mab invicta – i festival internacional de multimédia, artes e banda desenhada
Mencionei por diversas vezes o meu pessimismo quando ao festival. O que não deixou de ser positivo porque acima deste patamar de negativa exigência o que viesse à rede seria sempre bom peixe.
Aviso à Navegação
Tenham medo, muito medo!!
Estes tipos são geralmente muito melgas! Esquisitos!
Fazem dieta a beber cerveja e esquecessem com facilidade de livros.
Contudo antes de falar do festival irei tratar do almoço. Como sempre chego a horas a qualquer compromisso excepto se me atrasar.
Assim, convido os leitores deste blogue para o dia 10 de Março, à hora de almoço (12:00), para uma supimpa refeição num dos restaurantes que ficam junto à Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde se irá realizar o 1º festival de BD MAB Invicta!
Retirado do blog Leituras de BD
Reparem nas 12h00.
“Boa Tarde, venho aqui para um almoço que deve estar reservado.”
“Não tenho reservas para hoje, mas amanha tenho um almoço para cerca de 25 pessoas.”
“Não me diga que me enganei no dia.”
Saí do restaurante a pensar em que dia seria o almoço e que dia seria hoje. Sem me preocupar muito, sou a calma gélida em pessoa, ligo-me à net via Nokia x6 e não tenho saldo. Vou carregar o dito cujo e enquanto deslizo pela rua em direcção ao Jardim de São Lázaro para me preparar para consultar a net ouço “SENHOR! SENHOR!” À porta da churrascaria fui informado que alguém, o negativo de mim, magro!, tinha feito agora mesmo a reserva para as… 13h00. Fiquei contente e com fome. Sentei-me num banco do jardim e escrevi mais um conto, ou uma flash story como quiserem.
O almoço foi bastante saudável: batatas fritas, arroz, cerveja diluída em 7up, molho picante, azeitonas e para quem está preocupado com uma boa dieta bifes de frango grelhados. Os comensais foram o nec plus ultra do dia; valeu a pena a ida ao Porto só por isso.
E quanto ao Mab Invicta?
Se não houvesse um farol diabólico a indicar o caminho não iria descobrir a entrada do festival. Certamente as sinalizações foram levadas pelo vento que não se fazia sentir ou eram insuficientes, ineficazes, ridículas.
O que realço de toda a organização e a ausência total de organização.
Acho que os convidados portugueses e estrangeiros mereciam outro tratamento. Os livros eram vendidos in loco e in persona pelos autores – foi, como diz o meu filho, podre! Descobri a sala das exposições por acaso. E vi pessoal sentado mais perdido do que eu. Mas nem tudo correm mal, houve vinho do Porto.

exposição – vista geral
Para um sujeito que não tem tido a oportunidade de frequentar estes antros de nerds a experiência foi agradável. Falando dos autores presentes e sem ofender ninguém: o pessoal da Zona é podre de bom, Filipe Melo é um cromo, positivamente, raro, aquele cromo que vale a colecção inteira, João Mascarenhas foi uma grande e literal surpresa, Mário Freitas vende-se bem. Sei que me esqueço de alguém, mas contra isto não posso fazer nada: os comprimidos já vieram tarde.
O contacto humano bombou a 110%. E Gostava de ver uma segunda MAB Invicta mais madura para o próximo ano.
“E quanto ao mab invicta?”
Lamento imenso que se tenha perdido num espaço tão simples de perceber, pelo menos para uma pessoa com ‘dois dedos de testa’.
De qualquer modo existia sempre um ‘desorganizado’ da organização identificado para o ajudar a encontrar os seu próprios sapatos se assim o deseja-se (ou pergunta-se).
Lamento também falta de organização, assim como o seu negativismo para com um evento de orçamento “0”, que contava com alguns apoios de divulgação, parcerias “troca de favores” e vinho do Porto fornecido pela Niepoort. E que conta também com despesas que se tenciona cobrir com as entradas.
Falando em tratamento dos autores, penso que está muito mal informado acerca disso. Pode sempre contactar a Melinda Gebbie, Lars Henkel ou outros convidados se acharam podre a sua estadia financiada pela Niepoort na quinta do Visconde de Chanceleiros.
http://www.chanceleiros.com/
Também gostava de ver o festival mais maduro numa segunda edição, mas é difícil receber criticas destrutivas que dificultam o progresso e o colmatar de vário erros assumidos pela organização.
