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príncipe dos espinhos de mark lawrence

Ao longo de quatro anos, Jorg cresce no seio de batalhas sangrentas, amadurece em guerras impiedosas, torna-se um guerreiro cruel e vai ganhando o respeito dos seus irmãos até que se torna o seu líder. Agora, um reencontro vai levá-lo de volta ao castelo onde cresceu e ao pai que abandonou. O que vai encontrar não é o mesmo sítio idílico de que se lembra, mas o príncipe que agora retorna também não é mais a inocente criança de outrora, é o Príncipe dos Espinhos.
Com apenas 9 anos, numa emboscada planeada pelo inimigo para erradicar a descendência real, o príncipe Jorg Ancrath é atirado para dentro de um espinheiro, onde fica preso, com espinhos cravados na sua carne, a ver, impotente, a mãe e o irmão mais novo a serem brutalmente assassinados.
De alma destruída, sedento de sangue e de vingança, Jorg foge da sua vida luxuosa e junta-se a um bando de criminosos e mercenários, a quem passa a chamar de irmãos. Na sua mente há apenas um pensamento, matar o Conde de Renar, o responsável pelas mortes da mãe e do irmão, pelas suas cicatrizes e pela sua alma vazia.

Topseller

Depois de um planeta terra devastado por uma, aparente guerra nuclear, as pistas estão lá, surge milénios depois um mundo de fantasia dilacerado pela guerra. E é neste novo mundo medievo que a personagem Jorg Ancrath percorre o seu caminho de vingança.

Temos uma história bem cadenciada, violenta, até mais violenta do que a A Lâmina, na qual a crueldade é o prato do dia.

A personagem Jorg é amoral, e está bem acompanhado pelos seus “irmãos”, e apesar de ser cruel, maldita desejamos que vença. O mal tem de compensar… às vezes.

Gostei. Foi mais do que catita.

Tradução de Renato Carreira

coisas sonhadas

Não tenho dormido quase nada. A insónia é constante, mais devidos a sonhos que me obrigam a acordar do que a outra coisa qualquer.

E qual o motivo dos sonhos forçarem o meu acordar?

Simples, tenho uma cabeça que quando não entende o que está a passar no mundo de Morfeu me acorda, simples como isso.

Ontem fui obrigado, primeiro a correr 100 metros e 20 minutos e depois 20 minutos em 100 metros e perante isto… pois… acordei!

De seguida tive de fazer umas análises ao sangue, mas as indicações no hospital estavam todas em chinês – perdi-me constantemente e… acordei.

05. referências culturais em sr. mercedes

Continuam os meus registos em tom obsessivo das referências descobertas por mim no livro Sr. Mercedes de Stephen King. Deixei passar outras porque não tinha o telemóvel à mão para tirar foto da página.

Está numa cadeira de rodas, inclinada numa postura que lembra a Hodges O Pensador de Rodin

página 183

o pensador

O Pensador (Le Penseur) é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin.

— Como o Dexter Morgan naquela série de televisão.
Hodges sabe de que série ela está a falar e abana enfaticamente a cabeça. Mas não só porque a série é pura fantasia.

página 200

Dexter Morgan é o anti-herói da série de livros de Jeff Lindsay. Em 2006, o primeiro livro foi adaptado na série televisiva “Dexter”.

(…) aos olhos de Brady, aquilo faz lembrar o gigantesco óvni no final de Encontros Imediatos do Terceiro Grau.

página 281

Close Encounters of the Third Kind (Encontros Imediatos de Terceiro Grau) é um filme americano de 1977 escrito e dirigido por Steven Spielberg, 

Não sabe ao certo quem foi Manet (…), mas os quadros dele são fantásticos. (…) Uma delas mostra um toureiro morto. (…) O toureiro não está ferido nem nada desse género, mas o rasto de sangue oriundo do ombro esquerdo parece mais real do que o sangue de todos os filmes violentos que Brady já assistiu, e ele já viu a sua dose.

página 284

Édouard Manet (1832 — 1883) foi um pintor francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX, considerado como um dos mais importantes representantes do impressionismo francês, embora muitas de suas obras possuam fortes características do realismo.

