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semente de bruxa de margaret atwood

Recriação de A Tempestade de Shakespeare Felix está no seu auge como diretor artístico do festival de Teatro de Makeshiweg. As suas produções geram espanto e perplexidade. Está agora a encenar uma Tempestade ímpar: não só irá incrementar a sua reputação, como sarar as suas feridas emocionais. Pelo menos, era esse o plano. Em vez disso, e na sequência de uma indescritível traição, Felix está a viver numa barraca nos fundos da civilização, atormentado pelas memórias da adorada filha que perdeu, Miranda. E a alimentar o desejo de vingança. 

Wook

O primeiro livro desta escritora que gostei realmente de ler. Fascinante.

Tradução de Ana Falcão Bastos

o coração é o último a morrer de margaret atwood

Charmaine e Stan estão desesperados: sobrevivem de pequenos trabalhos menores e vivem no carro. Portanto, quando veem um anúncio a Consiliência, uma «experiência social» que oferece empregos estáveis e casa própria, inscrevem-se imediatamente. A única coisa que têm de fazer em troca é ceder a sua liberdade mês sim, mês não, trocando a sua casa por uma cela da prisão. Não tarda, porém, que Stan e Charmaine, sem o saberem um do outro, comecem a desenvolver obsessões apaixonadas pelos seus «Alternantes», o casal que ocupa a sua casa quando estão na prisão. E assim mergulham num pesadelo de desconfiança, culpa e desejo.

Bertrand

História que não me deslumbrou. Não estou a acertar com a autora. Já só tenho um livro para ler da autora na palete.

Tradução de Ana Falcão Bastos e Cláudia Brito

casas / fortalezas / muros

Os muros têm permitido aos escritores criarem mundos utópicos ou distópicos, mundos surreais, quase reais. Muitas histórias começam e terminam dentro muros. Outras começam entre muros e acabam fora muros.

Aqui temos algumas dessas histórias:

gralhas e grilhetas

(…) Para começar, que que ele a cubra com musse de chocolate e depois que a lamba.

página 346

Já tinha reparado noutras gralhas, mas esta, assim, quase a chegar ao final do livro “O Coração É o Último a Morrer” de Margaret Atwood, irritou-me – rrrrrrrrrr, que feroz!

outras leituras

Okay…

  • Lido os dois volumes de Sinestro: A Guerra do Corpo Sinestro – nada de especial e comprova uma vez mais que não sou grande apreciador de “enormes” aventuras galácticas.
  • Demolidor: Terra das Sombras (39.º volume da Colecção Oficial de Graphic Novels Marvel) – outra leitura do Demolidor absorvente, bem ritmada – excelente.
  • Tokyo Ghoul de Sui Ishida – gostei do desenvolvimento da história.
  • Órix e Crex [Pode ser que os porcos não voem, mas estão completamente alterados. O mesmo se passa com os lobos e outros animais. Um homem, que em tempos se chamou Jimmy, vive numa árvore, embrulhado no seu lençol e diz chamar-se Homem das Neves. A voz de Órix, a mulher que ele amava, provoca-o e persegue-o. E os Filhos de Crex são agora responsabilidade sua. Como é que o mundo inteiro se desmoronou tão depressa?] de Margaret Atwood – leitura interrompida por diversas vezes. Não o achei agradavelmente divertido. Depois de ter lido o delicioso Ano do Dilúvio esta nova leitura ficou aquém do prometido.

o ano do delúvio por margaret atwood

– Tens a certeza de que estás melhor? – perguntou.
– Estou ótima neste momento – respondeu Pilar. – E o momento é a única altura em que podemos estar ótimos.

página 195, 1ª edição, 2011, Bertrand Editora

Maravilhoso! Assustador!

sinopse

O Sol já brilha no céu, dando ao cinzento do mar o seu tom avermelhado. Os abutres secam as asas ao vento. Cheira a queimado. O dilúvio seco, uma praga criada em laboratório pelo homem, exterminou a humanidade. Mas duas mulheres sobreviveram: Ren, uma dançarina de varão, e Toby, que do alto do seu jardim no terraço observa e escuta. Está aí mais alguém? Um livro visionário, profético, de dimensões bíblicas, que põe a nu o mais ridículo e o mais sublime do ser humano, a nossa capacidade para a destruição e para a esperança.

Bertrand Editora