that make the characters’ voices different.
The moon red spread is abysmal.
Blue Sparkles is a musical book. Mysterious. A kaleidoscope of text, image and sound. Venetian masks, apple, shoe, Hansel, snow, red hood, crows – explosion. TAM. TAM. TAM.
If I already loved Sissy, the inclusion of crows was a tasty “Nevermooorrre” that made me smile with my mouth open. Dear Poe.
TAM. TAM. TAM. And the drums come to life and set the pace. TAM. TAM. TAM, in the background. Here I go to the end of a love story … Will a good story have an unfortunate end? End. Beginning. Perfidia. Mistake. Con. End of the nightmare, perhaps? Intermezzo and opening of a new chapter with a rainbow that reminds me of the Bifrost bridge, but without the presence of the mighty Heimdall.
TAM. TAM. TAM. Books inside a book and we have a wonderful library, naturally full with books, but equally filled with the tree of knowledge and a cat and a rabbit, too – Alice where are you?
A book that I read quickly, but that should be slowly tasted as a dream of a summer night, right brother Oberon?
Here are my loose and incoherent thoughts. I can do much more with a story full of changes, turns, with the introduction of details and more details and more characters around the corner.
Blue Sparkles with texts by Sissy Pantelis and drawings by Vurore is a mesmerizing book. As hypnotizing as that brown butterfly that flies through the book spying the unfolding of the story
“Are beauty and love not the most powerful magic?” – yes and also good books.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2017/01/1499.jpg626800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2017-01-16 23:12:362021-01-14 11:18:42blue sparkles de sissy pantelis e vurore