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fronteiras perdidas por josé eduardo agualusa

Um interessante livros de contos de José Eduardo Agualusa. Alguns catitas, outros supra catitas.

No geral é uma leitura divertida. Peca por ser um livro pequeno – em tamanho.

babilónia por yasmina reza

Tudo começa com uma festa de primavera em casa de Elisabeth e Pierre. Os convidados são sobretudo casais de meia-idade e, de entre eles, os vizinhos de cima formam o mais singular: o homem, Jean-Lino, de ascendência italiana e judaica, é uma pessoa comum, tímida, que conversa frequentemente com a vizinha de baixo; a mulher, Lydie, é uma figura exuberante que canta jazz num bar e é terapeuta em variadíssimas disciplinas new-age. Ainda que tão diferentes, parecem ser um casal relativamente equilibrado e feliz. A noite avança e com ela a festa, bem como a nossa observação dos convivas e seus comportamentos, acentuados pelo álcool, pelo desejo ou pela ocasião social.

Quetzal Editores

Livro delirante. Cínico, escorregadio, perturbador, sarcástico.

Uma boa leitura.

Tradução de Sandra Silva

no interior: “fronteiras perdidas”

Vinheta criada por Rui Rodrigues para o livro “Fronteiras Perdidas” por José Eduardo Agualusa.

no interior: “babilónia”

Arte no interior do livro “Babilónia” publicado pela Quetzal Editores.

A vinheta é de um copo de champanhe – a festa da Primavera.

barroco tropical por josé eduardo agualusa

Uma mulher cai do céu durante uma tempestade tropical. As únicas testemunhas do acontecimento são Bartolomeu Falcato, escritor e cineasta, e a sua amante, Kianda, cantora com uma carreira internacional de grande sucesso. Bartolomeu esforça-se por desvendar o mistério enquanto ao seu redor tudo parece ruir. Depressa compreende que ele será a próxima vítima. Um traficante de armas em busca do poder total, um curandeiro ambicioso, um antigo terrorista das Brigadas Vermelhas, um ex-sapador cego, que esconde a ausência de rosto atrás de uma máscara do Rato Mickey, um jovem pintor autista, um anjo negro (ou a sua sombra) e dezenas de outros personagens cruzam-se com Bartolomeu, entre um crepúsculo e o seguinte, nas ruas de uma cidade em convulsão: Luanda, 2020.

Quetzal Editores

Será uma opinião telegrama. Adorei. Agualusa nunca me deixa de espantar.

no interior: “barroco tropical”

textos narrados no masculino
textos narrados no feminino

mais frescos do que sardinhas

Nesta semana que acaba recebi:

terra incógnita

Terra Incognita é o nome da nova coleção de literatura da Quetzal. Mais do que livros de viagens, com um formato especial, a Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento. O relato de viagens é, provavelmente, o género literário mais comum desde o princípio dos tempos. Hoje, quando o mundo é um gigantesco ecrã onde tudo está já conhecido, a única coisa que nos resta é o espírito da viagem. Se já não vamos à procura do exótico e do belo, nem do irrepetível, esses livros transmitem uma sabedoria que nos devolve a ilusão e a alegria da viagem. Nada mais natural, portanto, do que uma coleção inteira e propositadamente dedicada ao tema – com estes livros, nenhum mapa vai ficar fora da nossa imaginação.

Quetzal Editores

Para quem, como eu, adora literatura de viagens e muito mais, esta será uma colecção imprescindível.

Já tenho na minha lista de compras os livros:

A LISTA DO QUE JÁ FOI EDITADO [1]

  1. O Grande Bazar Ferroviário de Paul Theroux
  2. Breviário Mediterrânico de Predrag Matvejevitch
  3. Banhos de Caldas e Águas Minerais de Ramalho Ortigão
  4. Yoga para Pessoas que não Estão para Fazer Yoga de Geoff Dyer
  5. Canto Nómada de Bruce Chatwin
  6. Viagem por África de Paul Theroux
  7. Teoria da Viagem de Michel Onfray
  8. Danúbio de Claudio Magris
  9. O Velho Expresso da Patagónia de Paul Theroux (já lido noutra colecção da Quetzal)
  10. Viagens Sem Bola de Rui Miguel Tovar
  11. Na Patagónia de Bruce Chatwin
  12. Pela Terra Alheia. Notas de Viagem de Ramalho Ortigão

[1] a actualizar conforme os meus desejos

o vendedor de passados por josé eduardo agualusa

Félix Ventura escolheu um estranho ofício: vende passados falsos. Os seus clientes – prósperos empresários, políticos, generais, enfim, a emergente burguesia angolana – têm o futuro assegurado. Falta-lhes, porém, um bom passado. Félix fabrica-lhes uma genealogia de luxo e memórias felizes, e consegue-lhes os retratos dos ancestrais ilustres.

Quetzal Editores

Pouco a dizer – outro livro memorável por José Eduardo Agualusa.