Lido em 1986 e fiquei mais do apaixonado pelo livro. Foi um marco nas minhas leituras de ficção científica.
Relida desta feita a versão integral e as sensações, confusões, indagações, crepitações, lacerações e outras tantas aliterações causadas resultaram numa leitura fantástica.
Tradução de Jorge Candeias
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2019-03-25 11:09:092021-01-26 16:44:05um estranho numa terra estranha de robert a. heinlein
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2019-03-22 19:30:472019-12-26 10:45:09mais frescos do que sardinhas
“Um Estranho Numa Terra Estranha” é um livro originalmente escrito em inglês que a páginas tantas tem o seguinte texto:
IN THE VOLANT LAND OF LAPUTA, according to the journal of Lemuel Gulliver recounting his Travels into Several Remote Nations of the World, no person of importance ever listened or spoke without the help of a servant, known as a “climenole” in Laputian-or “flapper” in rough English translation, as such a Servant’s only duty was to flap the mouth and ears of his master with a dried bladder whenever, in the opinion of the servant, it was desirable for his master to speak or listen.
texto na edição original
(…) century and half before they were observed by Terran astronomers, and, secondly, Laputa itself was described in size and shape and propulsion such that the only English term that fits is “flying saucer.”
texto na edição original
A minha primeira leitura do livro “Um Estranho Numa Terra Estranha” foi a edição da Publicações Europa-América de 1982, Livros de Bolso, série Ficção Científica, traduzido por Luísa Rodrigues. Aqui a tradução do termo “flapper” não foi feita.
(…) ou flapper, na tradução inglesa (…)
página 128
Convém referir que a edição publicada pelas Publicações Europa-América não é a história completa, mas a edição que continha cerca de 160.000 palavras. A edição publicada pela Saída de Emergência é a edição completa a rondar as 220.000 palavras.
The earlier edition contained a few words over 160,000, while this one runs around 220,000 words. Robert’s manuscript copy usually contained about 250 to 300 words per page, depending on the amount of dialogue on the pages. So, taking an average of about 275 words, with the manuscript running 800 pages, we get a total of 220,000 words, perhaps a bit more.
perfácio
Ao longo da tradução de Jorge Candeias para a edição da Saída de Emergência vamos lendo:
Aprendera recentemente a falar inglês simples (…)
página 33, volume I
Secretário-Geral: Não preciso dele. Você diz que o Smith compreende o inglês.
página 67, volume I
– Aguenta aí – disse apressadamente Harshaw – O problema está na língua inglesa, não em ti.
página 172, volume I
Mas chegados à parte sobre a terra de Laputa o tradutor escolhe este caminho:
(…) ou «batedor», em tosca tradução para português (…)
página 202, volume I
(…) e uma propulsão que o único termo português que lhe corresponde é o de «disco voador».
página 204, volume I
Numa tradução espanhola de 1996 por Domingo Santos (Plaza & Janés Editores S.A.), temos:
(…) «palmeador» según su traducción aproximada al inglés (…)
Gostava de saber por que o tradutor Jorge Candeias optou pelo caminho de traduzir a palavra “inglês” para “português“.
Quase profético, porque depois de ter mencionado que existem obras por demais superiores à saga “Guerra dos Tronos” por George R. R. Martin, foi editado pela Bertrand em Março de 2019 o primeiro volume da Roda do Tempo por Robert Jordan – obra maior de fantasia.
Assim para quem se cansou de esperar, e naturalmente, para quem adora ler da melhor fantasia que se escreveu até hoje, pelo dois últimos livros da tal saga “Guerra dos Tronos” (o quinto volume saiu em 2011) e pelo último volume da trilogia “O Nome do Vento” por Patrick Rothfuss (o segundo volume saiu em 2011). Oito anos!
Para quem desejar mergulhar nesta obra maravilhosa e completa tem agora a sua oportunidade.
“O Olho do Mundo” por Robert Jordan já pode ser adquirido e lido.
Assim e a correr bem teremos os 14 livros editados.
The Eye of the World (1990) | O Olho do Mundo
The Great Hunt (1990) | A Grande Caçada
The Dragon Reborn (1991)
The Shadow Rising (1992)
The Fires of Heaven (1993)
Lord of Chaos (1994)
A Crown of Swords (1996)
The Path of Daggers (1998)
Winter’s Heart (2000)
Winter’s Heart (2003)
Knife of Dreams (2005)
The Gathering Storm (2009) [1]
Towers of Midnight (2010) [1]
A Memory of Light (2013) [2]
[1] concluído por Brandon Sanderson [2] concluído por Brandon Sanderson e com epílogo por Robert Jordan
A Roda do Tempo pela Bertrand
O Olho do Mundo
A Grande Caçada
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2019-03-19 11:18:332020-01-20 14:41:17roda do tempo
Terra Incognita é o nome da nova coleção de literatura da Quetzal. Mais do que livros de viagens, com um formato especial, a Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento. O relato de viagens é, provavelmente, o género literário mais comum desde o princípio dos tempos. Hoje, quando o mundo é um gigantesco ecrã onde tudo está já conhecido, a única coisa que nos resta é o espírito da viagem. Se já não vamos à procura do exótico e do belo, nem do irrepetível, esses livros transmitem uma sabedoria que nos devolve a ilusão e a alegria da viagem. Nada mais natural, portanto, do que uma coleção inteira e propositadamente dedicada ao tema – com estes livros, nenhum mapa vai ficar fora da nossa imaginação.
Quetzal Editores
Para quem, como eu, adora literatura de viagens e muito mais, esta será uma colecção imprescindível.
Félix Ventura escolheu um estranho ofício: vende passados falsos. Os seus clientes – prósperos empresários, políticos, generais, enfim, a emergente burguesia angolana – têm o futuro assegurado. Falta-lhes, porém, um bom passado. Félix fabrica-lhes uma genealogia de luxo e memórias felizes, e consegue-lhes os retratos dos ancestrais ilustres.
https://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.png00porta VIIIhttps://portaviii.barcelos.info/blog/wp-content/uploads/2019/01/logo-portaviii.pngporta VIII2019-03-17 17:44:272020-10-13 15:28:55o vendedor de passados por josé eduardo agualusa