hino à gloriosa pátria e seus habitantes!

Entre Outubro de 1986 e Outubro de 1987 escrevi este tresloucado texto. Saiu no Barcelos Popular n.º 259 de 22 de Outubro de 1987.
O texto não faz muito sentido; eu devia estar completamente pedrado.

hino à gloriosa pátria e seus habitantes!

Mas que sei eu passado que são estes anos todos.

schadenfreude

After reading so many books most of them do not provide any surprise.
Of course now I demand from a book much more than I required a few years ago. And it was spectacular that “Schadenfreude” by Chris Kelso has astonished me positively. It is a book that don’t leave me indifferent – one great good thing!

“Books are well written or badly written. That is all.” – “Schadenfreude” by Chris Kelso is well written, period.

And why it continues on my bedside table to be re-read from time to time? As Kafka said “I think we ought to read only the kind of books that wound and stab us. If the book we are reading doesn’t wake us up with a blow on the head, what are we reading it for? …” – that’s why!

It was one of the best purchases of this year.

my top 25 + 2 science fiction writers

My top list of fictional science fiction writers and one or two books (or series of books):

  1. Brian Aldiss
    1. Earthworks
  2. Jack Vance
    1. The Demon Princes
  3. Ray Bradbury
    1. Fahrenheit 451
    2. The Martian Chronicles
  4. Italo Calvino
    1. The Cloven Viscount
    2. The Nonexistent Knight
  5. Ursula K. Le Guin
    1. The Left Hand of Darkness
    2. The Dispossessed
  6. Gene Wolfe
    1. The Book of the New Sun
  7. Michael Moorcock
    1. Behold the Man
    2. Elric of Melniboné
  8. Philip José Farmer
    1. Dayworld
  9. Robert A. Heinlein
    1. Stranger in a Strange Land
  10. Gordon R. Dickson
    1. Childe Cycle
    2. Time Storm
  11. Isaac Asimov
    1. The Foundation
  12. Joe Haldeman
    1. The Forever War
  13. Philip K. Dick
    1. Ubik
  14. Arthur C. Clarke
    1. The Fountains of Paradise
  15. H.G. Wells
    1. The Island of Dr. Moreau
  16. Jules Verne
    1. 20,000 Leagues Under the Sea
  17. Orson Scott Card
    1. Ender’s Game
  18. Alfred Bester
    1. The Stars My Destination
    2. The Demolished Man
  19. Neal Stephenson
    1. Snow Crash
  20. Frederick Pohl
    1. HeeChee Saga
  21. Robert Silverberg
    1. Majipoor
    2. The Man in the Maze
  22. E. E. “Doc” Smith
    1. Lensmen
    2. Skylark
  23. Stanislaw Lem
    1. Solaris
    2. Return from the Stars
  24. L Ron Hubbard
    1. Battlefield Earth
  25. James Blish
    1. After Such Knowledge
  26. Connie Willis
    1. Doomsday Book
  27. Aldous Huxley
    1. Brave New World

vamos aprender, outra opinião!

A opinião? mais contundente feita por uma nova leitura do álbum “Vamos Aprender”. Qualquer lapso de memória é da minha inteira responsabilidade:

— pai, afinal desenhas muito bem!
— por que dizes isso?
— o crocodilo do Para a Margarida
— ó rapariga isso é a dedicatória dos autores: a Aida Teixeira e o Carlos Rocha, ele é que desenhou… já te tinha explicado isso.
(…)
— pai, como é possível o crocodilo ser tão lindo e ser o mau da história?
— este rato é demais, não é nojento como o rato morto da tua fotografia… afinal é nojento…
— repete-me lá isso…
— está a roer o pincel com os dentes, muito pouco higiénico não é pai?
— o leão faz um cara divertida, mas não deve ser bom ser mordido por um crocodilo.
— Margarida deves ler a história seguinte e não andares a saltar as folhas.
— é um livro de crianças, não é pai?
— sim é…
— então pai esta criança que faz anos HOJEEEE lê como uma criança do Japão (e soltou um valente gargalhada).
— a abelha é linda, mas continuo com medo de abelhas.
— quem esta menina das fotografias?
— é a filha da Aida Teixeira, a responsável pelos textos do livro.
— ah! é por isso que este senhor é o desenhador…
— como…?
— a menina não sabe desenhar muito bem.
— ó pai… és pitosga… (riso) pitosga…
– lê o livro e deixa-me em paz, pode ser?
— pitosga…
— Margarida…
(…)
— estás a ler ou a ver só os desenhos?
— estou a ler pai.
— é que não te ouço.
— ó pai, não és a minha professora por isso não preciso de ler alto.
— mas estás a ler mesmo, certo?
— zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz claro.
— se tiveres dificuldade pede ajuda, ’tá bem?
— ó pai já estou no 2º ano
(…)
— ó pai só tem quatro histórias!

a porta dos infernos

A Porta dos Infernos por Laurent Gaudé (edição pela Porto Editora) foi lido no decorrer do dia de ontem. É um daqueles livros que tinha para ler e que era preterido em relação a outros.

