o galo de barcelos no panteão nacional

No porta VIII descobrimos em primeira mão que o Galo de Barcelos vai ser transladado para o Panteão Nacional. Os grupos parlamentares PSD, CDS-PP, PS, PCP, BE e “Os Verdes” aprovarão a 13 de Setembro por unanimidade conceder esta honra. O PAN irá contestar esta decisão porque e segundo palavras do seu porta-voz “muito antes do Galo temos o Leitão da Bairrada.”

O percurso irá começar nas ruínas do Paço dos Condes de Barcelos, e irá até ao Panteão Nacional. No Panteão, a RTP emitirá a cerimónia de concessão de honras.

A história e a carreira do “Galo”
O Galo filho de mãe incerta e de pai incógnito desde pequeno revelou uma enorme sagacidade. A sua perspicácia transportou-o mais assado do que assim para a mesa de um ilustre magistrado. Aí ergueu-se majestoso proclamando a inocência de um galego.

Mais tarde, depois do Galo ter percorrido meia Europa em digressões de ventriloquismo, regressou à terra que o viu assar. Faleceu com trinta e dois anos. Numa cerimónia modesta foi enterrado aos pés do Cruzeiro do Galo.

Encomende AGORA a máscara comemorativa.

Eu já estou preparado para a ocasião.

eibonvale press

Eibonvale Press is a small press run by a writer, artist and reader who loves books – It’s as simple as that. It is not intended to be particularly commercial or make large sums of money for me or anyone concerned (though it would be nice if it did, of course!), but it aims to produce beautiful and lovingly-designed editions of excellent writing in modern horror, magic realism and the surreal.

extraído do site da editora

Até há data todos os livros publicados pela Eibonvale Press, e lidos, não me têm desiludido.

i wrote you a beautiful poem

English version:
l wrote you a beautiful poem
that I tore in pieces.
You can possess my body,
But never the soul.

Chinese version:
我寫你一個美麗的詩
我撕毀了成小塊。
你可以擁有我的身體,
但從來沒有靈魂。

eu temo o dia em que a tecnologia ultrapassar a interactividade humana

Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapassar a interactividade humana.

Não existem registos de que Albert Einstein alguma vez tenha dito isto.

Nem no livro, The Ultimate Quotable Einstein, Edited by Alice Calaprice, Princeton University Press, Princeton, New Jersey (2010), a citação aparece.
É um boato que vai ser perpetuado ad nauseam porque fica bem.

coisas de julho, 2017

As leituras de alguns fins-de-semana e não só.

Um pouco de banda desenhada:

  • Mulher-Maravilha: Um por todos de Christopher Moeller – segundo volume da colecção Mulher-Maravilha da Levoir/Público. Uma história muito mais divertida do que a do primeiro volume.
  • Ronin de Frank Miller – já lido na edição brasileira. Contente por ter esta maravilha artística num excelente álbum. Infelizmente na lombada o Ronin foi baptizado de Ronnie.
  • Velvet #1 de Ed Brubaker e Steve Epting – relido para mergulhar sem complicação nos restantes álbuns.
  • Velvet #2 de Ed Brubaker e Steve Epting – excelente ao quadrado.
  • Velvet #3 de Ed Brubaker e Steve Epting – excelente ao cubo.
  • Homem-Aranha: Exposição Negativa de Brian K. Vaughan e Staz Johnson – outra adorável leitura.
  • Batman, Uma História Verdadeira de Paul Dini e Eduardo Risso – muito boa.
  • Hulk: Guerra Mundial de Greg Pak e John Romita, Jr. – poderosa. Adorei.
  • Mulher-Maravilha: A Hiketeia de Greg Rucka e J. G. Jones – muito bom
  • Mulher-Maravilha: Homens e Deuses de George Pérez, Greg Potter e Len Wein – excelente
  • Mulher-Maravilha: Deuses de Gotham de Phil Jimenez e J. M. De Matteis – adorei. De uma forma geral foi uma colecção agradável.
  • Sonhos Maus de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières – primeira história da colecção Valérian. Foi uma deliciosa releitura.
  • A Cidade das Águas Movediças de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières

Outras coisas mais.

o francoatirador paciente de arturo pérez-reverte

Sniper é uma lenda viva no mundo da arte de rua. Subversivo e omnipresente na tela urbana, ninguém conhece a sua identidade, poucos terão visto o seu rosto, não há relatos do seu paradeiro. Quem é o verdadeiro Sniper por detrás deste enigma que o mistifica? É um heroico cruzamento de Salman Rushdie e Banksy, um justiceiro solitário? Ou um terrorista urbano, um egomaníaco cujas ações já se revelaram fatais?
Alejandra Varela, especialista em arte, decide seguir os passos deste homem sem lei. Uma mira telescópica de francoatirador assina todos os trabalhos de Sniper, e é essa mira que leva Alejandra a infiltrar-se no submundo de Madrid e Lisboa, Verona e Nápoles. Cidades que são os campos de batalha prediletos deste caçador solitário. Mas, a coberto das sombras, uma outra pessoa aguarda para descobrir o paradeiro de Sniper, embora as suas motivações sejam bem diferentes…
Segue-se um formidável duelo de inteligências, um jogo de perseguição entre caçador e presa cujo final é, no mínimo, surpreendente.