O Homem Morto (L’Homme mort; originalmente intitulada O Toreador Morto ou Le Torero mort) é uma pintura a óleo sobre tela da década de 1860 realizada por Édouard Manet, produzida durante o período em que Manet estava fortemente influenciado por temas hispânicos.

o homem morto

Pois sim, pensa Hodges. Pois sim. Fecha os olhos e tomba no chão, fazendo lembrar Humpty Dumpty a cair de cima do muro.

página 449

Humpty Dumpty é uma personagem de uma rima enigmática infantil, melhor conhecida pela versão de Mamãe Gansa na Inglaterra. Ela é retratado como um ovo antropomórfico, com rosto, braços e pernas. Esta personagem aparece em muitas obras literárias, como Alice Através do Espelho de Lewis Carroll.

Humpty Dumpty sat on a wall,
Humpty Dumpty had a great fall.
All the king’s horses and all the king’s men
Couldn’t put Humpty together again

o que menos me preocupou foi a cor do sangue dela

O que menos me preocupou foi a cor do sangue dela: vermelho como todos. O problema que se me colocava era como retirar o corpo do apartamento sem ninguém descobrir. Não sendo canibal, comê-la estava fora de questão. A solução estava em fazê-la desaparecer sem sair do apartamento. Através de ácidos na banheira – vulgar. Sentei-me e olhei para o peixe vermelho que dentro da bola de vidro gozava comigo. E nesta altura a solução surgiu com mais naturalidade do que uma erecção. Um aquário de 150cm é uma decoração sempre elegante e ainda mais se estiver habitado por certos peixes.


Uma história com exactamente 101 palavras.

moonshine: comboio do tormento, vol. ii de azzarello e risso

Com este segundo volume termina-se em grande esta obra. Realmente excelente. O primeiro volume já deu cartas, este oferece o baralho todo.

Outra banda desenhada de extrema qualidade editada pela G Floy.

moonshine: sangue e whisky, vol. I de azzarello e risso

Moonshine de Brian Azzarello e Eduardo Risso, editado pela G Floy, é uma banda desenhada brutal – nos desenhos e nos textos.

Sublime!

32

32 é o número de dádivas de sangue que dei até ao presente. É um número agradável e que faz criar um sorriso.

venda de sangue

Qual a minha surpresa, mas não total, era mais que previsto, ao ver em Barcelos a primeira loja franchisada de compra de sangue e de órgãos.
Como estava a ser sangrado pelo Estado mais que “social“, pelos bancos e outros parasitas, sem a aplicação de um qualquer hirudo medicinalis ao melhor estilo medieval, até que perdi qualquer vontade de viver, vender um pulmão e um rim para liquidar a totalidade dos meus débitos foi uma decisão fácil de tomar.

Vi-me passados 30 dias com uma conta do hospital impossível de suportar. Hoje venderei o meu coração para ser cremado e atirado aos quatro ventos.

’tá-se bem!

— Já estás a pé? — perguntou a minha mulher com a surpresa estampada em cada palavra.
— Claro, vou hoje fazer as análises.
— Olha que parece com essa pressa toda que estás atrasado para uma festa.
— A minha bexiga cheia nem te responde… minha menina.
— E tens certeza que esse laboratório já está aberto a esta hora? — a fêmea alfa estava muito inquisitiva — Podes sempre ir àquele laboratório junto à igreja de Santo António.
— Está aberto. E se por qualquer motivo tipo terramoto, peste bubónica, estiver fechado, podes ter a certeza que verto o meu litro e meio de urina logo ali no primeiro pilar à bobi.

Fora de casa acelerei o passo e em menos de 2 minutos estava a empurrar a porta, a apresentar a requisição, a receber de oferta um contentor plástico de urina, a dirigir-me à velocidade da luz para uma casa de banho ultra equipada. Aí em saltinhos cada vez menos espaçados, abri a braguilha, coloquei o pénis em posição, rasguei o plástico protector, rodei a tampa do contentor, e ufaaaaaaaa, finalmente, apontei a mangueira e disparei com imensa satisfação o líquido segregado pelos rins; quando o contentor de plástico estava pelas caniças apertei a mangueira para suspender a expulsão de urina e apontei para o urinol o restante litro e trinta decilitros…

sangue

a extracção de sangue

e lembrei-me, enquanto entregava o contentor de plástico a 37% graus, que as mulheres têm um controlo perfeito, mesmo militar sobre a bexiga: urinam, param, retocam a maquilhagem, reiniciam, conversam de futebol, param, vão tomar um chã, fazem sudoku, reiniciam ad eternum

Seguiu-se a extracção de sangue para as análises. Aí fiz birra porque a técnica não me deixou gritar para assustar o pessoal que estava na sala de espera. Nem um gemidinho à rato pude lançar.

Triste sina a minha, nunca me deixam fazer o que quero.