Já sabia antes de o começar a ler que ia gostar dele, não sabia que seria uma leitura vertiginosa. A Porta dos Infernos é um livro sobre a morte, o desespero, o esquecimento, a fragilidade dos sentimentos, mas acima de tudo sobre a importância da vida. Não me deixou indiferente; é um livro muito bem escrito e profundamente perturbador.

O Pintor de Batalhas por Arturo Pérez-Reverte foi outros dos livros que me conseguiu abalar – no bom sentido. Contudo A Porta dos Infernos é uma leitura mais sufocante.

E estas palavras ditas por Schmidt no filme “About Schmidt” podem quase explicar um pouco do que foi lido.

Relatively soon, I will die. Maybe in 20 years, maybe tomorrow, it doesn’t matter. Once I am dead and everyone who knew me dies too, it will be as though I never existed. What difference has my life made to anyone. None that I can think of. None at all.

About Schmidt

vamos aprender, a moral da história!

Este livro, “Vamos Aprender”, está rotulado com um livro de banda desenhada para crianças o que é uma estratégia de marketing perfeita. Como sabemos existe, sempre, uma criança dentro de cada um de nós; a criança dentro de mim tem a sorte de ter muito espaço para brincar. Pelo que fica dito é um álbum para todos.
Se existir alguém que já não tem uma criança dentro de si estaremos com toda a naturalidade perante um sociopata.

E quanto ao livro? Vale a pena o investimento? As histórias têm moral? O desenhador sabe desenhar? E sem espanto o sim surge com naturalidade.

Gostei das histórias que li.

vamos aprender

vamos aprender

Destaco em primeiro lugar o facto de as palavras usadas serem “normais” e não descerem para o patamar do facilitismo “porque poderá haver crianças que não percebem certos termos”; há muita boa gente que parte de principio de que as crianças ou são estúpidas ou não precisam aprender o gosto pelo aprender. Neste aspecto aplaudo, Aida Teixeira, a autora dos textos.

Em segundo lugar os desenhos estão simplesmente excelentes e podem “quase” ser lidos sem o recurso às palavras. Façam esse exercício, é divertido. Não exagerando nos pormenores, alguns estão lá a personalizar cada prancha, como a joaninha e o caracol com a faixa “FIM”, Carlos Rocha criou pranchas perfeitas.

O melhor exemplo é a primeira prancha do álbum. Aí temos a imagem, o texto e a legendagem por Mário Freitas – poderosa combinação!

Um livro que recomendo vivamente.

twisthorn bellow

Portugal had a director who made a film to be displayed on any radio station. Wales has a writer able to write a book filled with special effects. As a reader of Twisthorn Bellow I had always the fear of being slurped into the book.

Twisthorn Bellow has wonderful characters, strange, intelligent and capable of deceive any great detective such as Sherlock Holmes or even a Sam Vimes.  However any resemblance to an Inspector Clouseau, a Jules Maigret, or a Vidocq is a sort of literary accident.

Twisthorn Bellow is full of music: simply turn any page. The book must have a headphone socket – a fault of the author.

With this book Rhys Hughes reveals the symptoms of a disease that allows him to create stories delusional, crazy, comical; he is a unusual guy I suppose.

as sabrinas

Ao meu lado estavam a falar de Sabrinas. Que estão em saldo. Nunca pensei que o preço das prostitutas Sabrinas, que deve ser um espécie de classe dentro da classe (desconheço), fosse, assim como que, discutido para qualquer ouvido escutar.

phyrne devant l'aréopage

phyrne devant l’aréopage por jean léon gérôme

Fico feliz pela desenvoltura ética, mas preocupado pela crise estar a chegar até às economias ditas de paralelas.

link arms with toads!

Whether you are a ghost, a robot or just an apeman, you can always link arms with toads!

rhys hughes

rhys hughes

I finished reading the book “Link Arms With Toads!” and I have nothing to say that has not already been said. I’m afraid to write that is an excellent book, when the book can just be super hyper mega or even absurdly good. Are complicated issues for which I have no answer.

I even drank a gin, followed by a coffee; eat a cake, three meatballs; then finished the brunch with a anise tea to stay with the ideas more clearer, but everything comes to this: the guy knows how to convince that he knows to write.

What makes me pose the question who is Rhys Hughes? Certainly an alien. Remotely akin to a lunatic. Which leads me to a conclusion. Everything he writes can only be understood through the silence of the goblin in charge of managing the parallel lines.

The photo placed on the right is the proof of everything I said – especially that red eye. But you must read the book because I can’t do better and the sun in conjunction with the comet MeMeMeMeMe U doesn’t help.

dicas

A minha compra no Tornado :: Digital Zero Artshow.

rui torres

dicas

Comprei o trabalho, em marcador posca, de Rui Torres “Skulls” porque adorei acima de tudo o cinismo da piada.