Edições Asa

Livro lido neste fim-de-semana – ufa!

Gostei. Sim gostei.

o tango da velha guarda de arturo pérez-reverte

1928. No salão deserto e silencioso de um transatlântico que navega pela noite dentro, um casal dança um tango ainda por escrever…
Ela é Mecha Inzunza, uma mulher enigmática e melancólica. Ele é Max Costa, um elegante fura-vidas. Rumam a Buenos Aires, onde Armando de Troeye, marido de Mecha e músico afamado, enfrenta um extravagante desafio. Ao abrigo das ruelas lúgubres e ilícitas da cidade, nasce entre Mecha e Max uma história de amor arrebatadora que será precocemente interrompida. Voltarão a encontrar-se apenas duas vezes ao longo das suas vidas.

Em 1937, numa intriga de espionagem na Riviera Francesa, um dos destinos preferidos da alta sociedade europeia. E em Sorrento, 1966, durante uma inquietante partida de xadrez. Aqui, o tempo é já de nostalgia. O jogo dos amantes está perto do fim. A sua paixão acompanhou o esplendor e a decadência da Europa do século XX e transcendeu o tempo e a distância. Sempre presente e sempre impossível.

Dois amantes dotados de um carisma apenas possível aos grandes personagens de ficção. O século XX como cenário teatral onde decorrem paixões, intrigas, aventuras e reencontros.
Esperança e nostalgia. Luz e sombra. Arturo Pérez Reverte escreveu um romance trepidante e criou com Mecha Inzunza uma heroína épica e definitiva.

Edições Asa

Outro livro de Arturo Pérez-Reverte que teve de ser lido de rajada. Só se tem sossego quando se chega ao fim da leitura e nem assim – existem sensações que perduram.

História fascinante. Personagens memoráveis. O mar marca a sua presença e, também, o xadrez.

Escritor que ainda não me desapontou.

macaco não vê, macaco não ouve

A ignorância é uma bênção. É a melhor bênção. Não ouvir certa(s) coisa(s), não ver outra(s) tanta(s) é espectacular sossego. Quando não tenho conhecimento de algo, de um acontecimento como me posso aborrecer? Não é e não será possível; uma maravilha certo?

Num mundo em que a informação nos entra pelos poros sem pré-aviso é saudável viver alheado.

Alheado e em tom de cinzento é o meu novo lema.

em tom cinzento

Se existem pessoas preocupadas com as cores que transportam coladas ao corpo eu não sou uma delas. Não vejo necessidade de perder tempo a combinar a camisola com as calças, as calças com as sapatilhas, as sapatilhas com a camiseta, a camiseta com o chapéu. Por isso, e desde que descobri que o cinzento combina com o meu branco pálido, estou a trocar as minhas roupas, quando estas atingem o prazo de validade, apenas por indumentária cinzenta.

E, ainda, estou a ir mais longe, sem sair do lugar, ao adquirir peças de roupa iguais. Objectivo? Aumentar a colecção da igualdade.

Ah, que sossego.

coisas de junho, 2017

As leituras de alguns fins-de-semana e não só.

Um pouco de banda desenhada:

  • Airborne 44 – o segundo díptico, composto pelos álbuns Omaha Beach e Destinos Cruzados, revelou-se superior ao díptico anterior. Adorei esta aventura
  • Airborne 44 – o terceiro díptico, composto pelos álbuns Se é Preciso Sobreviver e Inverno das armas, foi o díptico que menos gostei. Fiquei um pouco desapontado.
  • Tokyo Ghoul #7 de Sui Ishida – volume brutal. Sanguinário.

Um pouco de outras coisas mais:

  • Hereges e Heróis de Thomas Cahill – muito bom. Muito bom mesmo.
  • A Sétima Função da Linguagem de Laurent Binet – que leitura adorável. Belo. Surreal. Real. Majestoso.
  • Furiosamente Feliz de Jenny Lawson – Divertido. Tocante. Mas não me entusiasmando por aí além.
  • O Alquimista – Os Segredos de O Imortal de Nicholas Flamel de Michael Scott – já tinha lido este livro na altura da sua edição em Portugal (2008). Chegou a altura de terminar a leitura desta saga e para isso foi necessário ler o primeiro.
  • O Mágico – Os Segredos de O Imortal de Nicholas Flamel de Michael Scott – leitura para relaxar.
  • Lágrimas na Chuva de Rosa Montero – lido. Excelente. Bom. O segundo livro que leio com Bruna Husky – coisa boa.

a nova remessa

  • A Rainha do Sul de Arturo Pérez-Reverte – outro livro de um escritor que nunca me desiludiu. O mar é quase, sempre, uma personagem que inspira, consola, amarga a vida das personagens. Arturo Pérez-Reverte oferece outra história bem tecida, cativante, viciante – paixão em estado puro e duro. Personagens hipnóticas – brilhante!