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os espelhos

Os espelhos reflectem a nossa imagem que parece encontrar-se atrás do espelho. E, talvez, por isso os espelhos têm um misticismo que é perpetuado em histórias.

A história mais conhecida é certamente a do livro Alice do Outro Lado do Espelho de Lewis Carroll.

O mesmo objecto é utilizado nas aventuras de Harry Potter. 

Outro exemplo, mais visual, é o do filme Constantine.

constantine

E, hoje, falo disto por causa do jogo World of Warcraft (Shadowlands) e também pela leitura da revista Hulk #1 – ambos usam o espelho como alavanca na história.

world of warcraft
hulk #1

a sério? mesmo a sério?

A escritora Charlotte Alter ao falar sobre o seu livro “The Ones We’ve Been Waiting For” no The Late Show Setphen Colbert, emitido em 26.02.2020, exibido ontem na Sic Radical, consegue sem qualquer dificuldade revelar um grande grau de estupidez quando afirma o seguinte:

Harry Potter foi um fenómeno cultural sem precedentes. Literalmente sem precedents na história da literatura humana. Mais pessoas consumiram Harry Potter no tempo em que foi criado do que em Dickens, Shakespeare ou qualquer outra grande obra de literatura que se possa imaginar.

Charlotte Alter

Vamos comparar o mundo como o era em 1920, data de publicação do livro “Este Lado do Paraíso” de F. Scott Fitzgerald, cuja primeira edição esgotou em poucos dias, ou como o era no século XIX com Dickens, que com o seu “Oliver Twist” alcançou fama a nível mundial, ou com Alexandre Dumas: o seu “Os Três Mosqueteiros” já tinha em 1846 três edições em inglês.

Será que Charlotte Alter consegue perceber a diferença da nossa aldeia global, termo de Herbert Marshall McLuhan, com a informação a alcançar qualquer lugar, esquina do planeta em segundos, com a forma como a informação circulava no século XIX ou até durante muito tempo no decorrer do século XX? Acho que não.

Estamos, realmente, a falar de coisas diferentes.

versão original vs versão traduzida

De uma forma geral escolho sempre a versão traduzida, desde que seja realmente um boa tradução, de um texto escrito em inglês, francês ou espanhol, línguas que consigo ler sem qualquer problema.

Só tenho optado pela leitura na língua original quando livros que quero ler não foram ou nem tinham/têm previsão de edição em Portugal. Foram o caso dos livros das sagas:

Só se os lançamentos ficarem a meio é que retomo a compra dos restantes nas versões originais.

harry potter

Houve outros livros que comprei no original apesar de os lançamentos estarem previstos, porque não tive paciência para esperar pelas traduções.