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05. referências culturais em sr. mercedes

Continuam os meus registos em tom obsessivo das referências descobertas por mim no livro Sr. Mercedes de Stephen King. Deixei passar outras porque não tinha o telemóvel à mão para tirar foto da página.

Está numa cadeira de rodas, inclinada numa postura que lembra a Hodges O Pensador de Rodin

página 183

o pensador

O Pensador (Le Penseur) é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin.

— Como o Dexter Morgan naquela série de televisão.
Hodges sabe de que série ela está a falar e abana enfaticamente a cabeça. Mas não só porque a série é pura fantasia.

página 200

Dexter Morgan é o anti-herói da série de livros de Jeff Lindsay. Em 2006, o primeiro livro foi adaptado na série televisiva “Dexter”.

(…) aos olhos de Brady, aquilo faz lembrar o gigantesco óvni no final de Encontros Imediatos do Terceiro Grau.

página 281

Close Encounters of the Third Kind (Encontros Imediatos de Terceiro Grau) é um filme americano de 1977 escrito e dirigido por Steven Spielberg, 

Não sabe ao certo quem foi Manet (…), mas os quadros dele são fantásticos. (…) Uma delas mostra um toureiro morto. (…) O toureiro não está ferido nem nada desse género, mas o rasto de sangue oriundo do ombro esquerdo parece mais real do que o sangue de todos os filmes violentos que Brady já assistiu, e ele já viu a sua dose.

página 284

Édouard Manet (1832 — 1883) foi um pintor francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX, considerado como um dos mais importantes representantes do impressionismo francês, embora muitas de suas obras possuam fortes características do realismo.

O Homem Morto (L’Homme mort; originalmente intitulada O Toreador Morto ou Le Torero mort) é uma pintura a óleo sobre tela da década de 1860 realizada por Édouard Manet, produzida durante o período em que Manet estava fortemente influenciado por temas hispânicos.

o homem morto

Pois sim, pensa Hodges. Pois sim. Fecha os olhos e tomba no chão, fazendo lembrar Humpty Dumpty a cair de cima do muro.

página 449

Humpty Dumpty é uma personagem de uma rima enigmática infantil, melhor conhecida pela versão de Mamãe Gansa na Inglaterra. Ela é retratado como um ovo antropomórfico, com rosto, braços e pernas. Esta personagem aparece em muitas obras literárias, como Alice Através do Espelho de Lewis Carroll.

Humpty Dumpty sat on a wall,
Humpty Dumpty had a great fall.
All the king’s horses and all the king’s men
Couldn’t put Humpty together again

time for bed

O aviso que o meu Iphone dá para mim ir para a cama dormir.

6 pessoas + 1

Inicialmente estavam seis pessoas sentadas ao redor da mesa de café. Logo de seguida instalou-se à mesa o Huawei que era não apenas muito amigo da P., mas, igualmente, muito interessante pois durante todo o tempo que estive naquela mesa P. só o encarava e acariciava.

Por isso decidi convidar para o convívio o meu amigo Antonio Muñoz Molina. Conversamos sobre “O Inverno em Lisboa”.

O resto do pessoal não ficou muito contente.


Conclusão: é mais aceitável brincar com um telemóvel do que ler um livro.

assinatura por omissão

Não é irritante (?) receber um email enviado por telemóvel e a assinatura ser sempre neste estilo:

Enviado a partir do meu smartphone Samsung Galaxy.

Enviado do meu iPhone.

Que falta de originalidade – acho eu. Por isso os emails enviados do meu telemóvel dizem:

Sent via my kamikaze slug. If the message contains spelling mistakes, it means that on the way it took viagra. 

sent from my windows 10 phone

Realmente cansado da assinatura“Sent from my Windows 10 phone” quando envio um email do meu telemóvel Nokia Lumia 635 decidi criar uma adequada ao meu perfil. Uma que revele a potencialidade da minha sanidade.

“Sent via my kamikaze slug. If the message contains spelling mistakes, it means that on the way it took viagra.”

Acho que assim as coisas ficam muito melhores.

as atribulações de um português no porto

E antes que digam que existe um livro com um nome semelhante ao título desta entrada, eu coloco-o aqui: “Les Tribulations d’un Chinois en Chine” de Jules Verne. Pronto!

Ontem o dia correu muito bem. O almoço do Leituras de BD estava devidamente condimentado; espectacular companhia.

Quanto ao MAB – Festival Internacional de Multimédia, artes e BD, como ia com o pessimismo instalado, até gostei. Teria alguns aspectos negativos a apontar, mas o facto de ter efectuado umas boas compras, conhecido pessoal fantástico, e ter trazido uns valentes rabiscos, evita frases mais tristes. Além do mais tive o prazer de ver em primeira mão a exposição de Zakarella.

Contudo este post não servirá para falar do MAB – Festival Internacional de Multimédia, isso ficará para outro, mas das minhas aventuras malucas, que comprovam muita coisa ou nada.

Os apontamentos:

    1. Fui de comboio
    2. Como tipo precavido que sou, depois de ver o horário do comboio de regresso, marquei como alarme a hora de partida no meu Nokia x6 para não o perder.
    3. Às 17h45m o alarme disparou. No visor indicava 18h00. Com apenas 15m para chegar ao destino e como não sabia a forma mais rápida de chegar à estação de São Bento pedi indicações à diabólica Virgulina Labareda.
    4. Recordei-me que tinha deixado na mão do João Mascarenhas o Punk Redux, o novo álbum do Menino Triste. Fiquei mais que doido.
    5. Pesquei o marcador de livros da Dr. Kartoon, telefonei para a loja de Coimbra, pedi o número de telemóvel do João Miguel Lameiras e pedi-lhe para deixar o álbum com Nuno Amado – agora vou ter mesmo de pagar os portes!
    6. Perdi-me, temporariamente. Sabia que a rua de referência tinha uma data, mas só me lembrava do 25 de Abril. Como fui capaz de me esquecer de um livro!
    7. Quando me lembrei do 31 de Janeiro foi sempre abrir – claro que a descer ajuda.
    8. Chegado à estação de São Bento, pisco os olhos para o relógio de pulso que me indica 18h30m – merda, perdi o comboio.
    9. Ataco a tabela de horários Porto-Vigo para ver a alternativa e reparo que não existe qualquer comboio às 18h00, mas sim às 18h45m
    10. Amaldiçoo o Nokia x6 e especialmente o sujeito que gravou o alarme. Depois desta confusão ainda tenho 15m – nada mal!
    11. Na bilheteira: “Um bilhete para Barcelos”.
    12. “Não há hoje mais comboios para Barcelos devido à greve”.
    13. “Greve! Mas está no placard o comboio das 18h45m para Braga”.
    14. “Não tem ligações para os regionais.  A greve é dos regionais a partir das 16h00. Só tem comboio até Nine.”
    15. Ainda na bilheteira: “A sério?!! Que seja. Um bilhete para Nine.”
    16. Continuando na bilheteira: “Mas, mas… depois o senhor não tem comboio para Barcelos!”
    17. “Faço o resto do percurso a pé pela linha. O meu Nokia servirá de lanterna.” Fiquei um pouco melhor com a expressão do homem, apesar de ele ter a obrigação de não revelar qualquer surpresa perante um simples sujeito de chapéu aparentemente amalucado.

Ainda tive tempo de beber um capuccino extraído daquelas máquinas automáticas e comprar uma garrafa de 1,5l antes de entrar para o Comboio. Ufa!!!