A plataforma Tumblr com o objectivo de limpar conteúdo adulto, racista, etc… iniciou uma purga à velocidade da escuridão.
Eu que sou um tipo para o sossegado também vi uma série de posts vítimas desta limpeza – censura a 110%. Os exemplos vão desde moi a fazer uma tatuagem, até ao rabisco da cabeça de um pirata, passando pela imagem de um cachorro-quente. Exemplos para toda a família.
Curiosamente esta imagem não viola as regras da comunidade. Fantástico!
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/appeal.jpg46900porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2019-01-06 17:57:182021-01-04 16:35:17it looks like your post might be in violation of our community guidelines and is now hidden
Fui à praia para encontrar uma rocha especial, com sabor a sal.
Descobri muitas rochas. Umas em forma de ovelhas, outras em forma de borrachas. Umas eram velhas. Outras pareciam novas: polidas e brilhantes, muito elegantes.
Fiquei com pena por não encontrar uma rocha sal-gema.
mas não era isto que se desejava… nova tentativa:
O sal-gema é uma rocha especial com sabor a sal.
Forma-se pela evaporação das águas marinhas. E a isto chama-se precipitação.
É uma rocha sedimentar com aplicação alimentar que fui encontrar na cozinha a temperar a sardinha!
O Passado é um País Estrangeiro de Ali Smith – (comprei este livro entusiasmado pelo tema: “Era uma vez um homem que, certa noite, durante um jantar social, entre o prato principal e o doce, subiu as escadas e fechou-se num dos quartos da casa. À medida que as horas se transformam em dias, e os dias, em meses, as consequências deste estranho ato repercutem-se para o exterior, afectando os donos da casa, os outros convidados, a vizinhança e todo o país.”) Lamentavelmente não me deu pica. Deve ser aquela altura do mês em que se complica qualquer leitura. Coloquei o livro de lado e iniciei novos voos, noutras páginas.
O Reino Mais Além das Ondas de Stephen Hunt – outro livro que coloco de lado, arrumado. À espera de novos apetites.
A opinião? mais contundente feita por uma nova leitura do álbum “Vamos Aprender”. Qualquer lapso de memória é da minha inteira responsabilidade:
— pai, afinal desenhas muito bem! — por que dizes isso? — o crocodilo do Para a Margarida… — ó rapariga isso é a dedicatória dos autores: a Aida Teixeira e o Carlos Rocha, ele é que desenhou… já te tinha explicado isso. (…) — pai, como é possível o crocodilo ser tão lindo e ser o mau da história? — este rato é demais, não é nojento como o rato morto da tua fotografia… afinal é nojento… — repete-me lá isso… — está a roer o pincel com os dentes, muito pouco higiénico não é pai? — o leão faz um cara divertida, mas não deve ser bom ser mordido por um crocodilo. — Margarida deves ler a história seguinte e não andares a saltar as folhas. — é um livro de crianças, não é pai? — sim é… — então pai esta criança que faz anos HOJEEEE lê como uma criança do Japão (e soltou um valente gargalhada). — a abelha é linda, mas continuo com medo de abelhas. — quem esta menina das fotografias? — é a filha da Aida Teixeira, a responsável pelos textos do livro. — ah! é por isso que este senhor é o desenhador… — como…? — a menina não sabe desenhar muito bem. — ó pai… és pitosga… (riso) pitosga… – lê o livro e deixa-me em paz, pode ser? — pitosga… — Margarida… (…) — estás a ler ou a ver só os desenhos? — estou a ler pai. — é que não te ouço. — ó pai, não és a minha professora por isso não preciso de ler alto. — mas estás a ler mesmo, certo? — zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz claro. — se tiveres dificuldade pede ajuda, ’tá bem? — ó pai já estou no 2º ano (…) — ó pai só tem quatro histórias!
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2013/06/vamos-aprender-capa.jpg1067800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2013-06-19 15:44:302020-11-20 12:02:26vamos aprender, outra opinião!
Encostado ao bar.
— Que gin têm? — perguntei.
— Apenas Bombay?
— Tens pepino?
— Não. Nem limão.
— Que pena! — retorqui pesarosamente exibindo em destaque o meu dedo mínimo direito.
— …
— Pode ser, então, um modesto gin tónico.
Sentado, numa zona ar livre, depois de descobrir a quantidade máxima de fumo que passivamente consigo fumar.
Aí fiquei a admirar a carne de vaca embalada com o mínimo de decoração; redução de custos? Ao ver as embalagens tão reveladores, algumas de forma assustadoramente com o prazo de validade mais que ultrapassado, este vosso caçador noctívago constatou que a carne não se torna tão apetitosa. A ausência da surpresa, a impossibilidade de desflorar o pacote, inibi-me o palato. Eu gosto de conquistar a caça, odeio quando me é, assim como que oferecida, ao desbarato.
Por este andar é menos custoso e muito mais seguro comprar a carne de vaca no mercado dos Feitos.
De pernas afastadas a segurar Nele.
Adorei o urinol em aço inox AISI 316 polido de alto brilho, de 2m30cm, no qual verti um longo e jactante jacto de urina. Ver reflectido, não obstante por apenas dois minutos, no espelho em inox o meu pénis foi gratificante. Raramente tenho a oportunidade de o Ver, mesmo que em imagem invertida, pois está constantemente a fazer perfurações em túneis sobreaquecidos e húmidos. Sei que tenho um ocupação de risco. Ser caçador it’s hard work, but someone has to do it. Termino acrescentando que hard work never killed anyone, exceptuando, no meu caso, alguns milhões de milhões de espermatozóides.
— Já estás a pé? — perguntou a minha mulher com a surpresa estampada em cada palavra.
— Claro, vou hoje fazer as análises.
— Olha que parece com essa pressa toda que estás atrasado para uma festa.
— A minha bexiga cheia nem te responde… minha menina.
— E tens certeza que esse laboratório já está aberto a esta hora? — a fêmea alfa estava muito inquisitiva — Podes sempre ir àquele laboratório junto à igreja de Santo António.
— Está aberto. E se por qualquer motivo tipo terramoto, peste bubónica, estiver fechado, podes ter a certeza que verto o meu litro e meio de urina logo ali no primeiro pilar à bobi.
Fora de casa acelerei o passo e em menos de 2 minutos estava a empurrar a porta, a apresentar a requisição, a receber de oferta um contentor plástico de urina, a dirigir-me à velocidade da luz para uma casa de banho ultra equipada. Aí em saltinhos cada vez menos espaçados, abri a braguilha, coloquei o pénis em posição, rasguei o plástico protector, rodei a tampa do contentor, e ufaaaaaaaa, finalmente, apontei a mangueira e disparei com imensa satisfação o líquido segregado pelos rins; quando o contentor de plástico estava pelas caniças apertei a mangueira para suspender a expulsão de urina e apontei para o urinol o restante litro e trinta decilitros…
a extracção de sangue
e lembrei-me, enquanto entregava o contentor de plástico a 37% graus, que as mulheres têm um controlo perfeito, mesmo militar sobre a bexiga: urinam, param, retocam a maquilhagem, reiniciam, conversam de futebol, param, vão tomar um chã, fazem sudoku, reiniciam ad eternum…
Seguiu-se a extracção de sangue para as análises. Aí fiz birra porque a técnica não me deixou gritar para assustar o pessoal que estava na sala de espera. Nem um gemidinho à rato pude lançar.
Triste sina a minha, nunca me deixam fazer o que quero.