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o xerife da babilónia por tom king e mitch gerads

Foi uma história que li em 2018, mas esqueci-me de a registar. Só tenho a dizer coisas boas: história supra, arte supra. Obra excelente e uma das melhores leituras de 2018.


Os dois volumes estão na prateleira muito bem acompanhados.

lucky luke – re(leituras)

A re(ler) as histórias desta espantosa personagem.

the outsider by stephen king

Outra história mirabolante, delirante de Stephen King. Autor que nos consegue convencer que o sobrenatural existe.

Numa história em que nada parece ser o que é, e ainda nos é oferecida a participação de Holly Gibney, nossa conhecida de Sr. Mercedes, o que melhora uma história boa já por si.
O conceito de “Ka” dos livros da Torre Negra é igualmente mencionado no livro.


Parece que está prevista uma adaptação da história para a televisão. Deve ser outro desastre – o habitual.

the girl with all the gifts por m.r. carey

Terminei a leitura ontem deste livro que trouxe novas possibilidades para um tema já tão esmiuçado: zombies, mas aqui chamados de “hungries”.

alerta de spoiler

Os humanos são transformados em “hungries” devido ao fungus Ophiocordyceps unilateralis apenas encontrado até então nas florestas tropicas da Tailândia e do Brasil. Os “hungries” vêm com naturalidade os outros humanos como comida. Estes “hungries” são irracionais e agem pela necessidade básica de sobrevivência. Existem outros “hungries” de segunda geração, híbridos, crianças possivelmente geradas de pais já infeccionados, que apesar de atacarem os humanos, são racionais, capazes de aprendizagem. Um destes “hungries” é Melanie. Uma rapariga que encontramos num centro de detenção/laboratório onde se procura uma cura. Aqui ela cria uma relação especial com a professora/psicóloga Helen Justineau. Relação que é o motor chave da história.

Entre percalços a base é invadida e apenas conseguem fugir, Melanie, Helen Justineau, o Sargento Parks, o soldado Kieran Gallagher e a cientista Caroline Caldwell. 

Entre outros percalços e mais percalços ficamos a descobrir que existem mais “hungries” híbridos que vivem em comunidade e que os “hungries” irracionais acabam, na última fase da vida, por estacionarem juntos. O fungo acaba por consumir o resto do corpo do hospedeiro e transformar-se numa “árvore” cujos frutos a abrirem-se libertarão o fungo por via área. O que significará o fim para os humanos ainda não contaminados. Isto acaba por acontecer por iniciativa de Melanie. Incendiadas os frutos abrem-se e o fungo espalha-se pelo mundo como chuva.

Melanie é a nova Pandora que abriu a caixa dos pesadelos.

A novidade da obra está nos zombies racionais e na extinção do homo sapiens sapiens.

A esperança de uma “nova humanidade” reside nos “hungries” híbridos e na sua capacidade de aprendizagem. Isto irá acontecer porque Helen Justineau ficou a salvo num perfeitamente hermético laboratório móvel (parte dos percalços) e vai continuar a ensinar – a esperança existe! Transmissão de conhecimentos.


Vi o filme. Existem algumas variantes na forma de contar a história, mas compreende-se isso. Fraco filme, comparado com o livro.


Em resumo. História lida, como costume dizer, sem sobressaltos e mais por culpa da vinda do autor a Portugal. Fiquei curioso. Culpado!

Pintura: Pandora por Nicolas Régnier (via wikipedia)

leituras em 2018

Para me manter na crista da onda vou tentar listar, porque a vida também se faz de listas, alguns dos livros que me satisfizeram em 2018.

largo winch, volume 11

Aqui está o último álbum (n.º 21) da colecção Largo Winch, A Estrela da Manhã, criação da dupla Philippe Francq e Jean Van Hamme.

Este álbum, tem contudo o argumento de Éric Giacometti. Os desenhos continuam a cargo de Philippe Francq.

Com este lançamento finalmente estão editadas em Portugal todas as histórias de Largo Winch.

Agora só falta continuar os lançamentos, nomeadamente com o álbum, Retour à -33, que fechará este díptico.

largo winch, volume 10

Mais duas histórias da dupla Philippe Francq e Jean Van Hamme.

álbum_19. Contradança
álbum_20. 20 segundos

Histórias excelentes. Acção. Acção. Sensualidade. Mais acção – confusão. 

largo winch, volume 9

Mais duas histórias da dupla Philippe Francq e Jean Van Hamme.

álbum_17. Mar Negro
álbum_18. Ilha Vermelha 

Muito bom. A qualidade persiste e recomenda-se.

metade da vida de v. s. naipaul

Metade da Vida é o primeiro livro que li de V. S. Naipaul, empurrado pelas leituras de Paul Theroux e foi uma leitura bastante agradável apesar de narrar a vida em tons de não viver da personagem Willie Somerset Chandran; personagem que vive naufragado numa vida infeliz.

teoria geral do esquecimento de josé eduardo agualusa

Primeiro apontamento: o livro é mesmo muito bom. Simples. Nada a acrescentar. Com personagens perfeitamente desenvolvidas, credíveis, que espelham sem complexos as diversas emoções humanos este livro é uma gema pura. José Eduardo Agualusa bombeia emoções.

Segundo apontamento: os títulos de alguns capítulos deste livro são outra mais valia. Vejamos:

  • O nosso céu é o vosso chão
  • A substância do medo
  • Depois do fim
  • Sobre as derrapagens da razão
  • Os dias deslizam como se fossem líquidos
  • A subtil arquitetura do acaso
  • O colecionador de desaparecimentos
  • Sobre Deus e outros minúsculos desvarios
  • É nos sonhos que tudo começa

Quetzal Editores