O que está por trás de um festival, os seus apoios e essencialmente a falta deles, das dificuldades em realizar festivais, apesar de ter sido bem informado por Mário Freitas no dia da minha visita disso, é para mim como visitante irrelevante. Como visitante sinto o festival como ele me é oferecido.
Quando falei do tratamento dos autores referi-o no contexto do festival. Gostei de descobrir sozinho após perguntar a David Hine como obtinha o “Strange Embrace”. Comprei-o a ele, que não tinha troco, mas esperei na boa, enquanto se arranjava entre os autores estrangeiros uma nota para me devolver. Tive dificuldade em falar com eles enquanto se dedicavam à venda, a procurar nos bolsos. O tratamento fora festival é-me, e repito-me, irrelevante. Se ficaram instalados em hotel 5 estrelas, se vieram de bicicleta, ou saber o que comeram sinceramente não me interessa.
O que interessa é as impressões que colhi no local do festival. E o que me foi oferecido? Uma má organização nos espaços físicos, a parca sinalização para quem não tem “dois dedos de testa”.
E apesar de me considerar uma pessoa com “dois dedos de testa” após perguntar por três vezes a diferentes “desorganizados” da organização identificados se existiam mais espaços para visitar as respostas variavam entre “no piso de cima” ou “no piso de baixo” dependendo da minha posição.
A minha critica não é destrutiva, é, apenas uma critica ao estilo copo meio vazio ou meio cheio – depende do estado de espírito com que é lida. Vejo que a sentiu dolorosamente no mau sentido. A minha opinião balanceia, mas no final tem de admitir é uma opinião globalmente positiva. Se assim não fosse terminaria dizendo “não contem comigo para visitar outro MAB”.
Se sou inicialmente pessimista é uma característica minha. Com isso nunca saio insatisfeito, evito desilusões e só obtenho satisfações. É um saudável mecanismo de defesa que a mim só me diz respeito. Estou no meu direito de dizer que ia pessimista e concluir que adorei o contacto humano a 110% e que gostava de ver uma segunda MAB.
Não destruí o trabalho de alguém, opinei em várias direcções. Agradeço o vosso empenho, a vossa coragem em realizar este festival. E o que deve ficar retido do meu post acima de tudo é a forma como o termino:
Esta frase está impregnada de uma carga positiva imensa – acho eu!
Boa tarde,
Sendo o prinvipal responsável pelo Mab, serei o primeiro a falar das suas incidências e consequências no seu devido tempo.
Grato pela divulgação e pelas palavras.
Jorge Grator Ferreira:
Quer um chá? Parece-me precisado.
enxofre
Nota: Desculpa Paulo, mas tive mesmo de oferecer chá, é esta minha veia de diabba-tia de Cascais.
sem stress. 🙂
diabba:
não me parece que saiba do que preciso… mas certamente do que a “diabba” está a precisar. talvez para si “os dois dedos de testa” era mais indicado… ou talvez meter-se apenas no que lhe diz respeito…
A menos que esse “quer chá…” tenha sido um convite. mas envie-me primeiro uma foto para ver se vale pena
Sr. Paulo Brito:
ignorando o meu ponto de vista (que mantenho) em relação ao post, retiro a minha expressão insultuosa e rude dos “dois dedos de testa”…
… e face à sua necessidade principal… numa próxima edição vamos facultar trocos aos artistas para que não tenha efectivamente de esperar pelo troco.
“A minha opinião balanceia, mas no final tem de admitir é uma opinião globalmente positiva.”
considere admitido… espero que isto não deite por terra o convite para o chã da Sra. dna. “diabba”
Não é minha intenção que este debate se eternize, mas tenho de ainda acrescentar isto.
Não deixa de ser, sempre, tristemente, interessante, que a linguagem e o conteúdo das respostas, de pessoas ligadas a um qualquer evento, ou um autor sobre a sua obra, a uma opinião conseguem dar mais uma má imagem do evento e/ou da obra, que a opinião inicial, pela falta de ausência de espírito crítico, pela ausência de uma postura institucional.
Não deixa de ser, sempre interessante, que o fica retido no final é a incongruência das respostas ao “estilo falsa virgem ofendida“.
Não deixa de ser, sempre interessante, que as respostas dão mais importância ao acessório do que ao essencial. A emenda acaba geralmente por ser sempre pior do que o soneto.
O que só valida
Mais duas fotos.
