Ana Maria Amador é um dos nomes de referência da tradução literária portuguesa. Além de Julian Barnes, devemos-lhe versões na nossa língua de autores como Nadine Gordimer, Patricia Highsmith, Arthur C. Clarke ou Colleen Mccullough — uma bela seleção.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-07-07 17:52:232020-07-08 16:05:24tradutora: ana maria amador
De uma forma geral escolho sempre a versão traduzida, desde que seja realmente um boa tradução, de um texto escrito em inglês, francês ou espanhol, línguas que consigo ler sem qualquer problema.
Só tenho optado pela leitura na língua original quando livros que quero ler não foram ou nem tinham/têm previsão de edição em Portugal. Foram o caso dos livros das sagas:
As Crónicas Companhia Negra do qual já tinha lido os três primeiros volumes. Quando a Saída de Emergência anunciou a publicação desta saga optei por comprar os lançados no mercado nacional.
Só se os lançamentos ficarem a meio é que retomo a compra dos restantes nas versões originais.
harry potter
Houve outros livros que comprei no original apesar de os lançamentos estarem previstos, porque não tive paciência para esperar pelas traduções.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2020-02-27 22:49:592020-02-28 14:55:36versão original vs versão traduzida
José Vieira de Lima nasceu em 1951, em Almada, cidade onde – na adolescência – esteve ligado à criação de um cineclube. Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, a sua experiência profissional incluiu quinze anos de jornalismo (na agência de notícias France-Presse) e, finalmente, várias décadas de tradução literária (desde 1986), que começou com Sam Shepard e abarcou uma grande variedade (quase uma centena de títulos) de autores, de V.S. Naipaul a Henry James, passando por Julian Barnes, Edith Wharton, Martin Amis, Edmund White, John Le Carré, Marguerite Duras, Hanif Kureishi, Colm Tóibín, Dick Bogarde, Isabel Allende, Salman Rushdie, Allan Hollinghurst, Colleen McCullough, Paul Auster, David Leavitt ou Samuel Beckett. Beckett (sobretudo Happy Days) foi precisamente, como em tempos afirmou, o autor que mais gostou de traduzir.
Quetzal
Breve biografia sobre o tradutor José Vieira Lima extraída do livro “Hotel Silêncio” de Auður Ava Ólafsdóttir, editado pela Quetzal.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/07/IMG_0447.jpg589800porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2019-07-01 14:13:592020-12-20 18:24:29tradutor: josé vieira lima
Livro composto por quatro excelentes contos de Oscar Wilde.
O Fantasma de Canterville
A Esfinge sem Segredo
O Crime de Lorde Arthur Savile
O Milinonário Modelo
Esta edição da Alêtheia Editores falha pela não indicação do tradutor.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2019-06-23 19:03:582019-08-05 13:12:17o fantasma de canterville e outras histórias de oscar wilde
“Um Estranho Numa Terra Estranha” é um livro originalmente escrito em inglês que a páginas tantas tem o seguinte texto:
IN THE VOLANT LAND OF LAPUTA, according to the journal of Lemuel Gulliver recounting his Travels into Several Remote Nations of the World, no person of importance ever listened or spoke without the help of a servant, known as a “climenole” in Laputian-or “flapper” in rough English translation, as such a Servant’s only duty was to flap the mouth and ears of his master with a dried bladder whenever, in the opinion of the servant, it was desirable for his master to speak or listen.
texto na edição original
(…) century and half before they were observed by Terran astronomers, and, secondly, Laputa itself was described in size and shape and propulsion such that the only English term that fits is “flying saucer.”
texto na edição original
A minha primeira leitura do livro “Um Estranho Numa Terra Estranha” foi a edição da Publicações Europa-América de 1982, Livros de Bolso, série Ficção Científica, traduzido por Luísa Rodrigues. Aqui a tradução do termo “flapper” não foi feita.
(…) ou flapper, na tradução inglesa (…)
página 128
Convém referir que a edição publicada pelas Publicações Europa-América não é a história completa, mas a edição que continha cerca de 160.000 palavras. A edição publicada pela Saída de Emergência é a edição completa a rondar as 220.000 palavras.
The earlier edition contained a few words over 160,000, while this one runs around 220,000 words. Robert’s manuscript copy usually contained about 250 to 300 words per page, depending on the amount of dialogue on the pages. So, taking an average of about 275 words, with the manuscript running 800 pages, we get a total of 220,000 words, perhaps a bit more.
perfácio
Ao longo da tradução de Jorge Candeias para a edição da Saída de Emergência vamos lendo:
Aprendera recentemente a falar inglês simples (…)
página 33, volume I
Secretário-Geral: Não preciso dele. Você diz que o Smith compreende o inglês.
página 67, volume I
– Aguenta aí – disse apressadamente Harshaw – O problema está na língua inglesa, não em ti.
página 172, volume I
Mas chegados à parte sobre a terra de Laputa o tradutor escolhe este caminho:
(…) ou «batedor», em tosca tradução para português (…)
página 202, volume I
(…) e uma propulsão que o único termo português que lhe corresponde é o de «disco voador».
página 204, volume I
Numa tradução espanhola de 1996 por Domingo Santos (Plaza & Janés Editores S.A.), temos:
(…) «palmeador» según su traducción aproximada al inglés (…)
Gostava de saber por que o tradutor Jorge Candeias optou pelo caminho de traduzir a palavra “inglês” para “português“.